Leia com atenção este pequeno relato sobre a crueldade humana
Por Nicolaie Trayian Basesccu (enviado especial)
Por Nicolaie Trayian Basesccu (enviado especial)
Bucarest Informatia
21/04/011
Em Siebenbürgen, também conhecida por Ardeal, uma região na Romênia Ocidental, uma mãe de 20 anos pegou seu filho Vlad Valáquia e acabou com sua vida. O caso repercutiu intensamente naquele país, pois a criança não tinha mais que três meses de idade. Isso aconteceu num forte inverno, mais de 15 graus negativos, numa região rural, próximo a Sighisoara. A Romênia fica próxima à Ucrânia e a Moldávia, na Europa Oriental.
Os detalhes do assassinato é que foram chocantes, pois a mãe, M. Tepes Valáquia, contou à polícia, aparentando grande frieza, que havia matado a criança por asfixia, cortado seus membros com um facão, com certa dificuldade, e aberto a sua cabeça com uma serra. Depois, com uma grande colher de madeira resolveu comer o cérebro do filho.
Chocados, os policiais não acreditavam naquilo que ouviam, pois parecia inacreditável, impossível, que uma mãe pudesse fazer aquilo ao próprio filho, uma criança indefesa, de três meses de idade.
M. Tepes disse que ouviu vozes. E que as vozes, que falavam com ela há alguns dias diziam para ela fazer aquilo. Ela não pôde resistir. Após o fato, foi dormir tranquilamente, até o outro dia. No dia seguinte, ao acordar e perceber a cozinha toda suja e o que havia feito, recolheu o que sobrou do corpo e colocou em um saco de lona, para levar a uma floresta próxima.
E foi o que fez, como quem leva um saco de lixo para jogar em um terreno baldio. Os detalhes do acontecido, a frieza da narrativa, a sua reação no outro dia, que levaram os policiais a pensarem que estavam tratando com uma pessoa doente, muito doente.
Uma mulher muito diferente de uma mãe comum, como qualquer outra que conhecemos.
Não foi possível manter a história em sigilo, para evitar o escândalo, pois a vizinhança, apesar do inverno, sempre bisbilhota pelas janelas, mesmo quando elas estão embaçadas, e aquele entra e sai de policiais na velha casa de madeira chamou a atenção de todos. Logo perguntavam, por M. e seu filho. Foi quando os policiais informaram o que havia ocorrido.
Inacreditável. Ela parecia estar tão bem durante a gravidez. Parecia aguardar feliz o seu primeiro filho. O que leva uma pessoa a fazer isso?
Como souberam da história das vozes, vazada pelos policiais, as pessoas começaram a tentar criar explicações para algo tão fora do comum e brutal. Foi o demônio! Por alguma razão o demônio entrou na sua cabeça para dar ordens. O próprio Mal.
Alguma perturbação, diziam outros, algum espírito maligno perturbando essa pobre criatura. Como uma boa mãe faria isso com seu próprio filho? Mães não matam seus filhos. Impossível. Impossível. Você, caro, leitor, cara leitora, já ouviu falar em um caso assim?
Todas as conversas em Siebenbürgen giraram em torno do assassinato e do estranho banquete de M. Tepes por várias semanas.
O crime horrendo assombrou as mães que tinham crianças pequenas, que as abraçavam com forte ternura, como se tivessem mêdo de perdê-las para alguma outra M. Tepes Valáquia.
BOSQUE GELADO. * |
Um dia Valáquia resolveu contar aos policiais onde havia colocado o saco com os restos de seu filho.
Foram todos até um bosque, cerca de dois quilômetros do local onde ela morava, onde, andando para lá e para cá, com certa dúvida, meio incerta, ela conseguiu localizar a árvore de tronco largo, próximo à qual ela disse que havia enterrado o saco plástico com os restos de seu próprio filho.
Um policial com uma grande pá de ferro titubeou, pareceu não querer encontrar aquele corpo, não dessa vez, não uma criança tão pequena morta pela própria mãe, de modo tão cruel e horripilante. Iniciou lentamente a escavação da neve, com certa delicadeza, como se temesse machucar a criança morta.
Depois escavou suavemente a terra, sem violência, rspando a pá para lá e para cá, até que encontraram aquela tétrica embalagem. Ninguém teve coragem de abrir o saco quando o encontraram. Estava congelado e não havia mau cheiro.
É este? Sim, disse ela com voz baixa, mas não envergonhada. E sorriu para alguns curiosos que estavam por perto. Ajeitou os cabelos e saiu andando rápido atrás dos soldados. Não sem piscar para uns rapazes que observavam a cena. Ao passar perto de um jipe Lada Niva da Polícia ainda deu uma paradinha para ajeitar a franja e prender outra parte do cabelo atrás da orelha.
M. Tepes Valáquia ficou presa por muito tempo, antes que saísse a sua sentença.
Siebenbürgen nunca mais foi a mesma, pois as mães ficaram com muito medo de que algo pudesse acontecer à suas crianças.
O que teria levado Valáquia a fazer o que fez? Semana passada, no júri, o promotor pediu pena de morte aos jurados, pela frieza como ela relatou os detalhes a todos ali no Tribunal.
O advogado de defesa, nomeado pelo Poder Público, A. Vostok, disse que M. Tepes, quase um ano após o episódio, tivera muito tempo para refletir bastante sobre o que havia feito, estando arrependida. Merecia uma outra chance, devendo cumprir uma pena de 15 anos pelo assassinato, mas não a pena de morte. Talvez pudesse sar da prisão após cinco anos de bom comportamento, se trabalhasse na cosinha da prisão, por exemplo.
O júri, formado por cinco homens e quatro mulheres, nenhum de Siebenbürgen, parecia dividido ante a revelação do arrependimento. A platéia ficou muito indignada, e o juiz que presidia a sessão ameaçou esvaziar a sala do Tribunal caso não ficassem em silêncio. Como ficar em silêncio diante de uma situação dessas?
M. Tepes Valáquia confirmou, quando lhe foi perguntado, que estava, sim arrependida, e que nunca faria mais algo assim, mesmo porque não pretendia mais ter outros filhos. Fez-se um silêncio incrível na sala do júri nesse momento. Como poderia Valáquia falar algo assim numa hora dessas? E ela disse que ouviu vozes e ela não pôde resistir às tais vozes, assim, não sentia nenhuma culpa pelo acontecido.
E disse que não havia notado sofrimento na criança que, asfixiada violentamente não pareceu haver sofrido muito. Talvez pudesse ter feito de outro modo, mas disse que foi o que lhe ocorreu após ouvir as vozes.
Mas a promotoria, que havia preparado uma excelente peça de acusação, levou ao Tribunal o famoso psiquiatra romeno Anton Romanov Boc, de Bucareste, especialista em casos de crimes envolvendo grande crueldade.
O dr. Boc não parecia acreditar que M. Valáquia estivesse arrependida. Ele notou como ela olhava o público com certo interesse e, às vezes, parecia querer arrumar os cabelos ou ajeitar o baton. Isso seria normal?
O psiquiatra relatou ao júri um longo número de casos em que a frieza e a aparente falta de emoção dos acusados parecia indicar um caso psiquiátrico, de psicopatia. "M.Tepes Valáquia não tem emoções reais", disse, ele, "ela finge, por ser uma atriz razoável, mas é incapaz de sentir afeto, amor, não estabelece laços afetivos de verdade. Essa é uma das características dos psicopatas."
"Como uma verdadeira mãe mata o próprio filho para lhe devorar o cérebro, após despedaçar seu corpo?", questionou Boc, e ele mesmo respondeu: "Isso não acontece com mulheres normais, isso é reflexo de uma situação absolutamente anormal da dinâmica cerebral, por uma falha na sua formação. Psicopatas não tem sentimentos, agem friamente e tem noção do que fizeram, mas não sentem remorso e nem dor por causa disso. Podem até contar detalhes e rir, ao mesmo tempo"
Caro leitor, se o senhor ou a senhora estivessem nesse júri imaginário, que decisão tomariam: A Morte ou o Hospício?
Como julgariam esse crime horrível, imaginado, mas tão horrível quanto os que acontecem de verdade, todos os dias pelo Mundo afora?
E há gente que ainda não acredita na existência de uma Natureza Humana.
A Natureza Humana pode ser, algumas vêzes, bastante sombria e assustadora.
Como julgariam esse crime horrível, imaginado, mas tão horrível quanto os que acontecem de verdade, todos os dias pelo Mundo afora?
E há gente que ainda não acredita na existência de uma Natureza Humana.
A Natureza Humana pode ser, algumas vêzes, bastante sombria e assustadora.
Nem tudo o que os seres humanos fazem é, necessariamente, induzido por aspectos de natureza social.
Pensem no Caso de Wellington Barbosa de Oliveira. E dezenas de outros casos que lemos na Imprensa. Ou vemos no cinema. Ou lemos, nos livros de Literatura.
A arte imita a vida, ou a vida imita a arte?
Abaixo:
Pensem no Caso de Wellington Barbosa de Oliveira. E dezenas de outros casos que lemos na Imprensa. Ou vemos no cinema. Ou lemos, nos livros de Literatura.
A arte imita a vida, ou a vida imita a arte?
Abaixo:
Mães que matam filhos: (casos reais)
http://www.hinterlandgazette.com/2009/07/otty-sanchez-33-decapitates-infant-son.html
http://www.blogsilence.com/elisngela-rosa-camargo-25-anos-acusada/
http://noticias.r7.com/internacional/noticias/casos-de-maes-que-matam-filhos-chocam-o-mundo-20100817.html
http://aeiou.expresso.pt/podera-o-desespero-justificar-que-uma-mae-mate-um-filho=f623261
http://www.meionorte.com/noticias/policia/mae-mata-filho-recem-nascido-e-come-lhe-o-cerebro-78220.html
http://www.hinterlandgazette.com/2009/07/otty-sanchez-33-decapitates-infant-son.html
http://www.blogsilence.com/elisngela-rosa-camargo-25-anos-acusada/
http://noticias.r7.com/internacional/noticias/casos-de-maes-que-matam-filhos-chocam-o-mundo-20100817.html
http://aeiou.expresso.pt/podera-o-desespero-justificar-que-uma-mae-mate-um-filho=f623261
http://www.meionorte.com/noticias/policia/mae-mata-filho-recem-nascido-e-come-lhe-o-cerebro-78220.html
* Picture of trees from:
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