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sexta-feira, 8 de abril de 2011

MASSACRE NO RIO (X). Agora o senador Sarney exagera e quer revisar Estatuto do Desarmamento. Motivo, o caso da escola de Realengo. Deveria é cobrar prisão de bandidos.

O senador José Sarney, presidente do Congresso, acredita que chegou o momento de revisar o Estatuto do Desarmamento. Quando a pessoa não tem o que dizer, é melhor ficar calada. O Estatuto atual é rigorosíssimo. Comprar uma arma, legalmente, é de uma imensa dificuldade. Obter um porte de arma muito mais complicado ainda. Foi-se o tempo em que as pessoas podiam andar com uma arma no porta-luvas para se defender.

Atualmente, brasileiros podem ter armas em casa, para defender a família, e esse é um direito sagrado. Na rua, está absolutamente entregue ao destino ou a Deus, pois os bandidos sabem que ninguém anda com armas e assaltam e machucam, sem dó e nem piedade. A impressão que tenho lendo notícias sobre assaltos é a de que os bandidos tornaram-se mais cruéis ainda, sentindo prazer em machucar, ferir, matar, além de roubar. A polícia, apesar dos esforços, nunca está onde precisamos!

O que o senador pretende? Há total impunidade com relação aos bandidos. outra questão cristalina é que autoridades de um certo nível andam de carros blindados, têm escolta armada, vivendo num mundo que é uma absoluta Ilha da Fantasia. 

Aproveitando o massacre no Rio, promovido por um evidente louco, o senador diz estar preocupado com a venda de armas no País: "Cada vez mais, quando se permite que existam armas dentro da sociedade com absoluta liberdade, fatos dessa natureza são facilitados", afirmou. Absoluta liberdade, senhor Sarney?  
Absoluta liberdade têm os americanos, os suíços e outros povos onde existem milhões de armas em casa, e nem por isso a criminalidade é tão alta como a do Brasil. Aliás, é muito menor. Não confunda a realidade americana com os filmes americanos, senador.

Será que um velho senador, de tantos mandatos, ex-presidente, tão experiente, de amigos tão diferentes, de tão diferentes partidos, quase um camaleão político, acredita mesmo que uma pessoa vá a uma loja comprar uma arma para fazer o que fez Wellington Menezes de Oliveira? E informa o dia e a hora do massacre?

O senador reconheceu, à imprensa, que os fanáticos e os desequilibrados não vão desaparecer da sociedade (logo alguém poderá recordar-se dos métodos de Stálin e Hitler, para "limpar" a sociedade, e o senador talvez seja surpreendido) mas ele acha que é preciso endurecer a legislação. Endurecer o que?

Já é um grande crime possuir uma arma de fogo ilegal. E uma via-crucis comprar uma dentro da lei. E, pelo que se sabe, até agora, a não ser que a Polícia nos desminta (aos céticos e curiosos), Wellington não tinha armas registradas e nem porte de arma. As armas dele, revólveres, podem, muito bem, ter pertencido a policiais militares roubados. O que é mais do que comum no Brasil. Os bandidos também roubam armas de guardas de empresas de segurança, a maioria com revólveres calibres 38. 

Wellington com toda a certeza não foi a um posto da Polícia Federal registrar suas armas e explicar suas intenções. E nem os bandidos que assaltam todos os dias, invadem shoppings, condomínios, empresas, matam nos cruzamentos movimentados das grande cidades.
Esses bandidos, tenho a certeza absoluta, riem do senador José Sarney, do ministro da Justiça, Cardozo, do especialista e ex-policial Rodrigo Pimental, hoje consultor de segurança, roteirista de cinema e “comentarista social” da Rede Globo. 


"Nós temos a obrigação de tirar os instrumentos que eles [fanáticos] podem utilizar nessa circunstâncias. Acho que deveria ser um projeto de lei revogando a lei anterior e rediscutindo o assunto. A realidade hoje é inteiramente outra da que nós votamos a lei", afirmou. É mesmo?
De certa forma o senador tem razão: hoje há muito menos armas nas mãos da população honesta e muito mais armas -de vários calibres- nas mão dos bandidos.

O que falta, caro senador, é parar de passar a mão na cabeça de assassinos e colocar a polícia na rua para prender bandidos cruéis, psicopatas que fugiram da cadeia, gente que mata cotidianamente e com prazer.
Wellington Menezes de Oliveira, senador, até agora - felizmente - o Brasil só teve um. Espero que continue assim. No entanto, temos 50 mil homicídios por ano, e absolutamente isso é  produto do crime.

O senhor deveria aconselhar uma ação mais dura da polícia contra os bandidos, não desproteger a população já tão sem proteção. Mãos à obra, senador.

Lugar de bandido é na cadeia, não circulando  por aí com armas ilegais. 
Vamos fiscalizar melhor as fronteiras.
Vamos combater o tráfico de drogas.
Vamos combater o contrabando de armas.
Vamos ser duros na Lei Penal, não soltar bandidos cruéis, que cometeram crimes hediondos antes do tempo. 
Vamos aumentar o tamanho das penas para criminosos cruéis, sem condicionais após dois aninhos, sem visitinhas de Natal, dia das mamães e outras regalias.

Sejamos duros com os bandidos, senador, pois eles não têm  piedade de nós.

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