Leio o noticiário e não sei se rio ou choro. Poderia rir, pois dizem que gasta menos energia que chorar. Um país de dimensões continentais como o nosso não consegue aprumar a Indústria do Turismo, de modo algum.
Se o senhor tivesse uma organização a dirigir contrataria um líder empresarial de sucesso que entendesse do ramo, um jovem e promissor universitário formado na área, com cursos complementares no exterior, ou colocaria uma pessoa que já dobrou o Cabo da Boa Esperança, com mais de 60 anos de idade, e que não entende nada, absolutamente nada, daquilo com que lida a sua organização?
A resposta é óbvia, em sequência:
1. em primeiro lugar você tentaria contratar o melhor executivo da área em atividade;
2. se você fosse um pouco mais visionário e meio aventureiro confiaria um pouco na sorte e nas credenciais do jovem bem preparado para a tarefa no exterior;
3. em terceiro, se você fosse um louco, ou imbecil total, indicaria uma pessoa completamente fora do ramo para dirigir a sua organização. Todos os anjos teriam que estar do seu lado, e todos os demônios do inferno de férias por tempo indeterminado!
Qual a atitude tomada em Brasília no caso do Ministério do Turismo?
Bem, se o senhor ou a senhora fossem um pouco cínicos ainda poderiam argumentar "resta outra alternativa, a decisão não tem nada a ver com o Turismo, nem com o Brasil, é apenas uma ação entre amigos"
Repentinamente me cai a ficha!
A pessoa que dissesse isso é que teria acertado. Nada no Brasil é sério.
Só conversa furada, só lenga-lenga. Só enrolação.
Toma lá, dá cá.
Só isso.
Desde quando é necessário colocar alguém preparado em um tipo de negócio para dirigir uma indústria altamente especializada? No Brasil basta ser maranhense, ao que parece, e ser amigo de Sarney.
Isso abre qualquer cofre, (problemas de teclado) corrijo, qualquer porta.
Basta ver a condição miserável do Maranhão (apesar de não ter seca e ter ótimas terras!) para entender que há alguma errada por ali. Como, sendo assim, o nosso irmão do norte emplaca dois ministros do Turismo em sequência?
Qual a vantagem competitiva do estado em termos empresariais turísticos? Qual a inovação na área produzida por ali? Não vale falar em paisagem natural, pois aí poderíamos dizer que o Brasil é uma maravilha, não apenas o Maranhão. Mas só paisagens não fazem o turismo.
Espero, ao menos, que o mais novo ministro não precise de motorista particular ou de governanta. Não aguento mais ser escorchado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário