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quarta-feira, 11 de julho de 2012

TORTURA EM CUBA. SANGUE E DOR NO PARAÍSO COMUNISTA

Graças a uma rede de mentiras firmemente construída ao longo de décadas, quase sem contestação, Cuba, a ilha do doutor Castro, usufrui de uma imagem absolutamente irreal.

Parece, no imaginário popular, apesar de toda a miséria, falta de recursos, e repressão violenta da liberdade, um paraíso. O curioso, paradoxal mesmo, e ninguém questiona, é que de tal paraíso quem está quer sair, e os que o elogiam, para lá não querem ir.   

Li com muita atenção, há alguns anos, o livro de Armando Valladares, “Contra toda a Esperança – as prisões políticas de Fidel Castro” . Valladares, que passou mais de duas décadas nas prisões políticas de Cuba.

O grande poeta cubano conta em detalhes como é desumano o sistema prisional da ilha e como são brutais os métodos de tortura utilizados, cotidianamente.

É claro, os comunistas cubanos mentem sobre isso, e a esquerda internacional, alinhada aos interesses cubanos, mentem muito mais. 

Para os turistas incautos, as belas praias fechadas ao cidadão cubano comum; para os idiotas estrangeiros, a propaganda enganosa sobre as maravilhas da medicina do país. 

Não há melhor exemplo da famosa fazenda (Animal Farm) de George Orwell, em A Revolução dos Bichos.  



A tortura na Cuba dos Castro

Escrito por Pedro Corzo 

11 Julho 2012

A ditadura tem praticado de maneira sistemática e permanente variadas formas de tortura contra os prisioneiros políticos, e também contra um amplo setor da sociedade.

A situação dos direitos humanos em Cuba é tão crítica que o Comitê das Nações Unidas contra a Tortura expressou recentemente preocupação pelo aumento das detenções arbitrárias e outros atos de perseguição contra opositores políticos, defensores dos direitos humanos e jornalistas independentes, porque a tortura é muito mais que o abuso físico a uma pessoa.

A entidade manifestou preocupação pelo uso arbitrário de figuras penais como a “periculosidade” para justificar restrições à liberdade de movimento, a vigilância invasiva, e os atos de repúdio para a intimidação e acosso aos quais as autoridades cubanas recorrem.

A ditadura tem praticado de maneira sistemática e permanente variadas formas de tortura contra os prisioneiros políticos, e também contra um amplo setor da sociedade, como deixa apreciar o informe, durante estas cinco longas décadas de totalitarismo.

Nas prisões, onde permanentemente se viola a dignidade humana, estes abusos vão desde o isolamento indefinido, golpes severos, aplicação de eletro-choques, mudanças drásticas de temperatura nas celas de reclusão, imersão do detido em um tanque de água, fuzilamentos simulados junto a pessoas executadas, trabalho forçado em condições inumanas e a aplicação de pentotal sódico.

O governo nega essas violações à dignidade humana, porém há inúmeros testemunhos de homens e mulheres que padeceram a crueldade extrema da qual os sicários do castrismo são capazes de recorrer, quando querem destruir uma pessoa para obter informação, ou simplesmente pelo afã de satisfazer sua alienação mental.

Há vários anos o produtor cubano, Luis Guardia, dirigiu um documentário do qual fui produtor, no qual se fazia referência à variedade de métodos aos quais a ditadura recorre para destruir a dignidade dos detidos.

Por exemplo, Orestes Pérez, 28 anos na prisão, camponês do Escambray, sofreu o “submarino”. Preso em Topes de Collantes, lhe atavam a uma corda com uma pedra, o lançavam a uma lagoa perto e quando estava se asfixiando o tiravam da água. Essa operação a realizaram várias vezes. Annete Escandón conta os inúmeros eletro-choques a que foi submetida e como, do mesmo modo que ela, outros prisioneiros políticos que não padeciam de transtornos mentais sofreram.

Aurelio Hernández descreve como lhe aplicaram pentotal sódico para que confessasse. Nelly Rojas conta os mais de sessenta dias de isolamento a que foi submetida, e Abel Nieve lembra com dor como foi sepultado em vida em uma gaveta de cimento no Castillo de Atares por sete dias, quando tinha apenas dezesseis anos de idade.

O documentário que contou com a coordenação geral de Francisco Lorenzo, recolhe muitos testemunhos mais. Evelio Ancheta evoca as cruéis “Cabañitas” ou Punto X onde ao isolamento se somavam distintos métodos de tortura, inclusive temperatura ao nível de congelamento ou a “piscina”, na qual os prisioneiros políticos eram lançados em um saco de lona até levá-los a beira da asfixia.

Gloria Argudín tinha menos de 20 anos quando partiu para o Escambray para se juntar às guerrilhas. Detida, maltratada fisicamente, abandonada no vazio do último andar do antigo hospital de Topes de Collantes, a pararam em frente a uma cova, designaram um pelotão de fuzilamento e lhe dispararam balas de salva. Outros tiveram menos sorte e seus companheiros foram executados junto deles.

De que a situação não mudou, Oscar Elías Biscet dá testemunho em uma entrevista em que disse: “Uma das torturas usadas nas prisões cubanas são as solitárias em uns calabouços minúsculos, totalmente isolados e escuros. Me tiveram lá uma vez durante cinco meses ininterruptos, sem sair nem um segundo”.

Yurinaris Hurtado Pérez foi obrigada a se despir por completo na Quinta Unidade da Polícia de Santa Clara em uma área conhecida como o “Soleador”, um lugar sem teto e rodeado de escritórios onde só trabalhavam homens. Hurtado Pérez afirma que todas as Damas de Branco na cidade padeceram desse vexame.

Alguns dos métodos descritos foram superados pela crescente habilidade dos torturadores e pela malícia do sistema, porém o resultado é que a manipulação, a intimidação e a repressão constante e sistemática é uma forma muito sutil de tortura que supera os abusos físicos e mentais mais extremos, porque impede muitas pessoas de ter acesso ao uso pleno de sua soberania individual.

Concluindo com alguns aspectos do informe do Comitê das Nações Unidas contra a Tortura, o integrante da entidade, Fernando Mariño, disse que o incremento das detenções dos opositores por 24 ou 48 horas sem controle judicial, nem sequer por parte de uma promotoria é perseguição, e outro dos membros disse considerar que “o governo de Cuba não distingue os crimes dos que não o são, senão que se enfoca em distinguir o campo amigo do inimigo, uma distinção que não se pode aplicar ao tema da tortura”, afirmação que dá margem para concluir que o castrismo considera que todo aquele que se oponha pode ser objeto do trato que consideram necessário, com o objetivo de conservar o poder.
Tradução: Graça Salgueiro
TEXTO REPRODUZIDO DO SITE MÍDIA SEM MÁSCARA;

O SISTEMA PRISIONAL CUBANO

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