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sexta-feira, 8 de abril de 2011

DEVASSA NO BANCO DO BRASIL E EM CONTA DO PT. É a indicação no relatório da Polícia Federal, sobre o Mensalão, publicado pela Folha de São Paulo

 FOLHA DE SÃO PAULO, sexta-feira, 8 de abril.

"O relatório final da Polícia Federal sobre a origem do dinheiro do mensalão aponta total descontrole nos gastos do Banco do Brasil com publicidade e propõe que um inquérito apure o "incrível poder discricionário" dos diretores do banco para indicar empresas que são "agraciadas com recursos públicos". O relatório confirma que recursos repassados pelo BB foram uma das principais fontes do mensalão, um esquema montado para compra de apoio político no Congresso que foi revelado pela Folha em 2005, no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Assinado pelo delegado Luís Zampronha, o relatório afirma que o desvio de recursos do BB para o esquema "somente seria possível com a participação ativa de membros da instituição financeira". A Folha teve acesso à íntegra do relatório da PF. O documento apresenta as conclusões de um inquérito aberto em 2007, após a apresentação da denúncia que deu origem ao processo do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal). A PF entregou o novo relatório em fevereiro ao Supremo, que o submeteu à análise da Procuradoria-Geral da República. 
Segundo a polícia, entre 2001 e 2005, o BB retirou R$ 151,9 milhões de sua cota no Fundo Visanet, criado por vários bancos para promover a bandeira de cartões Visa. Desse total, R$ 91,9 milhões foram repassados à DNA Propaganda, uma das agências de publicidade do empresário Marcos Valério -acusado de ser o principal operador do mensalão.

A polícia concluiu que parte do dinheiro jamais chegou aos destinatários finais indicados nos documentos apresentados pela agência e foi desviada por Valério, seus sócios e funcionários. Outra parte foi destinada a negócios fictícios ou empresas que não comprovaram a realização dos serviços para os quais foram contratadas.

Entre as 15 empresas que mais receberam recursos do Visanet em 2003, há empresas que não existiam formalmente na época dos repasses, como a Carre Airports, que ficou com R$ 1 milhão. Há casos em que a DNA, por meio de manobras contábeis e bancárias, se "apropriou" diretamente de recursos destinados a ações de marketing do BB. Em 2003, a DNA retirou, como "bônus", R$ 579 mil de um contrato de R$ 2,5 milhões assinado com uma casa de shows.
Leia a matéria completa de Andreza Matais e Rubens Valente (Brasília) na Folha de São Paulo:

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