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segunda-feira, 11 de abril de 2011

A MORTE DAS IRMÃS DE CUNHA. ANANIAS DISSE QUE MATOU POR SER CHAMADO DE CAIPIRA. E MATOU POR AMOR.

Agora que Ananias dos Santos (27 anos), o matador confesso das irmãs Josely Laurentino de Oliveira (16 anos) e Juliana Vânia de Oliveira (15 anos) está preso, a população de Cunha parece estar um pouco mais tranquila. Mas algumas coisas ainda precisam ser esclarecidas pela polícia. Os investigadores terão que checar e confirmar informações prestadas por Ananias. Ainda resta a suspeita de que ele talvez não tenha praticado o crime sozinho.
 
Estas são algumas questões pendentes: as meninas desceram do ônibus às 18 horas, vindas da escola, em um ponto distante cerca de um quilômetro de sua casa. Segundo Ananias, ele as forçou a acompanhar até o local em que teriam morrido, distnate sete quilômetros dali.
Ananias contou que elas reclamaram bastante durante o trajeto, pelo cansaço. 
 
Como ele fez para que elas o acompanhassem? Utilizou um revólver ou utilizou a carabina Remington de 16 tiros calibre 22? Uma espingarda é uma arma grande, e chamaria a atenção. No dia seguinte à morte das meninas, ele levou um revólver à casa delas e entregou a José Oliveira para esconder, porque estaria com um problema qualquer. Se isso for verdade, porque teria levado a arma (chegou a ser usada no crime?) até a casa de José? Para tentar incriminá-lo? A carabina ele confessou, e foi encontrada, que a escondeu em umas pedras, distante 40 quilômetros de Cunha. Porque também não escondeu junto o revólver? 
 
Há outra possibilidade, e isso a polícia está investigando: ele percorreu todo o trecho de sete quilômetros a pé, de noite, com duas garotas conhecidas naregião? Como ele as controlou?
Ele poderia ter usado um carro. A polícia, embora não tenha conseguido da Justiça um mandado de prisão contra a namorada de Ananias, uma enfermeira de 50 anos, mandou a perícia examinar o veículo em busca de sangue e barro, para coletar amostras.
 
Ananias poderia ter pego as meninas e levado a algum outro lugar mais próximo, antes, e abusado sexualmente delas, e depois matado (Josely com dois tiros e Juliana, com quatro tiros). Os corpos poderiam, então, ter sido levados de carro até o matagal onde foram encontrados cinco dias depois que a namorada de Ananias, quando ele fugiu, resolveu informar a polícia de algo estranho, que foi o fato dele ter dito para a namorada que ele achava que tinha visto os corpos em um matagal. Foi aí que a polícia passou a procurar por ele, que já era fugitivo de uma cadeia.
 
Com a ordem de captura pela prisão das irmãs, Ananias tornou-se o bandido mais procurado do Estado. Diz que então, fugiu por medo de ser reconhecido e de ser linchado, pois a sua foto estava em todos os veículos de comunicação. Bem, essa história toda ainda não acabou para a Polícia. Acabou apenas para as pobres irmãs Joselya e Juliana, mortas no dia 23 de março.
 
A PRISÃO DE ANANIAS
 
Ele foi preso por agentes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Cunha, pacato município na região serrana entre Guaratinguetá e Paraty, a 179  quilômetros de São Paulo, na madrugada do dia dez, como suspeito pelo assassinato das irmãs Josely Laurentino de Oliveira (16 anos)  e Juliana Vânia de Oliveira (15), no último dia 23 de março.

Ele é Ananias dos Santos, 27 anos, vizinho da família das vítimas e um dos 25 fugitivos mais procurados pela polícia do Estado. Ele já era procurado pela polícia antes por haver fugido da prisão de Tremembé, em 2009, onde cumpria pena por porte ilegal de arma e outros crimes. Segundo teria dito aos policiais, matou porque elas riam dele por estar apaixonado pela mais nova,  Juliana.

 
As irmãs desapareceram no dia 23 de março, quando voltavam da escola, perto das 18 ras e desembarcaram de um  ônibus a um quilometro de casa. Todos os dias o seu pai, ia buscá-las, Naquele dia quando o pai chegou elas já haviam desaparecido.  Cinco dias depois, os corpos foram encontrados num matagal na zona rural de Cunha, onde o foragido estava vivendo com os pais. Segundo pessoas ligadas à família delas, as meninas teriam sido abusadas sexualmente, além de terem sido vítimas de violência física. Elas foram  mortas a tiros.
 
Um dia após o crime Ananias, de quem ninguém suspeitava, procurou o pai das meninas e pediu que ele escondesse um revólver em um monte de lenha.  Juliana, de quem ele parecia gostar, tomou quatro tiros. Josely, dois. A polícia ainda tem suspeitas de que ele não agiu sozinho, uma vez que o local em que os corpos foram encontrados  em local de difícil acesso, distante sete quilômetros de onde moravam, no meio de uma mata.
 
MAIS PERTO DA VERDADE
Depois de preso, segundo informações da imprensa, Ananias dos Santos resolveu falar aos policiais porque fez o que fez. Disse que estava apaixonado pela irmão mais nova, Juliana, mas que não era levado a sério pelas irmãs que riam dele. A  mais velha teria,inclusive, segundo ele, dito que ele era muito caipira para ter alguma coisa com ela.

 
Segundo ele disse à polícia, inicialmente, teria utilizado um revólver que jogou em um rio da região. A região de Cunha, serrana, tem muitos rios e cachoeiras, e é muito procurada para turismo ecológico e rural. Depois revelou onde escondeu a arma, uma carabina calibre 22 com capacidade de 16 tiros. A arma não tinha a numeração raspada e Ananias confirmou ser seu dono. Ela estava escondida sob uma pedra, a 40 quilômetros de Cunha.

 
Aos policiais da DIG de Cunha ele contou que no início escondeu-se no mato e que chegou a ir a Itatiaia, onde mora um irmão. Não quis ver as fotos  das irmãs e  chorou nesse momento. Confessou aos policias que não teve ninguém ajudando e que ele mesmo pegou as meninas no ponto de ônibus em que desembarcaram, vindas da escola, e as obrigou a irem até o local onde encontraram morte.

Como quem informou a polícia sobre a morte teria sido a enfermeira de 50 anos com a qual ele tinha um caso, explicou que contou para ela que parecia ter visto os corpos no local, para que elas fossem encontradas e tivessem um enterro decente.

Isso que é um sujeito de bom coração! Mata e depois dá um jeito de que fiquem sabendo onde estão os corpos para enterrá-los
 

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