O rapaz magro chegou logo cedo, disse que ia fazer uma palestra e entrou na escola. Era conhecido por ali, pois havia estudado na escola anos antes. Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, assim que entrou na Escola Municipal Tasso da Silveira, no Realengo, por volta das 8h30 , rapidamente começou a atirar como profissional.
Atirava com dois revólveres, que manejava com habilidade, recarregando rapidamente, como se vê em filmes e em jogos eletrônicos. Wellington era viciado em Internet e jogos eletrônicos.
Matou dez crianças, com tiros na cabeça ou no tórax. Matou 9 meninas e 1 menino. Dezoito crianças ficaram gravemente feridas. Segundo informações policiais, ele deixou uma carta estranha, que será analisada, falando em ter HIV. Algumas pessoas especulam o fato de ele ter matado mais meninas. Seria um crime de natureza sexual? De acordo com o coronel da polícia militar Djalma Beltrami, Wellington deixou uma carta, segundo ele, com inscrições complicadas, no local. “Ele tinha a determinação de se suicidar depois da tragédia”, contou Beltrami. A carta foi entregue a agentes da Divisão de Homicídios.
Conhecido na escola por ser ex-aluno, ele teria entrado sob alegação de que iria fazer uma palestra. Segundo a polícia ele usou dois revólveres, que chegou a recarregar várias vezes. Uma equipe da Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRV) passava próximo ao local e foi à escola depois de ver crianças correndo pela rua. “O cara entrou, foi para o terceiro andar e começou a atirar. As crianças disseram que foi pai de aluno.
Trecho da carta, liberado pela Polícia |
Vimos muitas crianças carregadas, desacordadas, baleadas”, disse uma funcionária da escola, que preferiu não se identificar. “Começamos a ouvir tiros. Com o eco, parecia que uma coisa estava desabando. Todo mundo correu. Depois, a professora chegou dizendo que o cara chegou atirando em uma sala. Foi um desespero”, afirmou ela.
Funcionária viu crianças feridas
Uma funcionária da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, invadida por um suspeito que efetuou vários disparos por volta das 8h desta quinta-feira (7), afirmou que viu várias crianças feridas no local. “O cara entrou, foi para o terceiro andar e começou a atirar. As crianças disseram que foi pai de aluno. Vimos muitas crianças carregadas, desacordadas, baleadas”, disse ela, que preferiu não se identificar.
A funcionária disse que não soube de nenhum funcionário ferido, apenas crianças. “Começamos a ouvir tiros. Com o eco, parecia que uma coisa estava desabando. Todo mundo correu. Depois, a professora chegou dizendo que o cara chegou atirando em uma sala. Foi um desespero”, afirmou ela, que ouviu de bombeiros a informação de que há mortos no local. Segundo os bombeiros, 18 pessoas ficaram feridas, entre funcionários e estudantes. Eles estão sendo levados para o Hospital Albert Schweitzer.
De acordo com as primeiras informações do subcomandante do batalhão, major José de Paula, o homem seria o pai de um aluno que entrou atirando na escola. Não se sabe a motivação dos tiros.
A Secretaria da Saúde do Rio informou no fim da manhã que nove meninas e um menino morreram baleados nesta quinta-feira, após um rapaz invadir uma escola municipal e atirar contra os alunos. O atirador cometeu suicídio, segundo a polícia. Outras 18 pessoas teriam ficado feridas.
A Escola municipal Tasso da Silveira fica na região de Realengo (zona oeste do Rio) e atende estudantes com idades entre 9 a 14 anos --da 4ª a 9ª série, segundo a Secretaria Municipal da Educação. São 999 alunos, sendo 400 no período da manhã, de acordo com a secretaria.
O atirador que invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, foi identificado como Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos. Ele era ex-aluno do colégio e visitara a unidade no ano passado. Antes de morrer, teria deixado uma carta de cunho religioso em que afirmava ser portador do vírus HIV, segundo o subprefeito da Zona Oeste, Edmar Peixoto. A correspondência foi entregue à Delegacia de Homicídios.
Wellington era filho adotivo de uma família de mais cinco irmãos. Até pouco mais de um ano atrás, ele morava na Rua Jequitinhonha, em Realengo, a cerca de um quilômetro do colégio. Depois, se mudou para Sepetiba. Segundo vizinhos que conheciam a família, Wellington era muito retraído e costumava se isolar. Teria ficado muito abalado quando a mãe adotiva morreu de enfarte. A promotora de vendas Elda Lira, de 55 anos, disse que a vizinhança está chocada: - Nós sempre tivemos um relacionamento ótimo com a família e os irmãos dele, mas ele era muito isolado.
O tenente-coronel Djalma Beltrame, comandante do 14º BPM (Bangu), disse que Wellington levava duas armas e um carregador de munição com capacidade para introduzir seis balas por vez. Beltrame acrescentou, inclusive, que Wellington costumava entrar em sites de cunho fundamentalista.
Segundo a irmã de criação Wellington, que é adotado, Roselaine, de 49 anos, disse que ele morava sozinho em Sepetiba. Em entrevista à Rádio BandNews, ela afirmou que não via o irmão há sete meses.
- Na época da eleição, ele veio aqui. Achamos estranho que ele estava com a barba muito grande. Chamei para almoçar, ele não queria. Falava muita besteira. Ele só ficava na internet, não tinha amigos, era muito estranho e reservado - afirmou Roselaine. Segundo o fiscal Fernandes, do Detro, que estava próximo ao local, o atirador foi alvejado por um policial.
- Um garoto baleado no rosto chegou pedindo ajuda e contando que um cara entrou atirando na escola. Uma equipe socorreu o menino, e outras duas se dirigiram à escola. Chegando lá, o sargento Alves abordou o atirador, que estava no segundo andar, subindo para o terceiro. O policial deu um tiro na perna do criminoso e mandou ele se render. Em seguida, o homem deu um tiro na cabeça - disse o fiscal Fernandes, do Detro. Segundo o gari Dorival Porto Rafael, que estava na escola no momento do tiroteio, Wellington entrou em uma sala da oitava série, onde cerca de 40 alunos assistiam à aula de português, dizendo que daria uma palestra.
Do lado de fora da escola, mães desesperadas chorando. Um cenário realmente devastador.
Dizem as notícias que até Dilma Rousseff chorou. Lembrou dos atentados da luta armada, ou de seu neto? Nos tempos da luta armada muitas mães choraram porque seus filhos morreram, ou nas mãos do Estado, ou por obra dos atentados terroristas. O tempo passa. O tempo pode alterar as pessoas?
LEIA NESTE BLOG A HISTÓRIA DE JOSELY E JULIANA DE OLIVEIRA, AS IRMÃS DE CUNHA QUE SOFRERAM NAS MÃOS DE UM PSICOPATA.
Informações baseadas nos sites G1, Folha de S Paulo, O Estado de S Paulo e noticiário da TV, Veja e outros veículos.
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