Os países árabes muçulmanos, para tornarem-se democracias viáveis, precisariam treinar suas lideranças políticas, como fez Portugal após o fim do governo ditatorial de Antonio Salazar. Essa é uma das ideias do historiador turco, Soner Cagaptay, ex-professor em Georgetown, Yale e Princeton.
Ele foi o entrevistado desta semana de Veja, por Duda Teixeira. O historiador não acha que a Turquia seja um bom modelo, pois ele teme que, no momento, tudo caminha na direção da criação de um Estado Islâmico no país.
"Na Turquia, o governo islâmico usa o argumento de que sofre tentativas de golpe como desculpa para perseguir a oposição", diz, e lembra que a imprensa também foi acuada pelo governo.
Photo Meghan McCarthy |
Ele diz que, "em um estado comandado pela religião, as mulheres podem até estudar e depois virar P.H.D.. Depois, contudo, serão apenas mães e esposas. Eis maisuma razão para não cairmos no conto do estamos islâmico moderado".
Ele não acredita no sucesso de rebeliões, caso as coisas caminhem na direção de não fortalecer outras forças que não as religiosas. Para ele os estados islâmicos acabam disputando para ver qual é mais islâmico do que o outro, e isso conduz a um fechamento, em que a religião torna-se o compasso moral do estado e as políticas interna e externa passam a sr balizadas pela ideia da pureza ideológica.
Apesar do número de mulheres trabalhando, segundo ele, elas são bloqueadas. Na Turquia, a percentagem de mulheres no mercado de trabalho caiu de 35%, nos anos 90, para 20% aualmente, "embora elas detenham 40% dos diplomas de advocacia, por exemplo, não há uma única mulher ocupando um alto cargo no Judiciário".
Leia a matéria toda em Veja, edição 2214.
http://www.palmbeachdailynews.com/news/turkeys-rapid-radicalization-should-concern-americans-soner-cagaptay-1181166.html
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