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terça-feira, 30 de novembro de 2010

SOBRE OS BUNKERS DO ALEMÃO.

Pesquisando sobre a questão da violência no Rio de Janeiro encontrei, no blog Notas e Destaques informações preciosas sobre os bunkers e feiras de armas realizadas no local.
A imprensa publica, hoje, a descoberta de 300 quilos de maconha e armas enterradas em um bunker, como se fosse algo absolutamente incomum.
É preciso destacar, a favor daquele blog, que a nota era de 12 de julho deste ano!
Incomum era o fato de a polícia não conseguir entrar naquele local há uns dois anos.

Trecho do texto do Notas e Destaques:

"Traficantes costumam realizar uma feira atacadista no largo do Coqueiro, na parte alta do complexo de favelas do Complexo Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro. Segundo informações, no Complexo do Alemão, os criminosos estariam se esconde em esconderijos subterrâneos, conhecidos como bunkers. Esses bunkers, segundo um agente da DCOD (Delegacia de Combate às Drogas), são considerados “área vip” na favela e só são frequentados pelos chefões da organização criminosa, entre eles, Marcelinho Niterói, homem de confiança de Beira-Mar, traficante preso na penitenciária de Campo Grande (MS).
Os traficantes, segundo policiais, construíram até túneis que ligam os seus principais esconderijos. Um agente da DRAE (Delegacia de Repressão à Armas e Explosivos) estima que, em todo o complexo, os traficantes tenham cerca de 400 armas pesadas, entre fuzis e metralhadoras antiaéreas. Considerado base da maior facção do tráfico no Rio, o Comando Vermelho, o complexo do Alemão não recebe uma grande operação policial desde setembro de 2008, quando a favela foi ocupada para a procura do então chefe do local, o traficante Tota, que teria sido morto por antigos aliados.
A feira do Alemão, segundo policiais, costuma começar às 14h e só acabam por volta das 3h ou 4h. Em cada barraca, ficam até dez seguranças armados com fuzis. Para que o matuto possa participar, ele mantém contato com um emissário que comunica sua chegada ao chefe da favela. Cabe a ele, decidir recebê-lo ou não. Entre os traficantes que possuem tendas no local, estão os chefes das comunidades do Jacarezinho, Mangueira e Mandela, na zona norte, e da Vila Kennedy, na zona oeste. O pagamento pelas armas e drogas, é feito no ato e sempre em dinheiro. E os criminosos testam as armas na hora para saber se funcionam, dando tiros para o alto.
Os matutos levam cargas de drogas de 3 kg até 20 kg nas malas dos próprios carros, diferentemente dos grandes fornecedores, cujos entorpecentes chegam em caminhões. 
O largo do Coqueiro é o “quartel-general” do complexo do Alemão..."

Uma vez que um autor de blog pode chegar a essas informações, ou as informações podem chegar até ele, tanto faz, as mesmas também poderiam haver chegado às autoridades. O que houve com o Rio de Janeiro?
Agora, após a lenga-lenga das UPPs, e a estranha rebelião dos criminosos, que resultou na ocupação das favelas, todo mundo parece que descobriu o que acontecia.
Tudo não passava de outro segredo de Polichinelo.

AERODILMA, O SEGREDO DE POLICHINELO. Ou, só Dilma não sabe?



*
US$ 300 milhões

Há tempos não lia uma reportagem com início tão curioso e divertido quanto o da matéria publicada na Folha de São Paulo, na edição de segunda-feira (29), em que se informa que as autoridades estão planejando comprar um avião de mais de 300 milhões de dólares para servir à presidência da República.

Com todo o cuidado, como se para não melindrar a presidente eleita, o jornal informa que ela pode não estar sabendo de nada, mas diz que o avião, um gigantesco Airbus A-330-MRTT, já é chamado de AeroDilma. A esta altura, com certeza, já está, não?

Sem querer fazer alarde, mas já fazendo, como diz um humorista da TV: "para evitar a repetição da polêmica que envolveu a compra do Aerolula, o governo negocia a aquisição de um avião maior e mais caro que poderá servir à presidente eleita, Dilma Rousseff, e a seus sucessores." 

Informa a reportagem que "o Aerodilma, caso seja adquirido, mesmo com o cenário de contenção de gastos do governo, deverá ser um aparelho europeu da Airbus --um modelo de reabastecimento aéreo A330-MRTT, equipado com área VIP presidencial e assentos normais.

O avião custa até cinco vezes os US$ 56,7 milhões (R$ 98 milhões na sexta-feira) pagos em 2005 pelo Aerolula, um Airbus-A319 em versão executiva."
E mais, "justificar tal despesa seria complicado, como foi em 2005, e seria fonte certa de desgaste para Dilma, que até onde se sabe não foi informada sobre a ideia. Assim, juntou-se a fome com a vontade de comer, e a nova compra está sendo camuflada por uma necessidade real. 

A FAB (Força Aérea Brasileira) precisa substituir seus dois aviões grandes de reabastecimento. São os antigos Sucatões presidenciais, versões com quase 50 anos de uso do vetusto Boeing-707. Por falta de condições, foram excluídos do último grande exercício aéreo da Força Aérea Brasileira. No fim da década, os militares estimam ter 150 caças, e reabastecimento é vital dadas as distâncias do país."

Não deixa de ser uma matéria curiosa, em que o jornal revela uma informação como se fosse secreta, evitando chocar a eleita, e quase desculpando-se por revelar que a despesa é alta e que isso pode pegar mal num tempo de contenção, e, ao mesmo tempo, anunciando para o Mundo a tal intenção de compra. Um release da Força Aérea, ou da própria AirBus, não teria ficado melhor.
Pelo visto, os figurões da República querem que Dilma voe bastante, mais alto e para muito longe, embora ela não saiba de nada disso, naturalmente.
*(imagem reproduzida do site Airbus)


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

MONTEIRO LOBATO E OS FASCISTAS.

Frase de Luiz Felipe Pondé no texto "O filósofo Charles Harper" publicado na edição de hoje da Ilustrada (Folha de S. Paulo): 

 "... deveríamos dar de presente neste Natal (para as crianças) a coleção inteira de Monteiro Lobato só para deixar os fascistas da censura das raças bravos. Se vivessem na Alemanha nazista, esses fascistas fariam fogueiras com livros do Monteiro Lobato."

domingo, 28 de novembro de 2010

O CORAÇÃO DO MAL NÃO ESTÁ NO COMPLEXO DO ALEMÃO, ESTÁ NA CULTURA BANDIDA. Das Herz des Bösen liegt in der Kultur Bandit

As autoridades cariocas parecem eufóricas com o sucesso das operações policiais-militares da guerra contra o tráfico no Rio de Janeiro. Por sua vez, os moradores das favelas ocupadas também parecem felizes.

Nada contra essa felicidade geral; eliminar as chances dos criminosos é uma das metas da democracia e do estado de direito, de uma sociedade civilizada. Mas é impossível não receber com um certo espanto ou reticências a afirmação do secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, de que "o Complexo do Alemão é o coração do mal do Rio de Janeiro."

Então, uma vez dominado o Alemão tudo se resolverá no Rio?
Há poucos dias estava tudo pacificado naquele estado, e agora chegaram ao coração do mal.

É uma frase de efeito, poética até, mas não dá conta da complexidade do situação das drogas e do crime no Rio de Janeiro. Décadas de rendição ao crime, milhares de famílias envolvidas de algum modo, considerando fornecedores e usuários, e, no meio de tudo, a corrupção policial, as milícias, e o oportunismo político.

Áreas imensas da Cidade foram entregues, por desleixo, incúria, preguiça, ou más-intenções aos traficantes. No final do dos anos 70, Homero Icaza Sánchez, conhecido por El Brujo, o primeiro analista de pesquisas da Rede Globo, dizia: "onde existe um vácuo de poder, a ordem será imposta pelos bandidos. Não existe vácuo de poder."
Dito e feito. 

A cultura do vitimismo, que perdoa os bandidos, e da ideia de que consumir drogas é um barato que não tem um preço social disseminou-se pelo Rio, até o estado de podridão atual.
O filme Tropa de Elite (I) assinalou que o usuário também faz parte da corrente do crime, pois capitaliza os traficantes. E, ninguém nasceu viciado.

Toda a esquerda engajada atacou o filme e o seu diretor como se um filme fosse um trabalho acadêmico, não uma peça ficcional. Há um esforço, quase estético, em fazer parecer glamouroso usar um baseado ou eliminar uma carreira de pó.

E, muita gente que usa maconha, por um certo viés natureba, ainda reclama de fumantes de cigarros, como se estes fossem uns seres antissociais.
Beltrame está errado.

O coração do mal do Rio de Janeiro está na Zona Sul, onde os abastados, descolados, chiques, intelectuais, universitários, esquerdinhas modernos, alimentam o tráfico consumindo drogas e espalhando a morte nas festas juvenis.

Esse é o coração do mal do Rio de Janeiro, a Cultura Bandida.

CUIDAR DA COMUNIDADE

O receio de que o confronto com a polícia e as forças armadas pudesse levar a morte a muitos dos traficantes fez com que pais entregassem seus próprios filhos às autoridades.
Diversos casos foram registrados pela Imprensa nos últimos dois dias.
Os moradores das favelas também estão colaborando e denunciando os bandidos. Com isso, alguns que colaboram talvez possam vir a ser identificados pelos bandidos e perseguidos futuramente.
Como não há prisão de um número significativo de criminosos e nem são apreendidas armas modernas, apenas velhos e sujos fuzis e armas curtas, resta a possibilidade de que os bandidos tenham fugido - hipótese mais remota - ou estejam escondidos em casas das favelas  (cerca de 30 mil habitações) e bem armados e municiados.
O comandante da Polícia MIlitar já informou que todas as casas serão revistadas, visto que a polícia teve o aplauso da população. Uma vez que a polícia sabe que os bandidos podem forçar as famílias a darem esconderijo ou podem contar com a colaboração de moradores, as residências terão que ser vistoriadas.
Como o normal é deixar entrar para fazer a revista, naquelas em que houver recusa e a suspeita de que haja alguém escondido, a polícia poderá invadir, mesmo sem mandado judicial.
Terminada toda a operação, as autoridades cariocas nunca mais poderão abandonar aquelas pessoas, sob o risco de terem que assumir diretamente a responsabilidade pelos danos que elas possam sofrer em atos de vingança cometidos pelos bandidos traficantes.

SEMPRE A VELHA E PERIGOSA PRESSA

As tropas da Lei começaram a invadir o Complexo do Alemão pelas 8 horas da manhã de hoje, após muitas reuniões, cálculos e preparativos. Informações iniciais indicavam que cerca de 400 ou 500 bandidos encontravam-se escondidos no conjunto de favelas, fortemente armados.

Quanto a isso não há dúvidas, pois os meios de comunicação têm mostrado, sempre, bandidos exibindo fuzis e, até, metralhadoras. Passadas três horas a polícia conseguiu fincar a Bandeira do Brasil no topo do Morro, tomando conta do território.

Teve gente, especializada, que chegou a comparar com a tomada de Monte Castelo, na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. O Brasil é mesmo um país ufanista. As forças policiais fizeram cerca de 20 prisões, apreenderam 16 fuzis, uma metralhadora, uma submetralhadora com mira a laser, algumas granadas, muita munição, coletes a prova de balas e perto de dez toneladas de droga, a maior parte maconha. Além de muito dinheiro.

Um dos troféus da invasão foi a recaptura do bandido Zeu, o matador do jornalista Tim Lopes, em 2002, usando o método do microondas, isto é, queimando o corpo (vivo) com gasolina, em uma pilha de pneus. O sujeito foi condenado a 23 anos e seis meses, cumpriu cinco anos e 25 dias e obteve o benefício(!!!!!!) do regime semi-aberto. Fugiu, é claro.

O comando da Polícia Militar temia encontar forte resistência, uma vez que as favelas somam 200 mil habitantes e existem umas 30 mil moradias. Um verdadeiro labirinto que costuma ser muito perigoso para quem tenta invadir, pois vai de baixo para cima. Os soldados poderiam virar alvos fáceis.

Bem, assim que fincaram a bandeira, os famosos especialistas e jornalistas já começaram a falar em comunidade pacificada, território reconquistado, etc.
Para onde foram os 400 bandidos?
Onde estão as armas que usavam?
E toda a munição necessária?
É claro que os bandidos podem ter fugido, apesar do cerco, o que parece o mais difícil, ou podem estar escondidos em algumas das milhares de casas.

Farão moradores reféns? Estarão escondidos por conhecidos? 
Não devemos nos esquecer que a população, apesar de sar sinais de alívio, têm profundas ligações com os bandidos, pois suas famílias moram por ali. Todos se conhecem. A rede de solidariedade é grande, assim como o medo da morte. Tanto por parte dos bandidos, como dos moradores que ficam entre a espada e o fogo. A cultura das chamadas comunidades tem uma imensa carga de ambiguidade, está na zona do limbo, entre o bem e o mal.

Os bandidos podem ter preparado armadilhas para as tropas, e enterrado armas e drogas.
É muito, mas muito cedo mesmo, para se falar em pacificação.
Por ora, o território foi apenas tomado, o que não deixa de ser interessante.
Mas, se não aparecerem os bandidos, presos, ou mortos, e as armas, tudo não terá passado de uma grande brincadeira.

O pior é que colocando em risco a vida de milhares de pessoas.
E, pior ainda, desmoralizando o imenso esforço feito pelas tropas envolvidas nessa verdadeira guerra do Rio de Janeiro. 

O BLOG COTURNO NOTURNO INDICA ONDE DEVEMOS MIRAR NA GUERRA DO TRÁFICO


Domingo, Novembro 28, 2010

Começa a batalha contra as FARC e os governos traficantes no Complexo do Alemão.

A Globo News transmite, ao vivo, a tomada do Complexo do Alemão  pela polícia e Forças Armadas. É  o país derrotando as FARC e a leniência  do governo Lula em relação aos governos bolivarianos, maiores responsáveis pelo contrabando de drogas pelas desguarnecidas fronteiras do Brasil." (extraído do blog Coturno Noturno, do Coronel).

Alguns blogueiros-jornalistas têm defendido que a questão do combate ao tráfico no Rio de Janeiro e no Brasil, em geral, não pode ficar restrita às grandes cidades.
O problema é muito mais amplo, pois envolve países onde se produzem drogas como a cocaína (Bolívia e Colômbia) e a maconha (Paraguai).
E os produtores de drogas contam com a visão complascente de boa parte dos que se dizem de esquerda no Brasil, país onde virou pecado falar em reprimir.
Mas se os intelectuais têm essa atração pela marginália, o povo soube indicar que gosta mesmo é do Bope, e chama bandido de bandido, basta lembrar o sucesso do filme Tropa de Elite (I), tão criticado pelos que se dizem conscientes.
Como a política de implantação de Unidades de Polícia Pacificadora falhou, por não passar de peça de propaganda eleitoral, provocando uma forte reação dos bandidos, as autoridades políticas foram obrigadas a apelar para a força bruta, com o auxílio das Forças Armadas.
É mesmo uma guerra, visto que parte do território das favelas cariocas está sob o domínio dos narcotraficantes.
O domínio é conhecido, mas sobre tal situação foram feitas ao longo dos últimos anos muitas entrevistas com ongueiros, sociólogos, antropólogos, cientistas políticos contaminados ideologicamente pela visão do bandido do bem, vítima do cruel sistema capitalista. Além de muitas teses acadêmicas.
A cultura que emana do Rio de Janeiro, em parte das novelas, na música, no cinema, propaga a idéia difusa de que é possível conviver com os marginais, com as drogas, e que tudo é apenas um sinal das contradições do sistema capitalista.
Meninas da classe média e de famílias ricas quase tinham a obrigação de namorar os jovens marginais, num êxtase democrático popular.
O Rio de Janeiro virou mesmo uma zona, em que fortes malhas de comunicação formaram-se unindo Ongs, acadêmicos, policiais e políticos corruptos. Os bailes funk nas favelas ou na periferia promovidos pelos criminosos, onde as "cachorras" dão um espetáculo realmente animalesco, viraram sucesso entre universitários, sinalizando o nível a que podem chegar as coisas quando tudo é permitido e nada é errado e nem criminoso.
O coronel, autor do Blog Coturno Noturno, tem batido na tecla das ligações entre políticos brasileiros e representantes dos produtores de droga (especialmente cocaína) da Bolívia e da Colômbia.
E essa ligação passa, necessariamente, pela malha de forças ditas progressistas de esquerda que participam do Foro de São Paulo. Esse clube de esquerda tem sido apontado pelo filósofo Olavo de Carvalho e pelo jornalista Reinado Azevedo, há anos, como o suporte para uma série de consequências que temos presenciado.
As Farc, na Colômbia, que há anos deixou de ser uma guerrilha de esquerda para tornar-se apenas uma das maiores organizações de cocaína do mundo participou de muitas reuniões do Foro de São Paulo e tem membros asilados no Brasil.
O governo brasileiro nunca condenou a ação das Farc como uma organização que espalha a morte nas américas, na medida em que vende milhares de toneladas de cocaína.
O presidente Lula chegou a aconselhar as Farc as deixarem as armas e a entrarem na política, para disputar o governo da Colômbia, como se alguém pudesse aconselhar os bandidos do Complexo do Alemão a constituírem um partido político e disputar a prefeitura do Rio de Janeiro.
Diante desse quadro, em que há grande condescendência com bandidos traficantes, assassinos cruéis, como se eles tivessem alguma dignidade ou nobreza, e pudessem de alguma forma colaborar com a grandeza da nação, o mundo intelectualizado mostra o nível de nossos intelectuais e políticos.

COMBATER A PRODUÇÃO

Como não podemos diretamente combater a produção de drogas em outros países, podemos, todavia, fazer um esforço decente para impedir que a droga entre fácil no país, assim como os diferentes tipos de armas que são vistas em poder dos bandidos.
Um cidadão comum mal consegue adquirir um simples 38 em uma loja de armas; contudo, garotos de 17 ou 18 anos são vistos portando fuzis AK-47 nas favelas do Rio de Janeiro como se estivessem tomando um picolé. Como essas armas chegaram lá?
Não foram os garotos que foram buscá-las na fronteira com o Paraguai.
O Brasil precisa denunciar os produtores de drogas e combater o contrabando de armas e a entrada de drogas. Prender os mandantes do tráfico, que são verdadeiros capitalistas e não apenas alguns desdentados dos morros. Desinfetar a polícia. Desinfetar a política.
O esquerdismo idiota que impera nas universidades e na Imprensa colabora para com
a disseminação de uma visão romântica da bandidagem, enquanto o câncer das drogas consome a juventude.
As coisas têm que ser chamadas pelo nome que têm, e pelo que são.
Droga é droga; bandido é bandido; corrupto é corrupto; arma é arma; idiotas são idiotas, sempre. 

sábado, 27 de novembro de 2010

OS POLÍTICOS LAVARAM AS MÃOS, EM SANGUE

"Eu me lembro, na ocasião do Ônibus 174, que o então presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, foi à TV prometer um plano nacional capaz de reformar as instituições ligadas à segurança pública em todo o Brasil. Teve dois mandatos para cumprir a promessa, e não o fez.
Depois veio o atual presidente Lula, do PT. Apresentou um Plano Nacional de Segurança bem bolado, escrito pelo professor Luiz Eduardo Soares. Estamos ao final do seu segundo mandato e o plano continua engavetado.
Finalmente, não vamos esquecer o PMDB, do governador Sérgio Cabral, que em ambos governos nada propôs de significativo na área da segurança.
A verdade é que nos últimos 30 anos nossos políticos ficaram vendo inocentes morrer. Lavaram as mãos."

José Padilha, diretor de Tropa de Elite. (Aliás, O Estado de S. Paulo)

O SANGUE MOLHARÁ O MORRO, A COPA E A OLIMPÍADA

De forma lenta, mas constante, a opinião pública começa a ter uma idéia mais clara a respeito dos traficantes do Rio de Janeiro. A cobertura jornalística está mais ligada à cobertura dos fatos do que atrás de explicações sociológicas.
Jornalistas devem ser jornalistas, e não cientistas sociais.
Os bandidos estão sendo chamados de bandidos; traficantes armados com fuzis e metralhadoras agora não são mais os famosos supostos traficantes, como se gente honesta perambulasse por becos de favelas portando armas militares.
O cidadão comum, desarmado pelo Estado, só pode concluir que um moleque de 18 anos armado com uma metralhadora, adquirida por contrabando ou de policiais corruptos,  não é suposto nada, é bandido pura e simplesmente. 
O que é relatado mostra a situação dramática do Rio de Janeiro:

1. um menino de 12 anos foi detido numa barreira transportando 32 mil dólares, que tentava tirar da favela do Alemão; certamente pressionado pelos bandidos ou, pior, iniciando no crime;

2. um menino de 8 anos de idade foi baleado na perna por um criminoso que havia ordenado que o garoto pusesse fogo em uma moto. Como o garoto recusou-se e fugiu, foi baleado;

3. na favela do Cruzeiro a polícia apreendeu 132 bananas de dinamite que seriam utilizadas para explodir alvos diversos; nas últimas semanas vários assaltos no Brasil desviaram cargas de dinamite; provavelmente boa parte foi parar nos morros do Rio;

4. na fuga dos 200 bandios da favela Cruzeiro para o Complexo do Alemão, uma pick-up levou cerca de dois milhões de dólares e reais do tráfico, o que foi descoberto pelo setor de inteligência da polícia;

5. As autoridades policiais estimam que estejam escondidos no Complexo do Alemão entre 400 e 500 bandidos fortemente armados.

Tais fatos e números mostram com o que se está lidando.
O fim ainda está longe, uma vez que, apesar da tentativa de algumas ONGs, de intermediação, os bandidos resolveram não se render e parecem estar dispostos ao combate, imaginando que a invasão do complexo será muito difícil.
Ocorre que as tropas farão o conhecido movimento do martelo e da bigorna, espremendo os bandidos pelo alto e por baixo. 
Ainda haverá muito sangue no Rio de Janeiro.
A Copa e as Olimpíadas estarão tintas de vermelho. 

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O ESPÍRITO DE MARIGHELlA AINDA ESTÁ ENTRE NÓS?

Acompanhando o noticiário sobre o combate ao terror gerado pelos narcotraficantes do Rio de Janeiro e observando a reação de alegria e alívio da população, surgiu-me uma pergunta que não pára de me atormentar.
Já vimos toda a violência possível nessa situação?

Temo dizer que não.
Quando os 100 ou 200 bandidos, que agora parecem fanfarrões em fuga, mostrando fuzis e metralhadoras, forem finalmente acuados no alto do Morro do Alemão, cercados pelas tropas da Polícia Militar e das Forças Armadas, poderão reagir de modo muito violento e traumático.
Conhecendo perfeitamente o Manual de Guerrilha Urbana de Carlos Marighella e sabendo que líderes das gangues ligadas ao narcotráfico  foram doutrinados nas prisões, no tempo da ditadura, podemos esperar o pior.

Em diversos atos recentes já mostraram que agem sem dó e nem piedade, pois colocaram fogo em veículos com pessoas dentro. É certo que no passado também já fizeram coisas como queimar pessoas vivas dentro de pneus, o chamado microondas.
São cruéis, psicopatas.

Encurralados, talvez resolvam apelar para a captura de reféns para barganhar a saída do morro e tentarem a fuga. Ficar e resistir a tiros, sabem que é morte certa.
Que as autoridades que ora articulam os planos de combate já tenham pensado nisso, pois soluções serão necessárias.
Pelo visto, as autoridades políticas cariocas só estavam preparadas para o show pirotécnico da tal Polícia de Pacificação. 

Com os combates e a perseguição aos criminosos, com a prisão ou morte deles é que a população será realmente liberta e pacificada.
Espero, sinceramente, que o espírito de Carlos Marighela não esteja pairando sobre o Rio de Janeiro.

MAIS UMA VEZ, AS FARC.

Extraído do blog NOTALATINA, da jornalista Graça Salgueiro, a profissional mais bem informada sobre as ações das Farc que existe, e que sempre critica a omissão da imprensa brasileira sobre o que acontece no submundo do terrorismo e do narcotráfico na América Latina.

No caso em seguida, comenta o ataque do exército colombiano ao acampamento onde estava Fabián Ramírez, um dos principais chefes das Farc, que não se sabe ainda se fugiu ferido ou morreu.

"Mas, quem é (ou era) “Fabián Ramírez” cuja possível morte está sendo solenemente ignorada no Brasil? Sobre ele recaem 13 ordens de captura, sendo responsável pelo ataque à base militar de Las Delicias, a tomada de Patascoy e do posto de Polícia de El Billar. Pesa ainda sobre suas costas a responsabilidade da produção de mais de mil toneladas de cocaína, e do ingresso das FARC nos negócios do narcotráfico, sendo encarregado da cobrança do “imposto” sobre o plantio e a “gramagem” da coca. Para quem não sabe, “gramagem” refere-se ao peso em gramas. Desde 1996, “Fabián” teve como seu grande negociador “Edgar Tovar”, chefe da Frente 48 recentemente abatido, e como braço direito Anayibe Rojas, cognome “Sonia”, a terrorista que hoje está encarcerada nos Estados Unidos junto com “Simón Trinidad” e que as FARC reivindicam sua libertação porque ambos eram os maiores negociadores do bando terrorista.
“Fabián Ramírez”, cujo verdadeiro nome é (ou era) José Benito Cuevas Cabrera, foi até 2004 o comandante da Frente 14 mas, com a morte de “Jojoy”, que foi seu mentor, passou a fazer parte do Estado Maior, sendo o segundo no comando do Bloco Sul. Dentre as mensagens encontradas nos computadores de “Jojoy” há uma mensagem de “Joaquín Gómez” (um dos membros do Secretariado e que foi chefe de “Fabián” quando comandou o Bloco Sul) para “Iván Márquez”, em que ele pede autorização para executar (assassinar) um de seus irmãos de sangue. Diz o correio eletrônico: “Fabián me pediu autorização para justiçá-lo e eu dei. A única sugestão que fiz foi que, quanto mais rápido melhor, para evitar que nos faça o menor dano”.
Diz Salgueiro que são psicopatas desse calibre que felicitam sua “compatriota”, Dilma Rousseff pela vitória nas eleições presidenciais no Brasil.

"E são criminosos frios e sanguinários como esses que nem Chávez nem Lula conseguem ver como terroristas mas sim, “grupos insurgentes” que têm o direito de tornarem-se partidos políticos legais, para transformar a Colômbia numa nova republiqueta comunista fracassada, como é há malditos quase 52 anos em Cuba e há miseráveis 12 anos na Venezuela, sob os auspícios do Foro de São Paulo com as bênçãos do abutre insepulto Fidel Castro. É isso que nós queremos?
Na próxima edição comento as últimas de Chávez, que segundo Lula e Ingrid Betancourt, é um “grande líder democrata” e vocês verão o que este monstro está preparando para a “burguesia” venezuelana, e as últimas informações sobre o paradeiro do terrorista “Fabián Ramírez”. Fiquem com Deus e até a próxima!" (GS)

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

TERRORISMO, A VISITA ILUSTRE DO RIO DE JANEIRO. Terrorismus, die Unterscheiden visit Rio de Janeiro.

Merval Pereira, jornalista de O Globo, diz que o que está acontecendo no Rio de Janeiro é terrorismo. Embora muitos jornalistas e cientistas sociais evitem fazer afirmação tão categórica, visto prevalecer uma visão hegemônica que tenta, sempre, transformar meros bandidos em vitimas - e sempre vitimas do injusto sistema capitalista - Pereira está certo.

Quem leu os livros sobre a história do surgimento de grupos como o Comando Vermelho (CV) e  Primeiro Comando da Capital (PCC) entende, perfeitamente, como as práticas de grupos terroristas, de guerrilha urbana, foram  muito bem assimiladas pelos presos comuns que estiveram presos junto com guerrilheiros e terroristas nos tempos da ditadura militar.

Os marxistas presos faziam pregações e conseguiram passar aos bandidos a idéia do uso de coisas como o seqüestro, os atos de terror, como gerar incêndios e explosões, com o que se consegue grande efeito de comunicação e desestabilização da ordem social.
Não é à toa que Pereira cita o economista Sérgio Besserman, um dos responsáveis pela estratégia da retomada dos territórios ocupados pelos bandidos do Rio de Janeiro pela policia. Para Besserman, terrorismo é questão de segurança nacional.

O professor de História Contemporânea da UFRJ Francisco Carlos Teixeira afirma que terrorismo é um método de ação, não um objetivo. Ele considera  “um equívoco pensar que só é terrorismo aquilo que parte de grupos políticos, com um programa político, e objetivos bem estabelecidos, como libertação de um território, ou luta contra um regime.” 

Finalmente parece que algumas pessoas estão começando a entender o que ocorre no Rio de Janeiro. Uma democracia não dispensa a força bruta caso seja necessário utilizá-la contra quem quer desestabilizar a ordem social. É exatamente o que acontece agora.
Democracia não pode ser confundida com um regime fraco e sem diretriz firme, tem que garantir a tranqüilidade e a segurança a todos os cidadãos.

Talvez ainda consertem o Rio de Janeiro.

DEMAGOGIA NÃO É SOLUÇÃO.

"Todos queremos que o crime seja enfrentado com o mínimo possível de confrontos, de mortes, de violência. Mas não existem milagres nesses assuntos. Meter bandidos atrás das grades não é suficiente para garantir a eficiência da segurança pública, mas não existe segurança possível se eles estão, aos milhares, nas ruas. É por isso que a Unidade da Polícia Pacificadora sem a Unidade da Polícia Prendedora é uma picaretagem política." (Reinaldo Azevedo).

Sobre os constantes episódios de violência no Rio de Janeiro, cidade dominada pelo crime, fica cada vez mais claro que fazer demagogia não resolve o problema. 
A questão de base foi tocada, com toda a certeza, por Tropa de Elite (I), pois o filme mostrou como o crime organizado e as drogas dominaram a cidade e o próprio imaginário dos cariocas bem pensantes, os descolados, os moderninhos.
E como cada cidadão consumidor de droga ajuda a tornar a vida insuportável. 
O período eleitoral fez com que o governo estadual inventasse a fórmula mágica chamada de UPP. O resultado está sendo visto agora, após as eleições, com a revolta dos bandidos.
Certo está o Reinaldo Azevedo ao tocar no assunto com seu modo preciso e lógico, desnudando a falcatrua toda.
Lugar de bandido é na cadeia.
Sociologismo e bom mocismo só cabem na Academia, que finge que a culpa sempre é do sistema, entre uma cafungada e outra.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

SOBRE A HUMANIDADE DE HOJE. OU, A VISÃO DOS HOMENS PELOS SEUS ATOS ORDINÁRIOS RELATADOS PELA IMPRENSA.



"De qualquer forma, a partir de Cícero, o conceito de “humanidade” compreende em si a dúplice idéia de “humano” e de “humanístico”, uma certa especial desenvoltura e agilidade no modo de fazer e a maneira cordial e cortês de tratar o próximo, são acompanhadas pelo estudo dos autores clássicos com os quais se aprende a “falar”. A concepção do homem como um ser que “sabe falar”, essa concepção isocrático-ciceroniana da humanidade, estava predestinada a difundir-se entre os romanos, cuja cultura se havia formado sobre as altas formas da eloqüência grega; e não só os refinados oradores do tempo de Cícero se haviam formado sobre os oradores gregos, mas já antes o haviam feito os poetas sobre a épica e sobretudo a tragédia...”

Extraído do capítulo 14 (A descoberta da “Humanidade” e nossa posição ante os gregos), do livro de Bruno Snell, A Cultura grega e as origens do Pensamento Europeu (Die Entdeckung des Geistes, 1955).

O que pensar diante da Humanidade de hoje que se nos apresenta como rebanhos bárbaros?
O que dizer sobre a Humanidade que petrifica o espírito, por excesso de desumanização, pelas normas que buscam - contradição ! - justamente a humanização do homem?
Quanto mais se fala em direito, em cidadania e no outro, menos sabemos falar.
O pior, descemos na escala, recuando de homens a animais, e, mais ainda, a coisas que podem ser trocadas por outras coisas, indefinidamente.  
A excessiva regulação normativa nos esvazia o espírito, conquistado tão duramente.
Um conjunto de normas frias jamais substituirá a Educação e a Cultura. 


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O PAPAI NOEL DE PONDÉ

Excelente o artigo de Luiz Felipe Pondé na Folha de São Paulo (Ilustrada) de hoje sobre São Paulo.


"Adoro São Paulo. Entre outras tantas razões, porque é uma cidade aberta para a única forma de liberdade de fato conhecida: a liberdade de você ter méritos reconhecidos pelos outros, independentemente de raça, família, credo, classe social ou sexo".

"São Paulo é maravilhosa porque acolhe quem trabalha sem por a culpa nos outros. Liberdade não é sinônimo de felicidade, liberdade é conflito, agonia, solidão".

ponde.folha@uol.com.br

OS MONSTROS DA AVENIDA PAULISTA

A cada dia torna-se mais desagradável ou doloroso ler o noticiário.
Um bando de vândalos ataca, sem o mínimo fundamento, passantes que caminham pela calçada, em plena Avenida Paulista, em São Paulo. Usam como armas lâmpadas fluorescentes. Vândalos de classe média, respaldados pelos próprios pais.

Os idiotas paternos não conseguem ver mais que uma briga de crianças na rua. São aqueles que jamais disseram não aos filhos, pensando estar tratando verdadeiros marginais com um mínimo de dignidade. Como se um não, um castigo ou umas palmadas na bunda pudessem traumatizar alguém. 

Na Bahia uma menina de 13 anos e outra de 16 foram decapitadas simplesmente porque seus pais não puderam pagar o resgate pretendido. Uma delas filha de um simples policial militar. Os bandidos queriam 50 mil reais e duas armas. Não sendo atendidos, a solução final: morte por decapitação. Simples como se fosse uma pena sendo cumprida em algum país islâmico.

O que vemos é um desprezo crescente pelo outro, pela vida alheia, justamente quando mais se fazem discursos sobre cidadania e direitos.

O excesso de proteção e a leitura errada do que seja uma punição para alguém que agiu errado está criando um mundo de pequenos monstros.     

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

OS TRÊS PORQUINHOS E GEORGE ORWELL.

A presidente eleita, Dilma Rousseff, referiu-se emocionada, em reunião comemorativa petista, aos três porquinhos que a acompanharam durante toda a campanha eleitoral: Dutra, Cardozo e Palocci. Ela pretendeu parecer afetiva e carinhosa.
Na verdade estavam mais para seguranças de porta de boate, sempre com a cara amarrada e com braços cruzados, como se estivessem indispostos e pouco afeitos a conversas.
Além disso, nas entrevistas da candidata, postavam-se logo atrás, como se fiscalizassem o que seria dito.
Uma coisa grotesca, visto que deixava a impressão de que ela precisava ser tutelada o tempo inteiro. De todo modo, venceu. Resta agora lembrar que a imagem dos três porquinhos remete, além da historinha infantil em que aparece o lobo mau, indisfarçavelmente à distopia de George Orwell (publicada a primeira vez em 1945 com o nome Animal Farm), conhecida em português como A revolução dos Bichos.
Os bichos fizeram uma revolução na fazenda mas logo foram dominados pelos porcos, nada simpáticos, que implantaram uma ditadura. 
Os outros animais, que não eram trouxas, logo perceberam que na fazenda dominada pelos porcos, "a lei era igual para todos, sendo que alguns eram mais iguais que os outros".
A fazendinha poderia chamar-se Brasil.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

VOTAR NO REINALDO AZEVEDO

Vamos votar no Reinaldo Azevedo para o mais popular jornalista do Brasil.
Link para a votação.
http://www.whopopular.com/Brazil/Journalists

sábado, 13 de novembro de 2010

OS JABUTIS EM CIMA DA ÁRVORE

Reinaldo Azevedo já mostrou o absurdo da premiação recebida por Chico Buarque de Holanda no Prêmio Jabuti deste ano, agora o presidente da Editora Record protesta e decide não mais participar da premiação.

DEVOLVA O PRÊMIO, CHICO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

LINK AQUI NA CAMPANHA PELA DEVOLUÇÃO DO PRÊMIO:

http://www.petitiononline.com/1c2d3o4j/petition.html

A carta:

Rio de Janeiro, 9 de Novembro de 2010
Exma. Sra.
Rosely Boschini
Presidente da Câmara Brasileira do Livro
Exmo. Sr.
José Luis Goldfarb
Presidente da Comissão do Prêmio Jabuti
Prezados Senhores,
O Grupo Editorial Record - composto pelas editoras Record, Bertrand, Civilização Brasileira, José Olympio, Best Seller e Verus - decidiu que não participará da próxima edição do Prêmio Jabuti para claramente manifestar sua discordância com os critérios de atribuição do Livro do Ano de ficção e não-ficção. Tais critérios não só permitem como têm sistematicamente conduzido à premiação de obras que não foram agraciadas em seleções prévias do próprio prêmio como as melhores em suas categorias.
Como editores preocupados com a Cultura e a ampliação da leitura no Brasil, nós entendemos que um prêmio literário visa a estimular a criação literária reconhecendo-a pelo critério exclusivo da qualidade. Não aceitamos - principalmente em um país como o nosso, onde quase sempre o mérito é posto em segundo plano - que o principal prêmio literário atribuído pelo setor editorial possa ser conferido a um livro que não esteja entre aqueles considerados os melhores em seus respectivos gêneros.
Infelizmente, a edição de 2010 do Jabuti não foi a primeira em que essa situação esdrúxula ocorreu. Em outra oportunidade, o mesmo agraciado deste ano preferiu não comparecer à entrega do prêmio, talvez por não se considerar merecedor da distinção. Grande constrangimento na cerimônia. Em 2008, a situação se repetiu, com o agravante de o então vencedor da categoria Melhor Romance do Jabuti ter conquistado também todos os outros prêmios literários conferidos no Brasil. O episódio causou tal estranheza e mal-estar que foi grande a repercussão na imprensa. Na época, passamos a acreditar que seriam feitos os necessários ajustes na premiação para que esses equívocos parassem de ocorrer.
Vimos, porém, que os critérios equivocados continuaram em vigor em 2010, com a diferença somente de o autor agraciado desta vez aceitar a láurea. Tomamos então a decisão de não mais compactuar com a comédia de erros. As normas do Jabuti desvirtuam o objetivo de qualquer prêmio, pondo em desigualdade os escritores que não sejam personagens mediáticos. Para não mencionar fato ainda mais grave: quando é evidente que a premiação foi pautada por critérios políticos, sejam da grande política nacional, sejam da pequena política do setor livreiro-editorial.
Como a inscrição das obras concorrentes ao Jabuti é um ato voluntário de cada Editora participante, e feito de forma onerosa, optamos por não mais participar da premiação, até que as medidas necessárias para a correção de seu rumo sejam adotadas.
Atenciosamente
Sergio Machado
Presidente
Grupo Editorial Record

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

OS NARCOTERRORISTAS DAS FARC E DILMA




As Farc estão cheias de esperança com a eleição de Dilma Rousseff, como se ela pudesse pintar-lhes o futuro de cor-de-rosa. Após 50 anos matando gente na Colômbia e exportando a morte por meio das cargas de armas clandestinas e de cocaína colombiana as Farc estão, finalmente, sendo derrotadas militarmente, na Colômbia, num regime democrático.

O governo do Brasil chegou a considerar que as Farc deveriam ser encaradas como uma mera facção política e que deveria, até, disputar eleições na Colômbia. As Farc chegaram a participar de diversas reuniões do Foro de São Paulo, fundado por Lula, no início dos anos 90, reunindo inúmeras entidades de esquerda do Mundo. Todas as atas das reuniões do Foro de São Paulo estão disponíveis na Internet.

No  Brasil, a imprensa, de modo geral, ignorou os fatos ligados ao Foro como se fosse algum tipo de alucinação das fontes conservadoras e direitistas. Basta lembrar que pouco antes das eleições petistas diziam nada saber das Farc.

Mas, o deputado petistas Cardozo, de SãO Paulo,  fez pronunciamento a respeito da morte de Raul Reyes, no encontro do Foro no Uruguay. Isso está em vídeo no YouTube. O Mundo gira e a Lusitana roda, como diriam os mais antigos, e as Farc foram expostas ao mundo pelos ataques aos seus acampamentos pelo exército colombiano e pela revelação gradual do conteúdo dos computadores apreendidos, com seus desdobramentos nas relações com diversas autoridades do Equador e da Venezuela, incluindo Chávez.

Vai sobrar para muita gente metida a boazinha e inocente aqui no Brasil. Aqueles que nunca sabem de nada. A Colômbia tem 45 milhões de habitantes, a Farc agora tem uns seis ou 7 mil bandidos narcotraficantes armados.

O Exército da Colômbia pode e deve exterminar militarmente os terroristas, e é o que estão fazendo. E a população apóia o governo, pois ninguém quer mais viver na insegurança, sofrer no meio de tiroteios, ter os filhos sequestrados e obrigados a virarem bandidos e traficantes, ou ser extorquido. 

É isso que acontece na Colômbia. 
O Exército colombiano espremeu as Farc na direção das fronteiras do Equador e Venezuela, países que apóiam a guerrilha traficante e os afastou das grandes cidades. Os líderes estão morrendo e há debandada de guerrilheiros atraídos pela anistia oferecida pelo governo.

Não tem que haver negociação. Tem que haver luta até o fim. Só o fim absoluto das Farc interessa à Colômbia. E à paz na América do Sul. Milhares de jovens morrem no Brasil todos os anos devido à droga colombiana.

É como se, no Brasil, o governo resolvesse chamar à mesa de negociações dirigentes do PCC ou do Comando Vermelho, para negociar a paz no Rio de Janeiro, por exemplo. 
Há sociologia demais e cumprimento da lei de menos. O Brasil tem excesso de impunidade.

O noticiário não nos deixa mentir.

O PAÍS DOS VIVOS

Informam os jornais que auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) descobriu que 57,8 mil vendas em farmácias que participam do Programa Farmácia Popular foram feitas a 17,2 mil pessoas que estavam mortas no dia da venda. A fraude, que passou de R$1,2 milhão aconteceu entre 2006 e 2009.
Brasil, o país dos vivos...

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

MÃOS SUJAS DE SANGUE.

Frase do advogado Mário de Passos Simas, que defendeu presos políticos (no tempo da ditadura militar): “Ninguém pode dizer que trabalhou na Oban e não participou de tortura”. (extraído do Jornal A Tribuna de Santos, edição de 8 de novembro de 2010)

Valeria, no sentido inverso, propor:  “ninguém pode dizer que fez parte dos grupos armados (que praticaram o terror) e que não teve responsabilidade pelas conseqüências dos atentados” ?

Enquanto questões dessa natureza não forem examinadas e respondidas com traquilidade, com a intenção de saber a verdade e com o espírito desarmado, como entender o passado?
Qualquer outra alternativa é mistificação e um desserviço aos jovens e ao futuro do Pais.

Centenas de pessoas passaram pela prisões, e muitos foram torturados, mortos e despareceram. E isso não deveria fazer parte do jogo político. Isso deverá, sempre, ser considerado abominável.

Muitos advogados lutaram, valentemente, pelos seus clientes, mesmo com o risco de prisão e perseguições. Centenas de cidadãos comuns foram solidários com perseguidos políticos, assim como membros do clero, dando-lhes abrigo.

Mas, a bem da verdade, os que se envolveram na luta armada contra o regime não o faziam, apenas por espírito democrático.

Lutavam por um outro mundo possível, como diziam os revolucionários de esquerda, e muitos o dizem até hoje.

E quando faziam seus atentados a bomba, quando matavam militares, policiais ou civis inocentes, quando assaltavam e seqüestravam pessoas isso ia muito além de combater a ditadura militar, pois seus alvos nunca foram apenas alvos militares. Por que tanto silêncio sobre isso?

Sabem disso centenas de famílias brasileiras, além daquelas a que pertenceram ou pertencem os torturados e mortos pelos representantes do regime militar.

E sabem disso, também, todos os milhares que lutaram pela democracia sem haver sujado as mãos com o sangue de seus irmãos brasileiros.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

MEMÓRIA LONGA. MARCAS NO CORPO.

Neste país ainda há muita memória viva dos tempos da ditadura militar e do terrorismo.
Muitas famílias dos mortos e feridos pelos atentados terroristas.
Muita gente sofreu em decorrência da ação dos terroristas que queriam derrubar a ditadura, apenas para implantar outra ditadura, comunista.









A Lei da Anistia zerou tudo, mas os fatos aconteceram, essa é a verdade. E o sofrimento foi generalizado.
 
O deputado Fernando Gabeira foi honesto ao dizer, há algumas semanas, que ele e seus amigos queriam é derrubar a ditadura para implantar um regime comunista no Brasil. 
E ainda disse que seria correto se a senhora Dilma Rousseff falasse claramente sobre isso com o povo. Saberíamos entender.
Um país decente não pode esquecer o passado, nem deixar que um bando de mentirosos o reescreva. Tenho amigos que foram mutilados por terroristas e isso nunca será esquecido.
Se o Bruno matou pessoalmente a Eliza Samúdio? Não sei, mas está na linha de comando, segundo a polícia, não está?
Muitos pais e mães nunca puderam ser avós, como a senhora Dilma, porque seus filhos foram mortos em atentados, sem nem tentar defender-se.
Não sei nada sobre se ela pessoalmente matou, mas foi ligada aos grupos mais violentos, e isso é História, mas como ela mesma já disse, em muitas entrevistas, apenas trabalhou em bastidores, planejou, administrou ações.
O Brasil deveria honrar todas as vítimas daquele tempo e acrescentar um memorial para as vítimas do terrorismo também. Muitos pais e mães estão vivos e poderiam falar a respeito. A história de quase todos os perseguidos já sabemos. As suas vítimas nunca são suficientemente lembradas.O que não dá é fingir que nada aconteceu. 
Essa é a verdade. Existem estatutos de vários movimentos e cópias do Manual de Guerrilha Urbana de Carlos Marighella  para provar isso tudo. E muitos depoimentos oficiais. Especialmente para justificar as pensões e indenizações oferecidas pelo Estado aos que foram torturados ou perseguidos pela ditadura militar. Embora possamos justificar a indenização a um torturado que estava sob a guarda do Estado, muitos casos de indenizações parecem ao homem comum um absurdo. 
Isso aconteceu na União Soviética e o nome de Jango era Kerenski.
Todos os terroristas da época detestavam a democracia, chamada por eles, com nojo, de burguesa. 
Todos eram marxistas revolucionários e queriam implantar a ditadura no Brasil, desde muito antes de Jango ser derrubado.
Jango era alimentado pelos comunas que queriam criar a zona geral e dar o golpe.
Os militares chegaram primeiro.