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quinta-feira, 21 de abril de 2011

BULLYING. COMO LIDAR DE MODO ERRADO COM UM PROBLEMA REAL.

No Brasil há, hoje, uma especialização em alta, aquela que trata do Bullying. Para os leigos, qualquer coisa pode ser Bullying atualmente, de tal forma a palavra é usada a torto e a direito. Quando alguma coisa parece explicar tudo, corre o risco de explicar coisa alguma.

Quem observa o comportamento humano, ou o animal, sabe que o organismo passa por alterações, em certas fases, e isso tem correlação com  o nível hormonal, ou bioquímico. A pré-adolescência, ou a puberdade, é uma fase dessas, em que os jovens ficam muito mais agitados e propensos a "mostra-se", ter "comportamentos de afirmação", brincar de modo mais bruto, como se quisessem marcar um território ou "estabelecer uma hierarquia".

Quem lida com mamíferos observa, também, tais comportamentos. Isso sugere certas correspondências entre filhotes de animais e filhotes humanos em crescimento.

Não, caro leitor, cara leitora, não  estou chamando seu filho de cachorrinho. Só estou dizendo que animais mamíferos, especialmente, desencadeiam certos comportamentos observáveis com regularidade nessa fase etária. Leiam Konrad Lorenz, por favor, o pai da Etologia, a ciência do comportamento animal.

O controle desses comportamentos, ao longo da História, com ou sem a ciência, dá-se por ritualizações (ritos de passagem) ou processos educativos. O ser humano em certos momentos da vida sempre lida de forma mais clara ou menos clara, com a hierarquização.

É nessa circusntância que surgem comportamentos observados hoje (sempre existentes ao longo do tempo) com o nome de bullying. Pretender acabar com isso é não entender o crescimento. 
http://yuonline.co.uk/913

Isto posto, há outras coisas a dizer. Exageros no comportamento de um indivíduo podem indicar problemas mais sérios ou de natureza médica. Podemos ter um pequeno perverso ou um pequeno psicopata pela frente.

O que dizer de uma criança de oito anos que esquenta uma colher no fogo, até ficar vermelha, e marca a sua irmã menor? Apenas comportamento mimético? Está copiando de um filme?  Isso não é comum. Talvez seja um indivíduo perverso, embora criança. Talvez psiquiatras pudessem ajudar nessa discussão. Nesse caso, a criança problema deveria ser tratada, mesmo que em medida de isolamento, mas acompanhada e tratada.

Assim, antes de partir para uma medida drástica como criminalizar comportamentos infantis ou típicamente adolescentes, e as colocarmos na Fundação Casa ou na cadeia!, que tal fazermos algumas perguntas:

As escolas

As escolas têm sistemas de monitoramento que funcionam bem?
As escolas têm funcionários prpeparados para lidar com tais situações?
As escolas têm professores que sabem lidar com isso?
As pessoas normais, quando exageram em seu comportamento, como pode acontecer com jovens, entendem muito bem seus limites quando isso fica bem claro. É necessário conversar e explicar tudo bem direitinho. Se um jovem continua com a conduta, apesar de tudo, ele certamente deve ter distúrbios mais sérios. As escolas precisariam ter orientadores psicológicos ou especialistas para examinar tais casos e orientar a família.

Vamos a outro ponto importante:

As famílias

Muitos pais, atualmente, foram tão mal educados que não gostam que os professores ou administradores da escola falem sobre os desvios ou mau comportamento dos seus filhos. São pais imbecilizados ou mal educados. Essa proteção é altamente prejudicial aos jovens, pois estabelece um código de falta de limites. Muitos pais dão absoluto mau exemplo.

Após isso, acho que os promotores pretenderem tornar as ações chamadas de Bullying hoje em dia crimes é um grande exagero. É necessário mais educação e vigilância. Já há punições. A proposta soa drástica demais, e irreal, pois fala em penas de prisão de 5 a 10 anos. De que estamos falando? Os doutores pretendem alterar também o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)?

Exemplo: um jovem de 17 ahos e seis meses é culpado de Bullying contra uma vítima de 15 anos. A vítima morre. Qual a pena para o agressor? Cinco anos de prisão? Isso é possível hoje?

Se o agressor tem 23 anos e mata, por Bullying, um jovem de 14 anos, não há hoje a tipificação de homicídio culposo ou doloso? Não poderá ser enquadrado como crime qualificado? A punição adequada já não existe?

Se alguém mata alguém, matou alguém. Parece que isso já é crime.
Se alguém fere outro gravemente, isso já é punido.
Caso contrário, a cada situação comportamental nova (ou supostamente nova, ou com nome novo, como o Bullying) cria-se um crime novo. Não é um certo exagero? Não parece meio inadequado partir para criminalizar todas as ações humanas ultrapassando os estágios intermediários possíveis de enfrentamento da questão?

Uma criança de 9 anos que, por azar, mate, por Bullying uma criança de 8 anos, como fica? Vai para a fundaçao casa? Não estaria o projeto sendo algo proposto um pouco de forma emocional?

O Congresso, me parece, tem alguns projetos que passam por campanhas, cartilhas e outras ações mais razoáveis.

Mais educacionais, pedagógicas.

BULLYING

- Ocorre bullying quando há violência sistemática, com agressões físicas ou verbais repetitivas, contra a mesma criança.
- Cyberbullying ocorre se as ofensas são colocadas em redes sociais com mensagens e fotos, ou or celular.

As vítimas de Bullying mudam de comportamento, apresentam dôres de cabeça, falta de apetite e insônia. São sinais de que algo não vai bem com elas, no corpo ou no psiquismo
Quando em aula são mais retraídas, às vêzes faltam às aulas e aparentam medo e tristeza. Muitas vêzes acabam se isolando nos intervalos, para evitar os problemas.

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