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quarta-feira, 13 de abril de 2011

TOLERÂNCIA E FANATISMO. PASTOR QUEIMA CORÃO NOS EUA E PROVOCA A FÚRIA ISLÂMICA. ATÉ OBAMA FICOU COM MEDO. NO BRASIL, ARTISTA FICA NU E RETIRA ROSÁRIO DO ÂNUS. RECEBE PRÊMIO. Essa é a diferença entre Liberdade e Opressão.

Por conta do caso de Asia Bibi, a pobre mulher católica condenada à morte no Paquistão, por haver ferido a Lei da Blasfêmia, ao dizer apenas, e expressando a sua fé: "Cristo está vivo", encontrei nos meus arquivos coisas muito interessantes.

Exemplos de fatos que servirão para pensarmos sobre:

Liberdade e Opressão.
Tolerância e Intolerância.
Crença e Fanatismo.
Amor e Ódio.
Sanidade e Loucura.
Democracia e Totalitarismo.
Liberdade de Expressão e Censura.
Bem e Mal.

As notícias:

I. - Há um ano a imprensa brasileira publicou a notícia de uma "performance" meio polêmica acontecida na Galeria Newton Navarro da Fundação Capitania das Artes, de Natal (Caderno Viver, Tribuna do Norte). Um artista plástico (e cientista social), "na categoria performance artística, ficou nu diante da platéia e, na posição de quatro, retirou um rosário do ânus." 

O jornal informa que o vídeo da performance encontra-se à disposição do público naquela galeria (não sei até quando ficou), para apreciação do público. Sobre essa performance, acessei o site da fundação e nada consegui encontrar, assim como no arquivo do blog correspondente. Não sei se foi um descuido dos arquivadores, uma falha de catalogação, um modo errado de pesquisar meu, ou se a entidade resolveu apagar da memória a tal performance. Se foi esta última hipótese, é um pecado grave, porque seria a tentativa de reescrever o passado, um desrespeito para com os contribuíntes.  E, por que apagar o passado?

II. - Em 1989, o escritor anglo-indiano Salman Rushdie ficou conhecido mundialmente por haver escrito um livro chamado Versos Satânicos. Não era um livro sobre religião, mas num ponto qualquer fazia uma crítica a Maomé.

III. - O escritor e cineasta Theo van Gogh ( descendente do pintor van Gogh ) dirigiu um filme chamado Submission, em 2004, baseado nos escritos de Hirsi Ali. Submission trata da submissão ao Islã, significando submissão a Alá. Foi um flme bastante polêmico na Holanda e repercutiu no resto do Mundo.

IV. - Em 2006, a propósito de atentados terroristas feitos por fanáticos islâmicos, o jornal dinamarquês Jyllands-Posten  publicou caricatura de Maomé com um turbante que parecia uma bomba, do cartunista Kurt Westergaard.  

V. - Em março de 2011, por conta de protestar contra os ataques aos Estados Unidos e à derrubada das torres gêmeas do World Trade Center (NY), em 11 de setembro de 2001, o pastor de uma pequena seita religiosa americana, reverendo Terry Jones, queimou um exemplar do Corão dentro de seu templo e fez um julgamento em que condenou, como culpado,  o livro pelos ataques terroristas.   

Aos comentários.

Sou uma pessoa ligada aos livros e jornais impressos. um tipo de  aberração nestes tempos virtuais da Internet. Assim, ainda não assimilei o estilo (ou o cacoete) de escrever pouco. Sei que sou um tanto prolixo, talvez.

Mas há coisas que precisam ser ditas com calma e longamente. Caso contrário, minguém nunca se entenderá. A comunicação moderna é feita de fragmentos, cacos, mosáicos. Isso não serve para a análise.
Façamos como os esquartejadores, vamos por partes. (rsrs)

No post anterior, sobre Asia Bibi, escrevi sobre a falta de fibra dos católicos, e do mundo cristão, como um todo.

Vou mostrar agora o porquê.

I. A performance


O que aconteceu após a performance do artista que retirou um rosário do ânus?  (Será que o rosário também ficou em exposição na galeria, pendurado em um prego?). Não houve absolutamente nada.
Deve ter havido algum constrangimento no platéia, mas não passou disso. Ninguém chamou a polícia. Ninguém atirou um sapato nele. Ninguém correu atrás dele dando tiros ou com uma faca. Não. Como era um rosário, tinha um certo caráter simbólico, certo? Se fosse um Corão...
Ele teria a coragem de retirar um Corão do ânus?

O artista justificou falando em liberdade da arte, liberdade de expressão, e disse "que o ato (retirar o rosário do ânus) representa a salvação. Uma salvação mítica que muitos gays acreditam haver para sublimar o fato de contrair uma doença sem cura..." Entenderam a profundidade?

Se ele justificou assim, de modo tão incisivo, claro e contundente, como protestar por ele haver usado um rosário? Nem sabemos se o rosário havia sido bento, não é mesmo? Qual católico ao menos levantou-se e disse alguma coisa, como faria de imediato um islâmico?

O artista foi linchado? Não, é claro. Foi apedrejado? Não, é claro. Chocou muita gente? Sim, é claro.
Mas não anda mais na moda, por estas bandas, independente de discutir a validade artística da obra no contexto da História das Artes, linchar pessoas por causa disso. Se bem que, penso, ele arriscaria a própria vida se fizesse isso em alguma pequena cidade do interior onde as pessoas não são tão modernas, instruídas e aceitam tudo em nome da arte.

Ele pode fazer o que fez? Sim, está garantido constitucionalmente. Está dentro da Lei.
Essa é a vantagem do regime democrático. Achei uma performance absolutamente sem pé e nem cabeça, puro desvario de artista que quer atrair as atenções. Mas é um direito dele.

O que me espanta não é sua performance, é a falta de uma resposta indignada, firme, para, ao menos sinalizar que ele é livre, mas ultrapassou certas marcas que deveria respeitar. Mas isso é uma questão de gosto, princípios, de ética e de valores. Essa é a crise do mundo moderno ocidental. Falta isso tudo.

II. Salman Rushdie


Após escrever o livro, em que em uma pequena parte criticou Maomé, Salman Rushdie nunca mais teve paz, e nem a sua família. O governo do Irã, por meio do conselho de aiatolás que governavam o país colocou a sua cabeça a prêmio. Quem matasse Rushdie receberia um prêmio de milhares de dólares. Em 1989! Ele passou dez anos em endereço secreto com a proteção constante da Scotland Yard.  Foi um verdadeiro inferno para o escritor. Uma punição para ele e sua família. E um sinal da absoluta falta de tolerância dos islâmicos.

O mundo esquerdista, à época, nem se abalou. O líder dos aiatolás, Komeini, havia derrubado o Xá da Pérsia, aliado dos americanos. Então Komeini era um herói. Como criticá-lo?
Até que Komeini mostrou que Islã e socialismo não são muito compatíveis. Ninguém pode obedecer a dois senhores ao mesmo tempo. Socialismo e islamismo tendem a constituir mundo fechados, onde não se tolera a divergência. 

A esquerda se simpatiza pelos islâmicos que protestam contra o Ocidente porque isso desgasta os americanos e os valores cristãos (que incomodam demais a esquerda socialista, sempre). E, acho que no fundo a esquerda socialista tem um fascínio, não pela religião islâmica em si, por motivos óbvios, mas pela força, pela coesão, pela ordem, pela conformação que os islâmicos conseguem impor às suas sociedades. Pela submissão dos fiéis.

Os socialistas têm muita inveja do sucesso islâmico. 


Theo van Gogh 
http://ironicsurrealism.blogivists.com/2010/04/page/2/
III. Theo van Gogh. 

O que fez Theo van Gogh de mais? Nada. Cineastas fazem filmes. Mas van Gogh fez Submission.

Uma crítica à submissão das pessoas a Alá. Foi o suficiente para gerar fortes protestos em todo o mundo islâmico, e para obter o silêncio de seus colegas cineastas, covardes, e da esquerda, covarde, pelos motivos já expostos. O que aconteceu a Theo van Gogh. 

Por conta de suas crítica a Alá foi encontrar-se com Deus, no Paraíso.

Morreu, em seu país, na manhã de dois de novembro de 2004, quando ia de bicicleta (como todo bom holandês) para o trabalho. Recebeu vários tiros e duas facadas no peito e quase foi degolado. Com o devido respeito, mas foi um final bem cinematográfico! 

Quem o matou? Um fanático muçulmano de 26 anos Mohammed Buyeri, de dupla nacionalidade (holandesa e marroquina). Para fazer o serviço direito, o assassino ainda colocou presa com a faca uma folha de papel com versos do Corão.  O que disse a esquerda? Nada, novamente. E o que fez o mundo cristão? Nada, novamente.
Os islâmicos costumam ser assustadores quando vingativos.

IV.  Jyllands-Posten.
Caricatura de Westergaard

Na Dinamarca, quando o jornal Jyllands-Posten publicou a caricatura de Maomé, houve protestos dos islâmicos da Europa e do Mundo. Mas a imprensa dinamarquesa foi firme em seus princípios e muitos jornais repetiram a caricatura para mostrar que estavam na Dinamarca e que ali há o respeito à Lei, à Democracia e à Liberdade de Expressão.


O próprio governo protestou contra as ameaças de morte sofridas pelo caricaturista Kurt Westergaard.  É o que se espera de um Governo e da Imprensa, sempre. Nada das atitudes covardes, coniventes e submissas que presenciamos aqui nesta Terra Brasilis de hoje em dia.


Aqui nem há uma lei anti-terror porque muita gente acha os terroristas apenas um tipo de partido político, tal é a nossa indigência mental e intelectual e moral.

V. Terry Jones


E agora, finalmente, o caso do reverendo Terry Jones. Para mim não passa de um idiota queimador de livros (como faziam os nazistas, os chineses da revolução de Mao,  e como fizeram ditos professores em greve contra o Governo do Estado de São Paulo.
Professores queimando livros! Todos os queimadores de livros são idiotas e imbecis. Se pudessem, queimariam pessoas. E nem pensem na Inquisição. Já acabou e foi muito errado.

O que aconteceu? Jones queimou um volume do Corão e o mundo inteiro pegou fogo. Até um deputado democrata tonto dos EUA propôs discutir (pela primeira vez?) a Constituição Americana, no que se refere à quinta emenda, aquela que garante a liberdade absoluta de expressão. Um deputado americano sujeitando-se a protestos de um bando de fanáticos. Jogar a Liberdade de Expressão no lixo!
Até Barack Obama manifestou-se preocupado com o fato. No sentido de justificar os islâmicos!
O que deveria fazer um presidente que honra as calças e a tradição de liberdade e democracia da America?

"Aqui não, bocós. Aqui é a America. Aqui há liberdade de expressão, por mais absurda que possa parecer. Aqui não é direito matar pessoas por expressarem opiniões." Mas, pelo que leio  na imprensa sobre Obama, acho que seria esperar demais dele, é banana demais. Também não tem a fibra suficiente para liderar os USA, embora, por conta de tantas mudanças modernas, até os USA estejam perdendo suas referências histórico-culturais.

O multiculturalismo avança por ali de forma muito rápida, estupidificando as pessoas, especialmente políticos, intelectuais e artistas.

Agora, pensem sobre isso tudo. 
Tenho alguma razão?
       

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