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sábado, 16 de abril de 2011

CIÊNCIA. A SENHA USADA PELO NAZISMO E PELO COMUNISMO PARA MATAR PESSOAS. Claro, a verdadeira Ciência não tem nada a ver com os fanáticos ideológicos.


A História da Humanidade é tingida pelo sangue derramado ao longo do trajeto. Com o passar do tempo o homem desenvolveu normas para que a vida em grupo, primeiro, e grandes populações, depois, fossem possíveis, com uma certa segurança. E essa é a constante, um jogo de tensões entre os indivíduos que tudo querem, e os grupos que precisam ser protegidos.

Nem sempre o indivíduo sabia que poderia se destacar do grupo, nem sempre o indivíduo teve noção clara de que formava a unidade básica do grupo. Flutuava entre um e muitos. A menor unidade das sociedades humanas é a pessoa, o indivíduo, o cidadão.

E nessa simples constatação está  todo o drama do Século XX, alimentado pelas ideias que surgiram anteriormente, como as que geraram o Iluminismo e o pensamento revolucionário.
Enquanto ao longo de dois milênios o pensamento cristão foi absorvido no mundo ocidental, constituíndo de fato a sua essência, prevalecendo o princípio de que o corpo da pessoa é inviolável, outras correntes de ideias desvalorizam o indivíduo, como se ele não fosse, de fato, a unidade básica dos grupos.

A noção de comunidade que prevalece em algumas ideologias é a chave para eliminar quem se coloca no caminho. O grupo, nacional, no nazismo, internacional, no comunismo, usa a imagem do indivíduo, nos cartazes de propaganda (sempre em um estilo darte realista) apenas de modo simbólico. Aquele homem, aquela mulher, ou aquela criança ali representados não são ninguém. São todos. É a simbolização do conjunto.

O indivíduo é apenas uma peça de reposição. Na sociedade da produção em escala, o indivíduo é um pedaço de máquina, um parafuso, ou um apertador de parafusos (Tempos Modernos, Chaplin).

Essa é a base da desgraça que se abateu sobre a Humanidade com o advento do totalitarismo moderno. Do ponto de vista biológico, o indivíduo só existe porque tem um pai e uma mãe. Do ponto de vista social, existe porque faz parte do grupo, em seu tempo. Nessa polarização está contida toda a tensão de nossa época.

No Século IXX  Augusto Comte e Karl Marx, cada um ao seu modo, esforçaram-se para encontrar as "leis sociais", assim como seus antecessores de outras ciências haviam encontrado leis naturais para a Física, para a Biologia. Teria que haver uma lei ou um conjunto para a vida social. E Comte apresentou a "Lei dos Três Estados", e Marx a da "Luta de Classes". E ambos influíram sobre milhões de pessoas, desde então. A nossa República surgiu inspirada em Comte e no Positivismo, assim como uma larga faixa da pesquisa científica. Muitas revoluções aconteceram em nome da lei marxista.

E, especialmente no Século XX, a influência dessa visão científica fez-se hegemônica. Tudo passa pela ciência ou pelo aval da ciência ou deve parecer ciência. E esse é o grande perigo.
As catástrofes ideológicas do Século XX  foram provocadas não diretamente por Hitler ou por Lênin, ou por Stálin, ou por Mao, mas pela filosofia profunda, subterrânea, que sustenta que é possível controlar a Realidade, mudar as pessoas ou transformar as sociedades, de modo científico. Isso é impossível, o homem não deveria brincar de Deus. Quando tentou, o preço foi muito elevado. Centenas de milhões de mortos. Dezenas de milhões em genocídios planejados cientificamente: o Holocausto (Hitler, Nazismo), o Holodomor (Stálin, Comunismo, na Ucrânia), o chinês (Comunismo, Mao), cambojano (Comunismo, Pol Pot). 

Esses extermínios propositais, como o extermínio curdo por Sadam Hussein, não pode ser comparado às guerras, por mais horríveis que sejam as guerras, nem aos desastres naturais como um Tsunâmi, ou a epidemia de Peste na Idade Média. O extermínio produzido pelos totalitarismos é praticado contra os indivíduos baseado na certeza absoluta de que é uma solução científica. Uma necessidade, uma imposição de uma lei natural social (comunista) ou biológica (nazista). No caso iraquiano uma mistura de domínio pela força e religião.

Esse é o horror dos totalitarismos.

E, na América Latina, conseguiu-se o horror duplo, somar o nazismo ao comunismo, surgindo esse socialismo esdrúxulo que é um filho misto daquelas duas visões, nem só nacionalista, nem realmente internacionalista. Hugo Chávez, um coronel nacionalista de esquerda é a melhor prova disso, desse tipo de esquizofrenia política.

E encontra muitos adeptos!  Essa tendência a achar que a ação está baseada em justificativas científicas é que coloca a esquerda e a direita (na linguagem da esquerda que quer se distanciar do nazismo, para parecer humanista) no mesmo prato da balança.
No outro polo está, simplesmente, a Tradição, o conservadorismo, mas nunca um pensamento que toma a ciência como a senha para matar alguém de forma planejada, metódica, em escala, como se cometem os genocídios. Embora o combate ao totalitarismo possa levar à morte, como bem sabemos, na mesma América do Sul, com sofrimento para todos.

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