Pesquisar este blog

terça-feira, 5 de abril de 2011

A TRISTE HISTÓRIA DAS TRIGÊMEAS DE CURITIBA (IV). A saga continua. Os pais estão arrependidos e querem ficar com as filhas.

No próximo dia 24 deste mês, as trigêmeas (que nomes receberão? devem estar perguntando os senhores e senhoras)  hoje estão abrigadas em um endereço desconhecido do público, completarão três meses de idade. 
Pode ser até, segundo as informações publicadas, que venham a ficar com os avós. Elas têm todos os avós, maternos e paternos. 

Os pais, segundo publicado hoje, e pelas declarações da advogada da família, Margareth Zanardini, são dois jovens com menos de 30 anos de idade, o pai é nutricionista, a mãe economista. A advogada disse que eles estão arrependidos. Mas não entrou em detalhes, embora tenha dito que as informações publicadas não fossem totalmente certas no que se refere ao fato de que o pai teria pretendido deixar uma das filhas no hospital, para adoção.

Segundo matéria do jornal O Estado de S. Paulo, a advogada disse que não houve "rejeição específica" a um dos bebês, conforme versão apresentada por funcionários do hospital onde elas nasceram. Questionada sobre o que teria levado, então a Justiça a mandar as meninas para um abrigo, a advogada preferiu desconversar: "Não tenho condições de informar isso, pois está nos autos".

O processo corre em segredo de Justiça. Em entrevista coletiva, perguntada se o pai teria tentado deixar uma das crianças no hospital, Zanardini afirmou: "Em parte é verídico". Porém, logo depois, reforçou que não podia falar sobre detalhes do processo. A advogada afirmou que "há mais de um mês os pais querem os bebês".

Segundo o Estado, Margareth fez questão de chamar atenção para as condições da mãe, que se submeteu à inseminação artificial para ter as bebês. "Parece que todos que veem (esse caso) nunca se equivocaram em nada, não sabem que uma mãe, em estado puerperal, pode equivocar-se." A advogada defendeu a nulidade do processo porque a família foi ouvida sem que a mãe tivesse acompanhamento psicológico e sem que fosse assistida por um advogado.

Também se queixou do fato de o direito de amamentação dos bebês ter sido retirado da mãe, com base no laudo de uma enfermeira que teria dito que não havia necessidade do leite materno. "Fomos surpreendidos com a informação atípica."

A advogada disse que o pedido do casal para reaver  a guarda das trigêmeas tem respaldo de artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, e também de acordos internacionais que garantem às crianças o direito de conviver com os pais. As trigêmeas estão sob guarda provisória de um abrigo, em Curitiba,  já há mais de um mês, mas a notícia só foi divulgada na sexta-feira, depois que algumas informações chegaram à imprensa.

Margareth informou que entrou com duas ações no Tribunal de Justiça do Paraná, em Curitiba. Uma delas para que as crianças tenham garantido o direito de serem amamentadas pela mãe. Segundo a advogada, no hospital onde as trigêmeas nasceram  uma enfermeira atestou à justiça que as crianças não necessitariam de amamentação, e hoje, as crianças estão  privadas do leite materno.

A advogada disse que exigirá ao Conselho Regional de Enfermagem que  revise o posicionamento da profissional. Ela afirma que sua cliente amamentava as três filhas no hospital, sem fazer distinção entre uma ou outra.

Na outra ação,  Zanardini pede a anulação do processo da retirada da guarda das trigêmeas.  A defesa se baseia na Lei 12.010 de 2009, que informa que a legislação brasileira prioriza a manutenção do vínculo familiar. A Lei trata das regras para adoção e  determina que o poder público faça o possível para manter o vínculo da família.

A advogada disse também que  a juíza que está cuidando do caso ouviu os avós paternos e maternos das trigêmeas,  para avaliar se eles têm condições de ficar com a guarda das crianças. A decisão deve sair nos próximos dias. A avaliação psicológica dos pais ainda está sendo feita. Zanardini também questionará o porquê de os pais terem sido ouvidos pela Justiça sem a presença de um advogado.

Quando questionada se o pai tentou deixar uma das meninas no hospital de Curitiba, como foi divulgado, Margareth disse que “em parte, é verídico”.  Mas, logo após disse que não poderia opinar porque o processo está correndo em segredo de Justiça.  
Como o caso das trigêmeas corre sob segredo de Justiça, só saberemos sobre a decisão final quando a juíza responsável pelo processo der a sentença final. Claro que, caso a família não aceite, poderá, sempre, recorrer.

Não sei o que acham os leitores, mas, ao fim das contas, talvez seja sempre melhor os filhos ficarem com os pais.
Imaturos? Talvez, mas parece que esta foi uma enorme lição de vida.
Irresponsáveis? Não, afinal queriam filhos e buscaram até ajuda médica para isso. 
Assustados com o fato de serem três? Quem não ficaria apreensivo, hoje, em dia, com três bocas a mais para alimentar. Mas, pelo que se sabe, não houve susto. O médico já havia informado, desde o início à família.
O que aconteceu, de fato, no Hospital? Talvez nunca venhamos a saber. Se, como disse a advogada, o fato "em parte é verídico", algo realmente houve, e levou a Justiça a tirar a guarda das crianças dos pais.
Mas, algo realmente aconteceu.
Caso contrário, qual seria a razão do arrependimento?


LEIA TAMBÉM NESTE BLOG:



SÓ UMA CORRENTE NO TORNOZELO ME SEPARA DO CRACK E DA MORTE. A saga do garoto de Praia Grande que se amarrava com uma corrente para fugir do vício.

SÓ UMA CORRENTE ME SEPARA DA MORTE 

A bela saga do garoto de Praia Grande que se amarrava com uma corrente para fugir do vicio e dos traficantes por amar a sua mãe e a própria vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário