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quarta-feira, 4 de julho de 2012

O INSOLÚVEL MISTÉRIO DA MORTE DE DONA GERALDA GUABIRABA, A MULHER SEM ROSTO DE MAIRIPORÃ, COMPLETARÁ SEIS MESES NO DIA 14 DE JULHO. Ela morreu envenenada, com um corte no pescoço, sem os olhos e a pele do rosto. Ninguém sabe, exatamente, o que aconteceu naquela madrugada.

Dentro de dez dias (14 de julho de 2012) a horrível morte da senhora Geralda Lúcia Ferraz Guabiraba terá completado seis meses. No início, quando os casos estão quentes, a imprensa mantém atenção constante, para informar aos leitores, nos dias subseqüentes, as novidades descobertas pela policia.

Alunos de Jornalismo perguntam por que certas notícias vão desaparecendo aos poucos dos sites e do noticiário em geral. A resposta correta é: o mundo é grande demais, complexo demais, tem milhões de fatos acontecendo todos os dias, e isso não cabe em algumas páginas impressas ou no horário da TV ou no rádio, e nem no aparente espaço-tempo infinito da Internet.

As edições são seletivas. Durante alguns dias uns fatos são sustentados, depois vão desaparecendo, e o interesse das pessoas é despertado por fatos novos. Quem ganha, Corinthians ou  o Boca? Será que Eike Batista voltará a ser um dos mais ricos do mundo? O que aconteceu, exatamente, no Paraguai? O que aconteceu com Bruno, o goleiro? Por que o PIB brasileiro está caindo? Lula conseguirá eleger Haddad em São Paulo? Você viu a visita que Lula fez à casa de seu novo amigo Paulo Maluf?

Curiosidade move o mundo. Um pouco de morbidez, o que se chama de sensacionalistmo, quando se quer criticar a voracidade da imprensa por histórias dramáticas. Errado! Os críticos querem bater no mensageiro, as pessoas são curiosas, querem saber se aquilo poderia ter acontecido a elas, como se sairiam se aquilo fosse com elas, etc...

E assim, as semanas foram passando e dona Geralda Guabiraba foi caindo no esquecimento da Opinião Pública. Certamente, contudo, jamais será esquecida pela sua família, seja lá qual tenham sido os seus motivos.

Vejo pelo procurador do blog que ainda buscam por informações sobre a dona Geralda todos os dias. Os textos sobre a sua morte, e mais, sobre o mistério que envolve a sua morte, estão entre os dez mais lidos, desde o início do Laudaamassada.

Milhares de pessoas ficaram curiosas sobre o que teria acontecido à pobre senhora.
As pessoas sabem que não é um mistério de novela,que algo muito sério aconteceu. Tenha ela sido ajudada em um tipo de suicídio ou simplesmente como vitima de monstros, o fato é que ela morreu, e o público ficou sem as devidas respostas.

A policia não conseguiu, ou não divulgou, uma explicação plausível para a sua morte. Dizer, como disse o chefe da policia paulista que o seu rosto teria sido destruído por cães não é razoável. Pode até ser que seja a verdade, mas não parece plausível. Mordidas de cães não levantam a pele como se pode ver nas horríveis fotos que postarem na Internet.

Ela pode ter se suicidado, sim, e com auxílio de alguém. Isso não teria sido a primeira vez. O que se sabe, porque foi publicado por alguns jornais e emissoras de TV é que ela andava depressiva e sofria por um amor não correspondido. O inquérito ficou em sigilo. A família já sofreu demais com a sua perda. Mas os tais indícios de amor não correspondido poderiam levar a novos caminhos.

As informações publicadas pelo R7 e pelo diário de São Paulo, por exemplo, davam como fato, por terem sido relatados por amigas de dona Geralda, que ela estava com algum problema que, caso soubesse o que fosse, suas amigas perderiam a admiração por ela. Uma senhora de 54 anos de idade, de boa índole, dedicada aos pobres.

Que grande pecado poderia ter cometido? Na sua rigorosa formação católica, talvez, a possibilidade de um novo amor poderia ser um imenso e pesado fardo, pelo senso de culpa, muito mais do que ela seria capaz de carregar.

GUTENBERG J.


A LINHA DO TEMPO NO CASO DA MORTE DE GERALDA GUABIRABA

  


14/01 -  O enigma da Pedra da Macumba

Encontrada morta na madrugada do dia 14 de janeiro uma mulher sem os olhos e a pele do rosto e em posição de crucificada, de costas no chão, junto à pedra da Macumba, na estrada de Santa Inês, em Mairiporã.

Segundo a polícia apurou, tudo foi muito rápido, levou perto de duas horas.
Inicialmente suspeitou-se de que teria sido um ritual de Magia negra. Testemunha diz que  carro de Geralda teria chegado ao local por volta das 00h45. Além da falta dos olhos e da pele do rosto, o pescoço da vitima teria profundo corte feito com faca ou vidro. Ocarro estava parado à beira da estrada, com as portas abertas e a chave no contato.

20/01 - Assassinos experientes 

A imprensa divulga que a polícia crê não ter sido este o primeiro crime pelos mesmo autores. Nos últimos anos aconteceram alguns parecidos na Grande São Paulo, sem solução.

21/01 - Computador tem de pesquisa sobre veneno

A perícia policial informa que rastreou visitas a sites sobre venenos, com pesquisas sobre chumbinho para matar ratos, no computador apreendidona casa de Geralda e que era usado por ela. A pesquisa teria sido feita dois dias antes de sua morte.

23/01 - Polícia divulga imagens de circuito interno de vigilância

Sistema gravou a movimentação  de Geralda Guabiraba e parentes na noite de sua morte. Geralda saiu sozinha, com duas cestas, na madrugada de sábado, deixando documentos e jóias em casa. O marido e o filho dormiam, segundo se apurou.

24/01 - Vítima teria sido escoltada até Pedra da Macumba

Imagens conseguidas pela polícia nos dias seguintes ao encontro do corpo de Geralda sugerem que seu carro teria sido seguido a curta distância por mais dois ou três carros de cor prata ou cinza clara. Os carros aparecem trafegando atrás do utilitário de Geralda por quase todo o percurso até a Pedra da Macumba.

26/01 - Geralda tinha horror a macumba, diz padre

O padre Geraldo Ascari, da paróquia freqüentada por geralda diz à policia que ela não gostava de macumba ou outros rituais assim.  Inclusive teria pedido para que uma oferenda fosse tirada da porta da Paróquia Santa Cruz, Zona Norte, três meses antes de sua morte.

30/01 - Geralda pode ter ingerido chumbinho

Perícia encontrou vestígios do veneno no sangue de dona Geralda. Dezesseis dias após o crime, o documento oficial ainda não está pronto e a polícia quer saber se a quantidade ingerida pela vítima era suficiente para matá-la. Mas, se ela tomou o veneno para desfalecer, quem fez o serviço em seu rosto?

31/01 -  Pedra em Santuário Guanelliano lembra local da morte de Geralda

Altar de pedra em recanto frequentado por padres e fiéis da ordem dos guanellianos é semelhante à Pedra da Macumba. A semelhança entre duas rochas usadas como santuários pelos frequentadores do Recanto Nossa Senhora de Lourdes, na Vila Rosa, Zona Norte, e a Pedra da Macumba, em Mairiporã, chamou a atenção da equipe responsável por investigar o assassinato de Geralda Lúcia Ferraz Guabiraba,  morta na madrugada do dia 14.

01/02 - Carro da Igreja será periciado

O Instituto de Criminalística analisará um veículo Celta prata da igreja frequentada por Geralda Guabiraba. Ocarro pertence ao Recanto Santa Lourdes, local mantido pela Congregação dos Guanellianos, ordem da Igreja Católica frequentada por Geralda Lúcia Ferraz Guabiraba, 54 anos. A perícia nada encontrou de suspeito.

25/02 -  IML reduzirá tempo de emissão de laudo

Instituto recebeu equipamento irlandês capaz de fazer triagem dos 14 grupos de drogas padrões.  O equipamento será usado no caso de dona Geralda Guabiraba.

23/03 - Casal teria visto Geralda (morta) ter sido atacada por animais.

Segundo o  chefe da Polícia Civil, testemunhas teriam garantido ter visto cachorros desfigurarem o rosto da mulher encontrada morta Pedra da Macumba.

A investigação sobre a morte da dona de casa Geralda Lúcia Ferraz Guabiraba, de 54 anos, teve uma reviravolta após o casal que chamou a Polícia Militar prestar depoimento ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) na semana passada. Na ligação para o 190, eles avisaram que havia um corpo sendo atacado por animais em frente à Pedra da Macumba. Foi através desse telefonema que a polícia localizou Geralda.

Mais de dois meses após o início das investigações, essa foi a primeira vez que o casal foi ouvido. Há 15 dias, o DHPP, unidade especializada na investigação de homicídios, assumiu o caso após determinação da alta cúpula da polícia.

Moradores de um condomínio a poucos metros da Pedra da Macumba, os namorados contaram que voltavam para casa por volta das 2h quando viram a caminhonete Tracker de Geralda abandonada no meio da estrada e vários cachorros em volta do rosto dela.

Para o DHPP, o testemunho ocular do casal é considerado um “elemento fortíssimo” para que a hipótese dos olhos e a pele do rosto de Geralda tenham sido retirados propositalmente seja descartada. Se os laudos comprovarem que o rosto foi desfigurado por animais, todas as linhas de investigação (leia abaixo) seguidas até então estariam erradas.

24/03 - Desprezo amoroso aumentou depressão de Geralda

Depoimento de terapeuta à polícia confirma que rejeição amorosa fez com que quadro de Geralda piorasse antes de sua morte. Geralda já teria sido internada em clínica para tratar depressão.

Segundo alguns jornais divulgaram, Geralda Lúcia Ferraz Guabiraba, 54 anos, vivia um amor não correspondido e a rejeição do pretendente agravou seu histórico de depressão.

A informação consta no inquérito policial que investiga o assassinato da dona de casa, encontrada sem os olhos e a pele do rosto na Pedra da Macumba, em Mairiporã, Grande São Paulo, no dia 14 de janeiro. Esse é mais um elemento  que corrobora com a  hipótese de que Geralda tenha cometido suicídio.

No histórico do computador de Geralda foram encontrados textos sobre desilusões amorosas. Dias depois, uma pesquisa minuciosa sobre chumbinho (veneno de rato) foi feita.

O terapeuta de Geralda prestou depoimento e confirmou que sua paciente lhe confidenciou que sofria com o desprezo de uma pessoa por quem se apaixonou. Ela chegou a se declarar, mas foi rejeitada. Nessa época, ela foi internada em uma clínica de reabilitação na Grande São Paulo.

Os exames do IML (Instituto Médico Legal) confirmam que a dona de casa ingeriu chumbinho e medicamentos controlados antes de morrer.

O DIÁRIO SP revelou que o depoimento do casal que acionou a Polícia Militar no dia do crime mudou os rumos da investigação. Eles afirmam ter visto cachorros atacando o rosto de Geralda. A informação enfraquece a tese de que a pele e os olhos dela teriam sido retirados por alguém.

Segundo levantamento do DHPP, o carro prata que aparece nas imagens pertence às testemunhas que ligaram para a polícia e prestaram depoimento. A placa foi indentificada e a possibilidade do carro ter acompanhado Geralda até o local do crime foi totalmente descartada.

Outra hipótese desconsiderada é que a morte da dona de casa tenha motivação religiosa. “Posso afirmar com toda a certeza que não tem nenhuma relação”, disse o delegado Carrasco.

A Pedra da Macumba fica em uma região de mata nativa em Mairiporã. No inquérito, a fotografias de cachorros que cercam a região. A perícia chegou a deixar um porco no local para tentar provar esse tese. O resultado do exame ainda não foi divulgado.

Roupas teriam sido jogadas no lixo

As roupas usadas por Geralda teriam sido  descartadas pela polícia técnica. Os peritos admitiram que jogaram a camiseta e a calça de Geralda fora em uma reunião na sede do IC (Instituto de Criminalística) em janeiro. Em uma análise das fotografias da cena do crime, o DHPP diz que havia marcas semelhantes a patas de cachorro nas roupas. A perícia deve explicar onde estão as peças na próxima semana.

FINAL DA HISTÓRIA:

O suicídio não seria um final impossível na história de dona Geralda, nem a primeira vez em casos semelhantes. Mas as testemunhas após o chefe da polícia falar em cachorros atacando o corpo desmentiram pela imprensa. Para elas um cachorro rondava o corpo.

Não publiquei as fotos do rosto desfigurado no blog em respeito a dona Geralda e à sua família, que já sofreu demais com a história toda. Após observar as várias imagens que estavam na Internet, fica difícil aceitar que aquilo tenha sido feito por mordidas de cachorros. Quem já lidou com cães e com ataques de cães tem uma boa idéia do estrago que fazem. A pele do rosto de dona Geralda parece ter sido  levantada, do pescoço para cima. Com os índios americanos faziam o escalpos.

Alem domais, imaginar que ela tenha contado com ajuda para o suicídio não é impossível também, pois em Penápolis, SP, uma advogada, também em depressão, por conta da separação conjugal, em 2011, contratou um marginal para matá-la a tiros.Ela comprou uma rma e entregou ao bandido, que cumpriu o contrato e ainda reclamou, depois de preso, que não havia recebido o valor combinado pelo “serviço”.
 
Informações para a linha do tempo de:





VÍDEO DOIS - EXUMAÇÃO E REVELAÇÕES DE AMIGA DE GERALDA
(AOS 9 MINUTOS)

4 comentários:

  1. Já estamos no fim de novembro e esse mistério ainda não foi revelado. Em minhas pesquisas pouca coisa recente encontrei sobre esse caso, sendo essa matéria, de 4 meses atrás, a mais atual.

    Tenho um comentário a fazer sobre essa passagem: "Não publiquei as fotos do rosto desfigurado no blog em respeito a dona Geralda e à sua família, que já sofreu demais com a história toda." Ainda bem que você não postou! Nem todo mundo tem estômago e psicológico bons para ver esse tipo de coisa. Na tv existe a classificaçao mínima de cada programa, daí você tira uma base do que pode conter em tais programas, mas na internet não tem um aviso, não tem nada. Crianças tem livre acesso e por curiosidade e interesse podem entrar no site e se deparar com fotos perturbadoras. Não somente crianças, mas também adultos que não se sentem bem com esse tipo de material.

    No mais, parabéns pela reportagem.

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  2. obrigado por postar o resto do caso, eu gostaria muito de saber tambem como vai terminar ou se vai ter uma resposta concreta! porque isso pra mim nao tem como ser coisa de cachorro, os animais podem ate ter chegado perto cheirado e tal mas comer é demais!

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  3. Parece que foi arquivado. Para a polícia o ataque ao rosto dela foi coisa de animais. Não creio. Esse caso ainda poderia render mais. Ficou muito mal contado.

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