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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O CIDADÃO LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA SERÁ INVESTIGADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL POR CONTA DAS ACUSAÇÕES DE MARCOS VALÉRIO. O publicitário mineiro foi um dos condenados no julgamento do Mensalão, junto com petistas corruptos como José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares. Valério disse que Lula sabia de tudo e até teria recebido dinheiro do esquema para despesas familiares.



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O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse nesta terça que talvez remeta nesta semana para o Ministério Público que atua na Justiça de Primeira Instância as acusações do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Acredito que isso será feito nos próximos dias”, disse.

“Estou apenas concluindo a análise para que possa efetivamente verificar se não há qualquer pessoa com prerrogativa de foro envolvida e, em não havendo, como o ex-presidente já não detém essa prerrogativa, a hipótese será de envio à Procuradoria da República em primeiro grau”, afirmou Gurgel. É que no Brasil, autoridades têm direito à prerrogativa de foro e somente podem ser denunciadas pelo procurador-geral e julgadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em depoimento feito no mes de setembro do ano passado, Marcos Valério afirmou que Lula sabia do esquema do mensalão. Na ocasião, o STF estava julgando os acusados de envolvimento com o esquema. Lula não estava entre os réus. Em dezembro, o tribunal concluiu o julgamento e condenou 25 pessoas, entre as quais Marcos Valério e o ex-ministro José Dirceu.

A remessa para a primeira instância do Ministério Público confirma informação publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo que Gurgel decidira, ainda em dezembro, enviar o caso para investigação. Como o próprio Gurgel identificou novidades no depoimento, uma investigação preliminar será aberta.


(INFORMAÇÕES DE VEJA E ESTADÃO)

BOATE KISS, SANTA MARIA. AS LEIS E AS NORMAS. DEPOIS DAS MORTES, TUDO É PURA EFICIÊNCIA. Tudo isso não poderia ter sido evitado?


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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

BIANCA CONSOLI. SANDRO DOTA, O MOTOBOY ACUSADO DE MATAR BIANCA VAI A JÚRI POPULAR. Em dezembro de 2011 escrevi "A polícia, Deus e Bianca sabem quem a matou". Como Deus não está no processo, e Bianca está morta, restou à polícia fazer as investigações e provar que teria sido Dota o assassino da garota.



Segundo a imprensa, o motoboy Sandro Dota, acusado de matar a sua então cunhada, a estudante Bianca Ribeiro Consoli, 19 anos, em setembro de 2011, irá a júri popular.

A decisão foi publicada hoje no "Diário Oficial de Justiça" de São Paulo.

Sandro Dota foi processado, indiciado e responderá por homicídio qualificado, por motivo fútil, asfixia e com recurso que torne impossível a defesa da vítima. A causa do crime, motivação sexual, conforme o inquérito policial.

Segundo o delegado Carrasco, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), testemunhas afirmaram que Dota se insinuava para a jovem e que ela não gostava dele. Bianca Ribeiro Consoli foi assassinada em sua casa, em 2011, na zona leste de São Paulo.

Durante as investigações, Dota apareceu em diversos programas de TV dizendo-se inocente. Aparentemente bom de lábia, conseguia deixar dúvidas quanto às acusações contra ele.

Mas ele não aceitou fornecer à polícia seu material biológico para fazer a comparação com a pele encontrada, sob as unhas de Bianca. Bianca tinha pele de seu atacante sob as unhas, o que ajudou bastante nas investigações. 

A polícia, no entanto, conseguiu fazer o confronto com a pele recolhida sob as unhas da jovem a partir do material biológico retirado das roupas que o acusado usara no dia do crime.

TEXTO DE 14 DE DEZEMBRO DE 2011

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

QUEM CHORA POR BIANCA CONSOLI? A polícia diz que ela foi morta pelo seu cunhado, Sandro Dota, e que tem muitas provas. Sandro nega, se diz inocente. Bianca morreu estrangulada na noite de 13 de setembro, há três meses. Sua mãe até hoje espera poder olhar nos olhos de Sandro e perguntar: “Por que”?

Bonita, estimada pelos amigos, alegre, estudiosa, tinha dezenove anos, fazia um curso de administração e alguns dias depois começaria a trabalhar em um emprego novo. Tudo isso foi tirado de Bianca.

Hoje, 90 dias após a sua morte, ela repousa no Cemitério Curuçá, em Santo André. Para ela tudo acabou. Ao menos neste mundo.

Quem chora por Bianca Consoli? Seus pais que não a esquecerão, jamais, seus irmãos, seus parentes, seus amigos e colegas que se emocionaram demais com o que aconteceu com a garota naquela noite.

Bianca voltou da academia de ginástica e foi supreendida por alguém dentro de sua casa após sair do banho enrolada em uma toalha. Quem entrou não arrombou nada, nem porta e nem janela. Com certeza, segundo a polícia, tinha uma chave. Ou estava escondido na casa ou entrou para surpreender Bianca. Ou entrou para roubar e foi supreendido por Bianca.

 A ordem dos acontecimentos talvez jamais venha a ser conhecida. Bianca morreu. O principal suspeito por sua morte, o marido de sua irmã Dayane Consoli, Sandro Dota, um motoboy de 40 anos, diz que é inocente.

SANDRO DOTA

Desde o início Dota, que tem feições duras e fortes, um tipo sanguíneo, procurou colaborar com a polícia, com a imprensa, arranjou logo um advogado de defesa, o que chamou a atenção da polícia, e foi até entrevistado pelo Datena.

Quem vê cara, como costumava dizer a minha querida avó, não vê coração. Pode ser verdade, não devemos fazer julgamentos precipitados, mas como li alguma coisa sobre criminologia, também  levo em conta o pesquisador Lombroso, tipo considerado meio folclórico hoje em dia, mas que procurava conhecer bandidos pela cara.

No caso de Bianca Consoli, quando soube pelo noticiário e vi o tal suspeito, aquela solicitude toda e aqueles  traços brutos me chamaram a atenção, e quase dei razão a Lombroso. Talvez fantasia de quem lê muito histórias policias, de ficção e de verdade. Ou intuição de quem lida com pessoas há mais de 40 anos.

Ocorre que, passados 90 dias da morte de Bianca, a garota a quem cortaram a chance de viver, a polícia diz que coletou provas muito boas para incriminar o cunhado dela, Sandro Dota.

O celular dele foi rastreado e ele fez ligações da casa de Bianca, logo após o crime, para a sua mulher, Dayane Consoli, irmã de Bianca. Não se sabe o que falaram. A mãe de ambas, Marta Consoli, segundo a imprensa, não desconfia da irmã. Mas a irmã diz que confia no marido.

No dia seguinte ao crime a polícia foi à casa de Sandro e Dayane e coletou uma calça dele, entregue espontaneamente por Dayane (há fotos) . Sandro, contudo, até hoje não concordou em fazer exames de DNA. Todos os ouvidos pela polícia, gente da academia, um o ex-namorado, o namorado, o padrasto concordaram e fizeram o exame. Sandro não.

E, a polícia, após coletar DNA de Sandro de manchas de sangue em sua calça (ele estava arranhando em várias partes do corpo logo após a morte de Bianca) conseguiu extrair de sob as unhas dela restos de pele. Para a polícia, o DNA é compatível com o de Sandro.

Além disso, ele disse que havia se machucado em uma construção, e a polícia ouviu testemunhas e isso não aconteceu. Tudo indica que, segundo a polícia, Sandro Dota foi à casa de Bianca e entrou, porque dias antes havia solicitado à avó dela uma cópia da chave com a desculpa de que precisaria usar a máquina de lavar roupas.

A polícia não sabe se Sandro foi à casa para roubar dinheiro (que o pai dela guardava em casa, de uma borracharia), para fazer alguma outra coisa, ou para, premeditadamente, atacar sexualmente Bianca. Ele pode ter visto a garota após o banho e tentado violá-la.

Houve luta, e Bianca resistiu bravamente até à morte. Foi enforcada e sufocada com um saco plástico na cabeça. Quando a sua mãe Marta voltou para casa à noite, perto de 20 horas, pediu para o sobrinho pular uma janela (o sobrinho mora na casa ao lado). Ao entrar o garoto encontrou Bianca morta, e tudo revirado. Então a mãe dela e a tia entraram e souberam o que aconteceu.

Desde então essa família não teve mais sossego. E Sandro sempre negou o crime.

Mas agora, para a polícia, tudo foi esclarecido.
Sandro está preso preventivamente.

A polícia, Deus e Bianca sabem, com certeza, quem a matou.


AS VÍTIMAS DO INCENDIO DA BOATE KISS, DE SANTA MARIA E O CHORO DA PRESIDENTE. Com a idade mais avançada Dilma Roussef começa a mostrar que tem coração sensível.



A tragédia que abalou Santa Maria, mais diretamente, e o Brasil inteiro, fez com que a presidente Dilma Rousseff passasse por lá, vinda de uma viagem ao Chile, para prestar solidariedade aos familiares que perderam parentes e aos feridos. No que fez muito bem.

Inicialmente seria uma visita discreta, de consolo, mas começaram a vazar fotos da presidente abraçando pessoas e chorando. 

Bem, choramos e ficamos emocionados com eventos assim, tão inesperados e brutais, longe, parece no caso da boate Kiss, de uma simples fatalidade.

Estou tão chocado e indignado com os fatos como qualquer outro cidadão; espero que a polícia faça o seu trabalho de forma correta e indicie os culpados, pois a fatalidade não pode ir para a cadeia. Pessoas, sim, por imperícia, imprudência, negligência.

Como esse caso foi uma das maiores tragédias do Brasil, certamente as autoridades terão todo o empenho em esclarecer a sequência dos fatos, desde antes do incêndio, isto é, desde a história do tal alvará vencido há meses, para checar se a boate Kiss cumpria, mesmo, todos os regulamentos e normas de segurança.  

Como o incendio ocorreu, mais pareceu trata-se de uma armadilha ou arapuca que contou, de certa forma, com uma ajudazinha da sorte, e a negligência de alguns.

Mas, voltando à presidente Dilma. Ela (certamente a sua assessoria) não vai deixar passar a oportunidade política de se manifestar sobre o caso, embora o drama o mereça, de olho no futuro.

O CHORO DE DILMA E O SEU PASSADO

Mas uma coisa chama sempre a minha atenção. Sou muito mais velho que a maioria dos leitores, com certeza, pois faço parte da geração de Dilma Rousseff. O que chama a minha atenção, e uma vez escrevi a propósito, foi que a presidente também se emocionou quando do massacre do Realengo, no Rio de Janeiro, em que um maluco matou a tiros muitas crianças.

Ela também se emocionou quando houve o problema dos desabamentos na serra do Rio de Janeiro, como muitas perdas de vida. E é bom ou ruim que a presidente se emocione diante de fatos assim tão tristes e dramáticos?

Acho bom, isso demonstra que ela tem uma alma sensível e que consegue captar o drama daquelas pessoas e se empatiza com elas. Uma pessoa humana, como diriam alguns... como se pessoas pudessem ser outra coisa. Mas agora dispara frases (coisa de sua assessoria) sobre quantos futuros presidentes o Brasil teria perdido no incêndio da boate Kiss! Tenha dó, com o devido respeito aos mortos, vamos parar com isso!

Mas trato do choro de Dilma como chamou a minha atenção a forma de Barack Obama manifestar a sua dor no caso de Sandy Hook, quando dezenas de crianças também foram mortas a tiros por outro atirador maluco.

Eu acredito que políticos consigam sentir emoções. Acredito que possam ser sinceros. Mas é preciso colocar as coisas em uma certa perspectiva. A foto de Obama com o dedo indicador no canto do olho não me convenceu totalmente. Há muito histrionismo em muitas das manifestações de quem tem mandato e depende de votos.

Bem, pode pensar o leitor, como você pode julgar a emoção de Dilma ou de Obama? De fato não estou julgando ninguém, apenas observando cenas e a história. Roland Barthes no livro “A Câmara Clara” fala sobre “punctum”, um ponto que chama a atenção em uma foto e que nos atrai, nos fascina.

No caso de Obama foi a forma como ele tocou o canto dos olhos com o dedo indicador, como a sugerir a existência de uma lágrima que não vi cair.


“PUNCTUM”

No caso de Dilma, bem, não se trata de “punctum” de alguma foto dela, mas de uma questão mais antiga, e que sempre me persegue: Como a presidente de todos os brasileiros consegue sentir tanta emoção diante da tragédia provocada por incêndios ou chuvas torrenciais e nunca falou uma única palavra de conforto, não importa que tenham passado tantas décadas, às famílias das vítimas do terrorismo nos anos 70?

Dilma, a presidente, talvez mais amadurecida, na casa dos 60 anos, com filha e neto, tenha aprendido a chorar, ou a externar o seu sentimento. 

Mas, porque ela nunca se referiu à dor das famílias das vítimas do terrorismo? Enquanto os que empunharam armas para lutar e derrubar a ditadura para implantar outra ditadura (estilo cubano, chinês) receberam indenizações, os familiares de suas vítimas nunca receberam um aceno qualquer.

Ela já disse –aceitemos de boa vontade a sua palavra – que nunca matou ninguém nos tempos do terrorismo (chamado eufemisticamente de luta armada). Embora ela nunca tenha apertado o gatilho, nem explodido bombas, ela já disse que participava em planejamento, logística de grupos clandestinos que praticavam atos terroristas violentos. Isso é da História do Brasil. Mas que diabos seria logística em eventos de natureza terrorista?

Percebem onde quero chegar? Sei que houve a Anistia geral  – e que os ex-terroristas teimam em querer apagar uma parte da história – mas a essa parte, a das vítimas do terror, ninguém se refere, mesmo para pedir desculpas quarenta anos depois. 

Está aí a Comissão da Verdade, que não me deixa mentir. Ninguém naquela comissão parece interessado em saber das vítimas deles (os terroristas), os que participaram da luta armada. Sim, muitos civis que nada tinham a ver com a luta morreram de forma horrível.

Aquelas famílias de mais de 100 brasileiros, mortos em atentados terroristas, a maioria vítimas inocentes, nunca recebeu um afago, creio, uma lembrança, um pedido de desculpas de nenhum dos ex-terroristas, alguns, hoje, altas autoridades da República.

Dilma Rousseff, uma senhora de mais de 60 anos, mãe e avó, presidente de todos os brasileiros, pode ter aprendido com a vida, amolecido o coração. Se enternece com os fatos recentes. Ainda hoje sua assessoria divulgou uma frase sobre a tragédia: "muitos deles poderiam ter sido futuros presidentes".

Mas teria se esquecido do passado? E quantos daqueles mortos poderiam, também ter sido presidentes? Quantos deixaram de ver os filhos, os irmãos, as irmãs, os pais?

Essas questões me perseguem, como o “punctum” das fotografias para Roland Barthes.

Acho que há um limite em que é necessário tocar o alarma do pudor.   

OS PROPRIETÁRIOS DA BOATE KISS E DOIS MÚSICOS DA BANDA GURIZADA FANDANGUEIRA FORAM PRESOS PREVENTIVAMENTE. BOATE KISS, OU O BEIJO DA MORTE. A tragédia de Santa Maria. Cerca de mil pessoas apertadas em um caixão fechado de 650 metros quadrados de área, com uma única porta de acesso e saída. Não é possível falar apenas em fatalidade. As circunstâncias objetivas e a soma de pequenas falhas eram a crônica de uma morte anunciada, ou um desastre possível.




As rodas da Lei começaram a andar em Santa Maria, RS. Talvez um pouco mais tarde que as rodas do Destino, sempre mais apressado. A polícia cumprindo ordem judicial prendeu preventivamente um dos donos da Boate Kiss, Elissandro Callegaro Spohr e está procurando Mauro Hoffman, que deve se apresentar hoje à tarde. (Atualização: Hoffman apresentou-se à polícia nesta tarde). 

Dois integrantes do grupo musical Gurizada  Fandangueira, que fazia o show na noite de sábado, Luciano Augusto Bonilha e Marcelo de Jesus Santos também foram presos, pois seriam os que teriam manipulado os sinalizadores que provocaram o incêndio. A Justiça acatou o pedido da Promotoria e mandou prender aquelas pessoas por cinco dias, com mais cinco de renovação, se for o caso. Há suspeita de adulteração de provas (fitas magnéticas dos vídeos). 

Na madrugada de domingo o teto da boate começou a pegar fogo após ter sido atingido, segundo testemunhas, por faíscas dos sinalizadores. Com uma sinalização deficiente, e uma certa demora para que o pessoal da segurança começasse a entender o que realmente acontecia, as pessoas, em desespero, correram para a saída, que estava fechada.

Um comandante do Corpo de Bombeiros, emocionado, disse que nunca havia visto algo assim. Em um dos banheiros, próximo à saída, ele encontrou, quando conseguiu entrar, após a dissipação da enorme quantidade de fumaça tóxica, uma pilha trágica de 180 corpos!

As pessoas estavam amontoadas umas sobre as outras. Entravam no banheiro e não podiam mais sair, pois eram esmagadas pelas outras que tentavam entrar.

A cena, dantesca, não deixa de remeter às imagens que conhecemos da tragédia de Herculano, quando a cidade foi soterrada pela lavas e cinzas do Vesúvio.

Dois mil anos depois pesquisadores encontraram, nas casas, famílias inteiras abraçadas e de mãos dadas, buscando o último conforto antes da morte, sufocados pelas cinzas e pelos gases vulcânicos.

Técnicos em segurança disseram queuma boate de 650 metros quadrados de área teria que ter uma entrada de sete metros de largura, pela lei.

A entrada da Kiss, segundo eles, tinha dois metros. Mas uma coisa que chama a atenção é que o edifício não tem saídas de emergência, pois o galpão da boate está cercado por outras construções.

É difícil imaginar como a bota poderia funcionar dessa forma, sem que, ao lado da entrada principal houvessem saídas de emergência. Entre a porta de entrada e o salão de festas havia um hall, com outra porta. Evidentemente algo assim provoca um funil.

Como cerca de mil pessoas conseguiriam escapar em meio à fumaça preta e ao desespero?

Isso torna, de certa forma, irrelevante a questão de saber se a boate estava com a licença do bombeiros vencida. Isso teria feito alguma diferença? Antes de estar a licença vencida a situação não era a mesma? Consta que a licença venceu em agosto de 2012. teria o prédio passado por alguma grande reforma desde então? Se não tinha saídas de emergência agora, teria antes?

BURACOS NO TETO FEITO PELO FOGO
Esse exemplo mostra como a realidade é bem diferente dos discursos e das narrativas. A questão é saber como um caixote de 650 metros quadrados podia funcionar com mil ou mais  pessoas dentro sem as menores condições de fuga.

PESSOAS NÃO SE PREOCUPAM

De certa forma, talvez confiando na sorte, ou que os outros tenham cumprido com os seus deveres, as pessoas amontoam-se em locais de show e acabam se esquecendo de observar as questões de segurança. Ninguém imagina que poderá ter que escapar correndo de algum lugar.


REPRODUÇÃO DA PÁGINA DO GLOBO, INTERNET

Mas um exemplo curioso, de Santa Maria mesmo, é relativo à boate do DCE da UFSM que foi interditada pela Prefeitura, atendendo a questões levantadas pela Promotoria Federal, no dia 9 de janeiro!

O que os diretores da entidade estudantil fizeram? Uma carta à Prefeitura acusando-a de “criminalizar espaços de cultura jovem e de autoritarismo”. Isto é, a boate localizada em um subsolo, não estaria atendendo exigências legais e foi interditada temporariamente.

Se houvesse um incêndio lá e morressem pessoas, o DCE acusaria a prefeitura por falta de fiscalização?

A tragédia de Santa Maria teve as suas vítimas, e, certamente, terá que encontrar seus culpados. Não há como escapar disso. Fica evidente que não é possível falar apenas em fatalidade. Mas todos precisam fazer a sua parte para que não aconteça outro episódio parecido.



Seria esperar demais?


LEIAM ATENTAMENTE O QUE VAI ABAIXO.   

O CASO DA PREFEITURA DE SANTA MARIA X A BOATE DO DCE

09/01/2013 10h04min
Vigilância Sanitária interdita a Boate do DCE em Santa Maria
Fiscalização foi motivada por pedido do Ministério Público Federal

Agentes do setor de Fiscalização da Superintendência em Saúde da Prefeitura interditaram, na tarde desta terça-feira, a Boate do Diretório Central de Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que funciona no subsolo da Casa de Estudantes, na Rua Professor Braga.

Segundo a Assessoria de Imprensa da prefeitura de Santa Maria, a postura foi tomada após tentativa de fiscalizar o local, em atendimento à solicitação do Ministério Público Federal (MPF), que pediu um levantamento sobre a situação da boate. O objetivo era verificar a existência e validade do alvará de funcionamento, condições de acessibilidade e a eficiência do isolamento acústico da boate, visto serem constantes as reclamações de perturbação do sossego público.

Os agentes não obtiveram acesso ao local, que está com o alvará de funcionamento vencido desde 2002 e em desobediência com a Lei Municipal que estabelece as normas de acessibilidade para estabelecimentos do gênero. Os responsáveis foram notificados sobre os procedimentos e para que providenciem os ajustes necessários para que a boate possa reabrir as portas.

A Prefeitura repassará as informações coletadas ao MPF, que analisa as condições de funcionamento da boate.

O Diretório Central dos Estudantes (DCE), divulgou uma nota de esclarecimento:

"Na tarde de hoje (08), o DCE da UFSM foi surpreendido por uma notificação da Prefeitura de Santa de Maria, através da Diretoria de Vigilância Sanitária da Secretária da Saúde, onde o fiscal Jefferson Müller interdita a Boate do DCE. Tal documento foi recebido e assinado pelo servidor da UFSM, Marcelino Cabral, responsável pelo Labinfo da CEU 1. 

Na argumentação da prefeitura, a Boate do DCE foi interditada por não ter acessibilidade e por perturbação do sossego público. O fiscal conversou com membros do DCE, mas nenhuma vistoria foi feita para a interdição, segundo o fiscal a interdição foi uma medida preventiva. Diferente do que foi divulgado por alguns meios de comunicação com base em declarações da Prefeitura, o fiscal não foi impedido de entrar na Boate, sendo que todas as chaves estão disponíveis na entrada da CEU 1.

Tal atitude da Prefeitura de Santa Maria é encarada por nós como uma medida autoritária, não isolada de outros eventos na cidade, como a proibição de festas no Centro de Eventos e na Praça Saturnino de Brito, que tem o objetivo de criminalizar os espaços públicos culturais da juventude. O DCE esclarece também que vem conversando com a Pró-Reitoria de Infraestrutura (ProInfra) para que sejam realizadas reformas e se garanta a acessibilidade na Boate. Em relação ao isolamento acústico, a Boate possuiu isolamento e até o mês de novembro não havia isolamento acústico na Catacumba, porém por meio da ProInfra foram colocadas novas portas para garantir um melhor isolamento do local. Por esse motivo, a Catacumba ficou fechada em parte de 2012.

Amanhã pela parte da manhã, iremos à Prefeitura e à Reitoria da UFSM para esclarecer essas questões e garantir a abertura da Boate do DCE nessa sexta-feira, dia 11. Uma nova reunião da Direção Executiva do DCE será realizada amanhã às 13h no campus, onde iremos definir os próximos passos e ações concretas a serem tomadas. O DCE da UFSM não deixará que a Boate do DCE, um patrimônio dos estudantes e símbolo da cidade de Santa Maria seja motivo de perseguição política por parte da Prefeitura de Santa Maria e espera que UFSM esteja ao lado de seus estudantes para garantir que a Boate continue sendo um importante espaço cultural contra hegemônico na cidade.

Boate do DCE - Um lugar do Caralho!

Gestão Vozes Em Movimento - 2012/2013"

domingo, 27 de janeiro de 2013

BOATE KISS: O BRASIL LAMENTA PELOS MORTOS DE SANTA MARIA. E CINCO PERGUNTAS QUE NÃO PODEM CALAR.


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PERGUNTAS PUBLICADAS PELA JORNALISTA ROSANE DE OLIVEIRA, DO JORNAL ZERO HORA, DE PORTO ALEGRE:

1. A boate Kiss estava com as licenças em dia?

2. Os bombeiros autorizaram o funcionamento da boate, com apenas uma porta de saída?

3. Os extintores estavam mesmo estragados, como relatam testemunhas?

4. São verdadeiras as informações de sobreviventes de que no primeiro momento os seguranças trancaram a única porta de saída, imaginando que pessoas estivessem tentando sair sem pegar?

5. Qual era a relação entre a capacidade da casa noturna e o número de pessoas que estavam no local?


O INCENDIO NA BOATE KISS, DE SANTA MARIA (RS) PROVOCOU UMA VERDADEIRA DEVASTAÇÃO. O governador Tarso Genro disse que não é hora de apontar culpados, em função do respeito aos mortos. Apontar culpados diretos por essa tragédia, de fato, é uma tarefa da polícia, e isso levará algum tempo. Mas é hora de pensarmos na eficiência de todos eles que agora falam sobre a tragédia.

SANTA MARIA COMEÇOU A ENTERRAR SEUS MORTOS
O incêndio na boate Kiss na madrugada de domingo deixará marcas por muito tempo. Na cidade as floriculturas não tem mais flores naturais, e provavelmente não existiria um estoque tão grande de mais de 200 caixões. A Universidade Federal de Santa Maria perdeu, de uma vez, 101 de seus alunos.

Uma multidão em desespero com o fogo que se alastra pelo teto e a fumaça preta que asfixia. Porta fechada para evitar a “fuga” de pessoas que não pagaram as contas. Gente esmagada pelo chão e nos banheiros, cujas portas foram confundidas com saídas de emergência.

Nada mais horrível que a consciência da Morte que chega, sem dó, e leva as pessoas. Nada mais horrível que saber ser impossível sair dali, caído no chão, sendo pisado por desesperados que também cairão e também serão pisoteados por outros desesperados que tentam fugir.

Dizem os bombeiros que a fumaça é muito forte e provoca a inconsciência logo. Ao menos esse consolo. Não é necessário incluir relatos de sobreviventes. Todos falam do horror, do medo, do desespero, e da falta de compreensão imediata sobre o que acontecia por aqueles que tomavam conta da porta.

Não consigo entender, pelo que li, talvez houvesse um salão de festas e portas de emergência que conduziam à porta principal. Nada de portas de emergência que abrissem e colocassem as pessoas diretamente na rua como era de se esperar.

Ouvir a discurseira oficial das autoridades chega a dar nojo, tal a eficiência que demonstram... após 232 mortes e 116 feridos!

O prefeito garante que a fiscalização das boates e locais de eventos é muito rigorosa. Os donos da boate dizem que os funcionários  são eficientíssimos e muito bem treinados. Em suma, ninguém consegue explicar como, com tanta eficiência e fiscalização, uma catástrofe dessas proporções aconteceu.

O governador está certo em parte, ninguém pode acusar este ou aquele agora, mas a verdade terá que aparecer. De certa forma já temos uma vaga idéia, e isso é igual em quase todo o Brasil.

Uns fingem que fiscalizam, ou que cumprem suas funções e nós mesmos fingimos que acreditamos nisso tudo.

A única coisa concreta, real e muito dolorosa, é a morte de tanta gente, e a dor intraduzível de suas famílias. Espero que as autoridades tenham, também, um pouco de pudor, e também respeitem as famílias.

Há o ano inteiro para mentiras e fantasias de eficiência.    

INCENDIO E MORTES NA BOATE KISS, SANTA MARIA (RS), A SUCURSAL DO INFERNO. Agora começam as acusações: não havia bombeiros civis, portas de emergências irregulares, alvará vencido, superlotação, lentidão na percepção do problema pela segurança do local, falta de controle sobre acesso de menores. Sempre choramos, por falta de controle e prevenção. Abaixo, o Comunicado Oficial da Boate. Anexo: lista de feridos e dos mortos, inclusive da UFSM. (VIDEOS).


O drama que atingiu centenas de famílias, especialmente de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, com a morte de 232 pessoas e mais 116 feridas, transformou-se, lamentavelmente, talvez na maior tragédia do Brasil desse tipo. A cobertura da imprensa começa a mostrar a imprevidência e a falta de responsabilidade de diversas instituições, no momento em que tenta coletar dados para entender o que aconteceu.  À tarde (17 horas) 92 pessoas estavam em Utis, internadas em estado grave, por conta de ferimentos e da asfixia. 

Por depoimentos de sobreviventes, a casa estaria tão cheia como sempre, aos sábados. Notícias iniciais informam que a casa estaria sem alvará de funcionamento desde agosto ou setembro de 2012. 

BOATE KISS ANTES DO INCENDIO - GOOGLE EARTH STREET VIEW

Mas sabe-se que houve problema com as saídas de emergência durante o incidente. Provavelmente, independente de alvarás, o imóvel teria as mesmas portas antes, o que poderia caracterizar que a situação já seria falha ou irregular antes.

Certamente começará a haver por um lado relatos de tudo o que o Governo Federal e o Estadual estarão fazendo para atender os feridos e evitar mais mortes. Não farão mais que a obrigação.

Mas o drama de Santa Maria retrata uma situação constante no Brasil todo. Prefeituras dão alvarás de funcionamento mas, por alguma razão, a realidade não corresponde com os dados oficiais. Em muitos municípios boates e outros locais de eventos funcionam sem as licenças que devem ser expedidas pelo corpo de bombeiros.


BOMBEIROS COMBATEM O INCÊNDIO, IMAGEM RBS
Se a licença final da Prefeitura depende, por exemplo, de uma liberação pelos bombeiros, como uma casa funciona assim mesmo? Todos nós sabemos que isso acontece. Testemunhas falaram ainda que tudo começou, neste caso, quando componentes da banda usaram fogos de sinalização dentro do recinto, o que acabou levando ao início do incêndio no teto da boate. 

Uma vez iniciado o incêndio seguiu-se um imenso tumulto e as pessoas asfixiadas tentavam escapar confundo a porta do banheiro com saída de emergência. Pessoas morreram apinhadas, segundo relatos, numa pilha de dois metros de altura.

A saída do prédio também tinha um tipo de grade móvel o que, no início, serviu para barrar a saída das pessoas, pois a segurança teria impedido a saída das pessoas sem o pagamento da conta, sem ter percebido a real dimensão do que ocorria lá dentro. Isso mostra a falta de uma estrutura rápida de comunicação e treinamento para emergências dessa natureza.   

Muitos relatos falam que havia muitos menores entre 16 e 18 anos de idade na festa. Não há confirmação oficial, mas caso seja verdade, como isso pode acontecer? Aí aparecem as falhas de fiscalização das autoridades ligadas à Execução do ECA.

Em suma, há uma série de normas e procedimentos no Brasil, por parte de prefeituras, bombeiros, fiscalização do ECA, normas de engenharia, etc, que transformam o país num perfeito paraíso.

Mas o País perfeito existe apenas no texto das leis, normas e regulamentos. A frouxidão no cumprimento dessas mesmas normas no cotidiano é que criaram as condições para transformar o paraíso na sucursal do inferno. 

Vendo pela TV a fala das autoridades sobre o drama de Santa Maria, como todos cumprem e cumpriram seus deveres, logo alguém dirá que aquelas pessoas que morreram e tornaram-se vítimas é que foram lá em busca de seu destino. 

No Brasil atual, quase sempre, querem transformar as vítimas em culpados.

VIDEO



PREFEITO FALA QUE FISCALIZAÇÃO É RIGOROSA



NOTA OFICIAL DA DIREÇÃO DA BOATE KISS:

A nota está assinada por Armando C. Neto, membro da administração do estabelecimento.


"Comunicado Oficial

É com grande pesar que a Boate Kiss comunica a todos o acidente ocorrido em 26/01/2013.

Nesse primeiro momento, a prioridade da casa é prestar todo o atendimento necessário aos sobreviventes e familiares das vítimas fatais. É isso o que está sendo feito com disponibilidade de informações e acompanhamento de equipe multidisciplinar (psicológicos, médicos, assistentes sociais, etc).

Informamos ainda que nosso quadro de funcionários possui a mais alta qualificação técnica e estavam devidamente treinados e preparados para qualquer situação de contingência.

Nesse momento, nossas operações encontram-se suspensas por tempo indeterminado. Entretanto, desde já nos colocamos a disposição das autoridades para prestar esclarecimentos que se façam necessários."

PS. Voltando ao texto do blog, nada demais sobre fazer uma nota, afinal morreram 232 pessoas, além dos feridos. Como vocês leram, "preparados para qualquer situação de emergência". O prefeito também disse que a fiscalização é rigorosa.

Há coisas que não devem ser ditas. Voltamos à culpa das vítimas... 


Se estava tudo controlado, fiscalizado, organizado, todos preparados, como pode acontecer?



LISTA DE FERIDOS NA PARTE DA MANHÃ

A lista a seguir foi divulgada pelos hospitais de Santa Maria. Os nomes podem estar com a grafia errada por que alguns deles foram ditados. Existem pessoas feridas sem identificação. 


 - Alex Giacomelli - estudante de agronomia

 - Allana Willers - comunicação social - jornalismo

 - Ana Caroline Rodrigues - tecnologia de alimentos

 - Ana Paula Anibaleto dos Santos - medicina veterinária

 - André Cadore Posser - engenharia florestal

 - Andressa Inaja de Moura Ferreira - medicina veterinária

 - Andressa Rooz Paz - curso superior de tecnologia em agronegócios

 - Andrise Farias Nicoletti - agronomia

 - Ângelo Nicolosso Aita - medicina veterinária

 - Ariel Nunes Andreatta - tecnologia de alimentos

 - Augusto Cesar Neves - ciências da computação

 - Augusto Sergio Krauspenhar da Silva - filosofia bacharelado

 - Benhur Retzlaff Rodrigues - engenharia civil

 - Bruna Camila Graeff - tecnologia de alimentos

 - Bruna Karoline Occai - mestrado em bioquímica toxicológia

 - Bruna Eduarda Neu - tecnologia de alimentos

 - Bruno Kraulich - mestrado em agronomia

 - Carolina Simões Corte Real - tecnologia de alimentos

 - Clarissa Lima Teixeira - letras português

 - Cristiane Quevedo da Rosa - terapia ocupacional

 - Daniel Sechim - tecnologia em agronegócios

 - Daniela Betega Ahmadw - agronomia

 - David Santiago de Souza - odontologia

 - Emerson Cardoso Pain - comunicação social - relações públicas

 - Emili Contreira Nicolow

 - Erika Sarturi Becker - agronomia

 - Fábio José Cervinski - agronomia

 - Fernanda Tischer - medicina veterinaria

 - Flávia Decarle Magalhães - administração diurno -Cesnors

 - Flavia Maria Torres Lemos - pedagogia Lic. diurno

 - Franciele Araujo Vieira - mestrado em bioquimica toxicológica

 - Franciele Viziole - engenharia civil

 - Guido Ramom Brites Burro - zootecnia

 - Heitor Santos Oliveira - ciências econômicas

 - Heitor Teixeira Gonçalves - administração

 - Helena Poletto Dambros - medicina veterinária

 - Henrique Nemitz Martins - medicina veterinária

 - Herbert Magalhães Charão - terapia ocupacional

 - Isabela Fiorini - medicina veterinária

 - Ivan Munchen - medicina veterinária

 - Jacob Francisco Thiele - medicina veterinária

 - Jaderson da Silva - tecnologia de alimentos

 - Jessica Almeida Konzen - licenciatura em educação especial

 - João Paulo Pozzobom - agronomia

 - José Manoel Rosa da Cruz - zootecnia

 - Juliana Moro Medeiros - tecnologia alimentos

 - Juliana Oliveira dos Santos- enfermagem

 - Juliana Sperone Lentz - agronomia

 - Juliano de Almeida Farias - engenharia de controle e automação

 - Karin Fernanda Knirsch - tecnologia de alimentos

 - Kelli Anne Santos Azzolin - mestrado em educação ciências da vida e saúde

 - Larissa Holsbach - tecnologia de alimentos

 - Lauriane Salapata da Silva - terapia ocupacional

 - Leandro Nunes da Silva - arquivologia

 - Leonardo Lemos Karsburg - agronomia

 - Leonardo Schoff Vendrúsculo - agronomia

 - Letícia Ferraz da Cruz - medicina veterinária

 - Lincon Turcato Carabagiale - metereologia

 - Louise Victoria Farias Brissow - tecnologia em alimentos

 - Luiz Antonio Xisto - medicina veterinária

 - Luiz Eduardo Viegas Flores - ciência da computação

 - Luiz Felipe Balest Piovesan - agronomia

 - Luiz Fernando Riva Donate - agronomia

 - Maicon Douglas Moreira Iensen-educação física

 - Manoeli Moreira Passamani - tecnologia de alimentos

 - Maria Mariana Rodrigues Ferreira - medicina veterinária

 - Mariana Comassetto do Canto - desenho industrial

 - Mariana Moreira Macedo - metereologia

 - Marton Matana - engenharia florestal

 - Matheus de Lima Librelotto - agronomia

 - Mauricio Loreto Jaime - zootecnia

 - Melissa Berguemaier Correia - agronomia

 - Melissa do Amaral Dalforno - tecnologia de alimentos

 - Michele Dias de Campos - medicina veterinária

 - Miguel Webber May - agronomia

 - Mirella Rosa da Cruz - pedagogia licenciatura plena

 - Monica Andressa Glanzel - matemática licenciatura

 - Murilo Garcez Fumaco - farmácia

 - Natascha Urquiza de Oliveira - ciências econômicas

 - Odomar Gonzaga Noronha - ciências econômicas

 - Octacílio Altíssimo Gonçalves - zootecnia

 - Paula Batistela Gatto - agronomia

 - Pedro de Oliveira Salla - agronomia

 - Rafael Dias Ferreira - ciências biológicas - licenciatura

 - Raquel Daiane Fischer - tecnologia de alimentos

 - Rhaissa Gross Cúria - agronomia

 - Ricardo Stefanello Piovesan - agronomia

 - Ruan Pendenza Callegari - medicina veterinária

 - Sandra Victorino Goulart

 - Shaiana Tauchem Antoline - licencitura em teatro

 - Stefani Posser Simeoni - odontologia

 - Suziele Cassol - tecnologia de alimentos

 - Taise Carolina Vinas Silveira - artes visuais - bacharelado

 - Thais Zimermann Darif - medicina veterinária

 - Thiago Amaro Cechinatto - agronomia

 - Tiago Dovigi Segabinaze - Agronomia

 - Vagner Rolin Marastega - agronomia

 - Victor Datria Macagnan - agronomia

 - Vinicios Greff - zootecnia

 - Vinicios Paglnossim de Moraes - engenharia de controle e automação

 - Vitória Dacorso Saccol - nutrição - Cesnors