foto: divulgação |
O ser humano é sempre capaz de surpreender. O que leva um indivíduo a tatuar uma suástica nas costas?
Algo tão inexplicável como o atirador do Realengo vestir-se de árabe e gostar de ser chamado de Bin Laden.
Ou é carência de juízo, ou de maturidade.
Claro que Wellington, até agora, parece que agiu sozinho, embora tenha, nos seus textos meu enigmáticos, deixado pistas que gostaria que fossem levadas a sério. Acho que ele queira passar a ideia de que não estava só. Mas estava absolutamente só, com sua loucura e esquizofrenia.
Essas gangues de arruacerios tipo skinheads, aqui no Brasil, merecem o riso. Um bando de tontos que curtem uma aparência selvagem, de maus, que provocam os outros na rua e causam problemas.
É um outro tipo de estupidez, coletiva, que parece querer extrair um pouco da força daquilo que os fascina, a mística que parece emanar da simbologia nazista. Da mesma forma ocorre o mesmo quando alguém parece ser outra pessoa portando um Che, um L~enin ou um Stálin sobre o peito, numa camiseta. Chega a doer, de grotesco.
O nazismo foi banido da maior pate dos países. No Brasil, país em que até partidos de direita (conservadores) são de esquerda, andar com uma suástica nas costas chega a ser bizarro.
Mas, do ponto de vista da necessidade humana de vínculos, dá para entender. As pessoas nas sociedades modernas andam carentes de identidade. Sentem-se só, e precisam aquecer-se em algum grupo.
Há quem tatue seus ídolos do Rock, as marcas das bandas preferidas, há quem tatue o Che (santa idiotice), há quem tatue emblemas de times de futebol. Vá lá, de time é raro alguém mudar. Há quem marque o nome de namoradas e namorados. Que asneira¹ Amanhã brigados, pronto, como apagar?
Já vi alguém que andava com uma marca de um motoclube do tamanho das costas. E se sair do clube depois de amanhã? Va ter que vender a pele para a Yakuza, a gangue japonesa da Máfia.
Esses arruaceiros, muitas vezes racistas mesmo, ou pequenos bandidos, são zero à procura de um mínimo de reconhecimento em seu meio, ou na sua própria imaginação.
Não se trata, evidentemente, da invasão nazista em São Paulo, mesmo porque o nazismo foi banido como partido e ideologia. São apenas uns tontos buscando os quinze minutos de fama, e alguém para encher de porrada. Cadeia neles!
Leiam a notícia da Folha para o caso do suposto skinhead preso suspeito de agredir roqueiros.
Policiais civis do 35º DP (Jabaquara) investigam se o instalador Rafaele Marquini Franco, 25, suspeito de esfaquear dois roqueiros na madrugada deste domingo, pertence a grupos de skinheads. Ele foi detido depois de brigar com um grupo de roqueiros perto do terminal Jabaquara (zona sul de São Paulo).
Franco tem uma suástica --símbolo nazista-- tatuada nas costas. Segundo os policiais, ele tem mais tatuagens com desenhos como esse espalhados pelo corpo. Franco foi transferido nesta noite para o 26º DP (Sacomã) e permanece detido sob suspeita de tentativa de homicídio. O boletim de ocorrência diz que Franco é "aparentemente skinhead".
Leiam a matéria completa sobre o caso no site da Folha de S Paulo/Uol:
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