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sexta-feira, 15 de abril de 2011

CUBA, A REVOLUÇÃO QUE PAROU O TEMPO. SEXTO CONGRESSO DO PC CUBANO DISCUTE O QUE FAZER. Desemprego, roubos e prostituição crescem na terra de Fidel. "Ou mudamos, ou afundamos", diz Raul Castro.

Uma coisa é a teoria. Outra é a prática.

Apesar de toda a desconversa dos comunistas sobre os sucessos revolucionários do marxismo aplicado, não há um país no mundo atual que possa afirmar ser comunista e, ao mesmo tempo, estar bem econômicamente.

Falar da China é quase covardia, visto o distanciamento que ocorre entre Marx e a realidade econômica chinesa, um dos motores da economia mundial, e maior parceiro comercial dos Estados Unidos. A China mergulhou de cabeça no mercado, na economia capitalista e agora vai na direção de facilitar a propriedade privada. Não há outro meio de estimular as pessoas a trabalharem, a produzir.
Quem produz paga impostos, e todos ganham. Hoje os chineses voltaram a estudar o grande filósofo Confúcio, deixando Marx para os museus e para os discursos formais do PC Chinês, que mantém uma ditadura de partido único, mas que já deixou de lado, há muito tempo, as bobagens de uma economia planificada.

Os chineses sempre foram comerciantes, e isso fez uma grande diferença quando, ainda nos anos 70, logo após o desatroso genocídio da Revolução Cultural, perceberam que as doutrinas econômicas marxistas eram boas apenas para alimentar conversas de revolucionários burgueses de botequim da Vila Madalena. Socialismo não enche barriga.

Os russos, mais apegados à ortodoxia, do que seus colegas comunistas chineses, tentaram ficar isolados, fechados no mundo da economia planificada. Nunca estudaram os economistas da Escola Austríaca, portanto nunca aprenderam que preços jamais podem ser pré-fixados. Bem, como sabemos, foi um tremendo desastre. Ao fim, o desesperado esforço do camarada Gorbatchov com a sua Perestroika e a Glasnost. Foi a pá de cal no regime. 

O comunismo não funciona, pois exige um mundo fechado, para a recriação de uma outra realidade. E isso é impossível. Todos os totalitários sempre acabam mal. Sempre foi simples assim, mas a teoria marxista funciona como um tapa-olhos, uma venda que impede as pessoas de enxergarem a realidade. Mas a realidade é muito teimosa, e ela sempre se impõe.

Von Mises dizia: "Não há almoço grátis". Viva von Mises!

CUBA, A REVOLUÇÃO FRACASSADA

Por que falei da China?
Para falar de Cuba. 
Há muita propaganda enganosa sobre Cuba. Apesar da ditadura de Batista, e não por causa dele, naquele tempo Cuba já era uma economia bem desenvolvida na América. Seus índices de alfabetização já eram superiores à maioria dos países americanos e se equiparava, em alguns critérios, a alguns países europeus.

http://cubaaventura.blogspot.com/
Exportava, importava, tinha uma indústria sendo implantada, havia produção agrícola. Exportava tabaco, cana, açúcar, bananas. Mas tinha o ditador Batista, e ele era um ditador cruel como outros. Diversos grupos queriam a queda de Batista, entre eles o de Fidel. Fidel não derrubou Batista sozinho. É preciso ser muito desinformado para crer nisso. Isso já é fruto da propaganda.

Quando Batista caiu, os revolucionários perceberam que o grupo de Fidel pretendia ficar no poder e não voltar à democracia. Foi aí que Cuba teve uma Guerra Civil, nas batalhas do Vale Camaguei, em que morreram milhares de revolucionários de outros grupos que queriam democracia. Fidel era autocrático, modelito de Chávez. Guloso, queria todo o poder para si.
Nesse tempo Fidel cometeu um genocídio, pois morreram mais de 17 mil cubanos fuzilados por irmãos cubanos.

Tempos de Guerra Fria. Logo a União Soviética aproveitou-se para lançar raízes ali. Enquanto a URSS viveu, Cuba viveu de mesadas. Nos anos 80 Cuba recebia 4 bilhões de dólares por ano. Tinha que funcionar, a todo custo, para servir de modelo para a propaganda comunista.
Pagou com fidelidade canina, pagou mandando soldados cubanos morrerem aos montes em guerras africanas, que eram alimentadas pelos russos, no tempo das guerras de libertação colonial. Cuba custou muito caro aos russos.

Nos tempos de Gorbatchov fecharam a torneirinha de rublos e Cuba começou a andar para trás. Qualquer pesquisador honesto verificará isso com grande facilidade.
O grande mote de propaganda cubana era a lenga lenga da alfabetização que, de fato, já era muito boa. A outra grande peça é a tal medicina.

Na verdade, o sistema que funciona, razoavelmente, é o sistema preventivo de saúde pública. Cuba não tem medicina que preste, em termos de avanços médicos, porque lá não há recursos para pesquisa.

Falar que tem boa música, uma cozinha gostosa e um povo alegre também não vale. Os cubanos sempre foram assim. Os socialistas não contribuíram em nada para isso, só com a rigorosa censura. Além disso espantaram dois milhões de cubanos para os Estados Unidos. E são esses que mandam algum dinheiro para seus parentes pobres na Ilha de Fidel.
Os problemas que Cuba tem hoje foi o regime que criou, pela incapacidade de gerir a agricultura (a produção de cana atual caiu tanto que equivale à do início do Século XX!), incapacidade de gerir a indústria, de atender qualquer demanda e, mesmo de exportar açúcar, por falta de produção.

Há dois ou três anos o governo estimulava as pessoas a terem burros e cavalos, não por motivos ecológicos e ambientais, mas por absoluta falta de combustíveis para a frota dos anos 50!  Um museu do automóvel mantido graças à criatividade dos cubanos (não socialista).

Economistas e políticos alinhados com o oficialismo cubano costumam advogar a tese de que a situação caótica da vida social em Cuba é culpa do embargo americano. Isso não é verdade. Cuba tem comércio hoje com cerca de 80 países. A hotelaria fina é toda espanhola, as telecomunicações tem capital mexicano. O problema fundamental de Cuba é que o país não tem reservas monetárias para importar e nada produz para exportar. E comércio, como os senhores sabem, é uma via de mão dupla. O embargo americano diz respeito às empresas americanas. Ora, se os cubanos não querem saber do capitalismo porque vão querer saber dos americanos? Lógica elementar.

A única coisa que funcionou esse tempo todo foi a propaganda mentirosa, que vende uma imagem de paraíso, ao mesmo tempo em que as notícias falam de crise após crise. Hoje Cuba manda "consultores" (especialistas em polícia secreta) à Venezuela, mtroca de barris de petróleo. Mas a Venezuela, pré-falida, também não está em condições de assumir a proteção de Cuba. Isso está sendo pretendido pelo Brasil.

Cuba está numa situação muito drmática. Não há gêneros alimentícios em quantidade e nem artigos de consumo doméstico, como papel higiênico. Usam o jornal oficial, o Granma para limpar vocês sabem bem o que. As moças, cada vez mais jovens, circulam pelo Malecón atrás de dólares de turistas, oferendo o próprio corpo. Quando voltam com algum para casa, a família nem pergunta como conseguiu. Prostituição. Mas na Cuba socialista não há prostitutas, assim como não homossexuais no Irã de Ahmadnejad. São os mistérios da ideologia.

Mesmo com as críticas que recebe dentro e fora de Cuba (lá traidora), aqui agente cubana disfarçada, Yoani Sanchez, em seu blog Generación Y , traz pequenas crônicas do cotidiano que são retratos cruéis da vida do cidadão cubano e da burrice do sistema hoje em dia. Se ela é agente de propaganda, como dizem por aqui, o que ela faria se fosse contra?

Ela é uma boa escritora. Seus textos informam bem a carência geral que há na Ilha.
Pôxa, não há nada de bom por lá?
Um belo mar (não socialista), belas praias (não socialistas), um belo sol (não socialista), bons hotéirs (espanhóis), maravilhosos automóveis dos anos 50 (americanos), boa música e um povo generoso, que sempre foi assim.

Em suma, o socialismo está morrendo em Cuba.
E os idiotas do partido não deixam Cuba viver em paz.

"Ou mudamos o curso das coisas ou afundamos", disse ninguém menos que o grande timoneiro atual de Cuba, o presidente Raul Castro.
ANEXOS
Leiam abaixo dois textos sobre Cuba:
El Mundo
DESEMPLEO EN CUBA POTENCIA LOS ROBOS Y PROSTITUCIÓN

A río revuelto, ganancia de jineteras y ladrones. Cuando a la vuelta de un año el número de parados supere el millón, las calles habaneras se habrán tornado más peligrosas y la putas baratas estarán a la orden.

Loipa, 24 años, ya desenfunda su arma. Después de una temporada en la cárcel pensó en redimirse. Y comenzó a trabajar como recepcionista en una empresa. Pero ha sido de las primeras en ir al paro.

La única opción que le ofrecieron fue laborar en el campo. Entonces decidió volver al 'oficio' que mejor domina: jinetear. “No creo que la presión policial sea muy rigurosa, estarán ocupados en un sinfín de problemas. Ahora voy ofrecer mis servicios también en moneda nacional, sin dejar las divisas, claro, a ver si pesco algún 'yuma' (extranjero). Será difícil. No hay suficientes turistas para la cantidad de prostitutas en el país, tocamos a tres por 'yuma'”, comenta esta mulata de ojos expresivos y un llamativo lunar debajo de la boca.

La competencia en el mundo de la prostitución es fuerte en Cuba. Existe una legión de adolescentes en edades comprendidas entre 14 y 17 años, aún estudiantes, que en su tiempo libre venden su cuerpo. A bajo precio.

La agobiante situación económica, que dura 21 años y el creciente número de rameras que pululan por las calles, ha provocado que el mercado del placer en la isla esté a la baja. Ya ningún forastero paga más de 30 pesos convertibles (35 dólares) por una noche caliente y movida con una jinetera. Por 70 pesos convertibles (85 dólares) se puede llevar un par de lesbianas a su alcoba.

Cuando se presagia otra vuelta de rosca a las duras condiciones de vida del cubano, no es descabellado pensar que las "trabajadoras del sexo" crecerán en flecha. Igual que el resto de las actividades ilegales. Los rateros también están de fiesta.

En época de crisis y penurias, la delincuencia asoma su oreja. La Habana todavía no es una ciudad donde la violencia sea un problema. Está lejos de ser Caracas o Ciudad Juárez. Pero tanta gente desempleada, sin futuro, y con las billeteras vacías, es un caldo de cultivo ideal para que los malandros prosperen.

El mercado negro se ha secado, y al no poder los vecinos de los barrios pobres, vivir del 'bisne' (negocio) por debajo de la mesa, son pocas las alternativas que les van quedando. Las mujeres, jóvenes o maduras, si tienen buenas nalgas y han crecido en la promiscuidad, quizás se tiren a la calle. No a protestar. A 'buscar el pan' (jinetear).

Varones negros, fuertes y atléticos, podrían empezar a probar fortuna como ‘pingueros’ (putos), coto hasta ahora exclusivo de blancos y mulatos bien parecidos, gays y travestis. O 'especializarse' en el robo de equipos de música a coches de turismo, o en el 'arte' de arrancar bolsos a visitantes foráneos.

Las noticias son muy malas para las fuerzas policiales. Un montón de personas disgustadas y sin dinero, que pretenden llevar comida a sus casas a como dé lugar y vestir a la moda, es un asunto más serio de lo que parece.

Ya Loipa se puso en forma para empezar a jinetear. Rebajó seis kilos en un gimnasio y está a la caza del primero para que le compre dos o tres vestidos, tacones altos y un buen perfume. Eso, de entrada.

Su meta final es la de toda jinetera. Casarse con un extranjero con varias tarjetas de crédito en el bolsillo. La esperanza de Loipa es que el Congreso de Estados Unidos acabe de derogar las prohibiciones de viajes a Cuba.

“Si esto ocurre, me voy a 'hacer el santo'. Pero lo que quiero es que acaban de venir los gringos. Con las piernas abiertas los estoy esperando”, dice risueña.

Como Loipa, miles de cubanos rezan porque esa medida se venga abajo. Los americanos son vistos como una tabla de salvación. Y no sólo por las putas. También por el Gobierno de los Castro. (5 OCT 2010)

EL PAIS

EL DRAMA DEL DESEMPLEO EN CUBA
El gobierno castrista recorta plantilla y reubica en un mejoramiento del modelo de gobierno
Por Brenda Zaniuk

En Cuba se viven días de incertidumbre laboral a causa de un anuncio oficial.
El Partido Comunista, actualmente a cargo del gobierno de Cuba ha hecho un anuncio de “reorganización” laboral para los próximos 5 años en el que se pretende llevar a cabo una acción histórica.

En la misma se apunta a reubicar laboralmente a un millón de trabajadores en empleos más productivos al mismo tiempo que, durante esos 5 años, se eliminarán 200 mil puestos de trabajo al año donde, según el presidente Raúl Castro, se encuentran “trabajadores innecesarios” que serán movidos a puestos donde “sí tendrán que trabajar”.

Esta reorganización laboral que se llevará a cabo en Cuba afectará a una quinta parte de la fuerza laboral de ese país y, la medida, será acompañada por reformas en el orden económico.

“Esperamos eliminar 200.000 puestos de trabajo anualmente, unos 100.000 de ellos durante el próximo año solamente en la capital”, dijo un economista militante del Partido Comunista que pidió el anonimato.

Ya durante el mes de Abril el presidente Castro había afirmado en un discurso ante jóvenes comunistas que en Cuba sobraban un millón de trabajadores y que las plantillas serían reducidas como parte de sus esfuerzos por modernizar la economía de la isla.

Fue por esta razón que todas las entidades estatales debieron revisar sus plantillas y hacer recortes en las posiciones innecesarias. El resultado fueron trescientos cuatro mil trabajadores de los cuales se reorientarían sólo setenta y nueve mil.

Este proceso de análisis, recorte y reubicación seguirá en marcha de forma paulatina durante los próximos 5 años con el objetivo de reordenar el sistema empresarial, la red de comercialización y los modelos de gestión; para aliviar de gastos innecesarios al gobierno y apuntar hacia una mayor eficiencia.

Para muchos trabajadores no habrá opción o las mismas serán mínimas: “El personal que ya está en edad de jubilación, a no ser que tenga un perfil técnico especializado, se acogerá al retiro y a los que están en edad laboral se les harán hasta tres ofertas para ser reubicados”, dijo un funcionario del Partido Comunista en Holguín.

Si se tiene en cuenta que el gobierno cubano da empleo al 85% de los 5 millones de trabajadores que hay en la isla, es lógico ver cómo las opciones de trabajo se vuelven muy limitadas ya que, quienes no acepten las propuestas de relocalización del gobierno tendrán que acudir a las oficinas del Ministerio de Trabajo, solicitar tierras en usufructo y producir por medio de la agricultura o vivir de las remesas que envían los familiares desde el extranjero.

Quienes resulten despedidos recibirán un seguro de desempleo sólo por seis semanas aunque, en Cuba la mayoría de los servicios son estatales y el costo de vida es más bien  bajo.

Fuera del empleo público, la mayor fuente de trabajo de Cuba, “hay un montón de opciones: inversión extranjera, el autoempleo, las cooperativas o pequeñas y medianas empresas”, por eso, el plan del gobierno también incluye la idea de dar más permisos para trabajos por cuenta propia.

Fuente: El diario Exterior
Fotografía: Mike Souter en Picasa Web

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