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quinta-feira, 5 de julho de 2012

RAUL CASTRO E A FOLHA DE SÃO PAULO. UMA FOTO, DUAS LEGENDAS: numa, ditador; noutra, presidente. Ambigüidade editorial transparece numa simples legenda de fotografia comprada no exterior.




NA FOTO ACIMA, NA PRIMEIRA PÁGINA DA FOLHA ON LINE,
RAUL COMO DITADOR. 

A edição de hoje (5 de julho) da Folha de São Paulo (versão on line) mostra aquilo que aqueles que são chamados de “conservadores”, como se isso foi algo mal em si mesmo, sempre repetem: os jornalões tornaram-se ambíguos, e sua ambigüidade aparece nos detalhes.

Uma fotografia comprada à Agência EFE, de autoria de Diego Azubel, mostra o ditador cubano Raul Castro passando tropas militares durante sua visita à China. Na primeira página da versão eletrônica, na chamada para a seção Galeria de Imagens, a Folha se refere ao “ditador cubano Raul Castro”.

Na página interna onde está a Galeria, a mesma foto tem legenda diferente: “o presidente cubano Raul Castro”...

Alguém poderia dizer: "mas o que isso tem de importância? É a pressa inerente ao jornalismo digital". Sim, a pressa tem permitido muitos erros nas edições eletrônicas, mas a troca de palavras, se é que foi uma troca. Acho que não foi. Explico: na primeira página editou uma pessoa, na outra editou outra.

Para um editor Raul é ditador. Para o outro, mais politicamente correto ou simpático a Cuba, Raul é só presidente.

Vejamos, o reino, digo, a ditadura cubana existe desde 1959! Durante a maior parte do tempo dirigida pelo senhor Fidel Castro, nascido em 1926 (86 anos este ano). Quando deixou o governo por doença, passou ao seu irmão mais novo, Raul (nascido em 1931 881 anos). Não havia uma única pessoa de confiança em toda Cuba que não fosse seu irmão? Falo dos vivos, não dos quase cem mil  mortos, dos quais 17 mil fuzilados por pensarem diferente.

Isso não é democracia (porque é ditadura), mas fica difícil admitir, até que seja só socialista-comunista, pois com sucessão familiar fica parecendo reinado familiar. É o caso da ditadura Síria dos Assad (sustentada pelo partido socialista Baath) e o da ditadura comunista da Coréia do Norte, ora na terceira geração familiar! De avô para pai, e para o neto!

Como chamar a tais regimes de democráticos? E seus dirigentes de presidentes?

NA SEÇÃO GALERIA DITADOR VIROU PRESIDENTE RAUL CASTRO.
O professor Olavo de Carvalho, em seu próprio site e no site Mídia Sem Máscara, tem tratado dessa invasão da grande imprensa pela esquerda, há anos, o que é dado como mentira pela esquerda que tem uma rede de veículos impressos e blogs próprios, ou pagos com dinheiro público (empresa estatais e governo). 

À esquerda convém fingir que a imprensa tradicional é de direita, reaça, conservadora. Nada mais falso, a prova está em que é difícil, muito difícil mesmo encontrar uma legenda ou um titulo na imprensa tradicional brasileira chamando as coisas pelo nome: isto é, um ditador de ditador. Uma ditadura de ditadura.

A confusão com as palavras é usada pela esquerda para enganar o povo há muito tempo. vejam o caso da destituição constitucional de Fernando Lugo, no Paraguai. A imprensa de esquerda e a esquerda chama de Golpe. E o golpe da admissão da Venezuela no Mercosul, o que foi golpe, pois foi sem o voto do Paraguai, é chamado de admissão, sem questionamento. É novilíngua orwelliana em ação.

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