O QUE OS OLHOS DE LOANNE VIRAM PELA ÚLTIMA VEZ? |
A pacata Pirenópolis, cidade
antiga de Goiás, com uma arquitetura semelhante à de Ouro Preto e Mariana, em Minas Gerais, terá
muito sobre o que falar nas próximas semanas: a assombrosa, trágica e inusitada
morte da estudante Loanne Rodrigues da Silva Costa, 19 anos.
Não apenas a morte da garota, mas
também a de seu padrasto Joaquim Lourenço da Luz, 47 anos, cujo corpo estava
amarrado ao da enteada em um local desértico e com matas densas chamado Morro
das Antenas, ou Morro do Frota, distante alguns quilômetros do centro da
Cidade.
A coisa toda não poderia ser de
caráter mais estranho e intrigante. Loanne e Joaquim foram acompanhados da mãe
da moça, Sandra Rodrigues da Silva da cidade até no início de uma trilha que
subia o morro. Isso aconteceu na tarde de segunda-feira, dia 16, por volta das
15 horas.
A própria mãe contou que foi levá-los
e do início da trilha voltou para casa, ficando de ligar para eles mais tarde. A
dupla pretendia fazer umas fotografias.
No fim da tarde de segunda Sandra
ligou para a filha e ela disse que já estavam no alto do Morro. Mais tarde a mãe
ligou novamente e ninguém atendeu à chamada. O tempo foi passando e ela ficou
preocupada. Mais tarde avisou a polícia sobre o possível desaparecimento. Tudo
isso ela relatou depois ao delegado.
Na terça-feira alguém informou à
polícia sobre o encontro dos corpos amarrados junto a uma grande árvore, na
mata. Joaquim tinha os pés acorrentados à árvore.
O CORPO DE JOAQUIM ESTAVA CAÍDO SOBRE O DE LOANNE, AMBOS DE FRENTE UM PARA O OUTRO |
As primeiras informações são
imprecisas, e a polícia imaginou que ambos tivessem sido mortos a facadas, pois
as vísceras estavam expostas, para fora dos corpos. Loanne e Joaquim foram
encontrados não muito distantes de um local em que havia uma barraca de
acampamento, que havia sido queimada. Talvez as mortes tivessem sido obra de
estranhos acampados por ali.
CIÚME DOENTIO E POSSESSIVO.
Logo as investigações começaram a
sugerir um outro quadro, uma história absolutamente
surpreendente: teria Joaquim amarrado seu corpo ao de Loanne e explodido uma
banana de dinamite entre eles?
O delegado encontrou uma sacola
com pedaços de corda, fita adesiva larga, uma faca, objetos pertencentes a
Joaquim que, segundo se sabe, trabalhava em uma pedreira em Pirenópolis; e
pedreiras costumam lidar com dinamite.
Mas isso não
significaria,necessariamente, que Joaquim tivesse planejado morrer junto com
Loanne. E, por qual motivo?
Poderia ser uma vingança, um
crime de natureza passional, um suposto pretendente da garota.
Mas os contornos da história
sugerem o trágico, o absurdo, o drama de amor, a explosão de ódio e ciúme. Com
isso, voltamos quase sempre a Nelson Rodrigues e a famosa frase: “Se não podes
ser minha, não serás de mais ninguém”.
LOANNE E JOAQUIM |
Todos os conhecidos e amigos da
família de Loanne afirmam, segundo a imprensa, que Joaquim tratava a garota
como verdadeiro pai. O próprio pai legítimo dela, Joele Aparecido da Costa, um
motorista de taxi, disse isso. Ele separou-se de Sandra há 12 anos, mas sabe
que a família vivia harmoniosamente. Joele tinha outro filho, um pouco mais
novo, com Sandra.
Mas Sandra tinha outro filho,
mais novo ainda, com Joaquim, o padrasto de Loanne. E aqui a história passa a
ficar ou mais clara, ou mais nebulosa. Decidam.
As investigações policiais
detectaram que Joaquim teria feito recentemente seguros de vida tendo como
beneficiário seu filho com Sandra. Qual o motivo? Prevenção? Pensava na
possibilidade da morte?
Agora, após o enterro de ambos,
surgem relatos sobre que Joaquim tratava bem Loanne, mas era extremamente
possessivo, desconfiado, vigilante, mantendo-a sob constante atenção,
especialmente quando ia a festas, ligando sempre para ela. Li na imprensa que
ele tinha o hábito de fazer massagens nos pés dela.
Se seu ciúme fosse tão
avassalador talvez não percebesse que era incapaz de largar dos pés de Loanne.
A COW-GIRL GOSTAVA DE RODEIOS E MÚSICA SERTANEJA |
À imprensa, com a emoção
controlada, a sua mãe disse que a garota já havia combinado de fazer as tais
fotos há mais de um mês. Não quis confirmar a ida ao morro no dia de Natal, por
considerar um dia impróprio. Resolveu ir na segunda. Talvez o presente
planejado por Joaquim para Loanne, se foi ele mesmo o autor do crime, tenha
sido antecipado.
De fato, a polícia ainda não
solucionou o caso e, agora, vai investigar um pouco mais a mãe, e as ligações
dos celulares da família, para ter mais indícios. A mãe poderia desconfiar de
algo e, então, a história poderia ter um outro desdobramento.
Como Joaquim, se foi ele o autor da morte, teria conseguido amarrar seu corpo ao de Loanne sem reação da parte dela? O delegado disse à imprensa que foi descoberto que ela tomou forte pancada atrás da cabeça. Com isso deve haver desmaiado e ele teria conseguido amarrá-la.
O que você acha?
REPORTAGEM R7
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