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terça-feira, 27 de setembro de 2011

KADAFI AINDA ASSUSTA, E NÃO É APENAS UM FANTASMA. Promete surprêsas e diz que lutará até morrer.

Foto M. Kadafi: arquivo El Tiempo

Muamar Kadafi, tão dono da Líbia quanto Fidel de Cuba, criou um regime fechado no Norte da África, como Fidel no Caribe. 


A falta de liberdade é entendida como Liberdade. Novilíngua em ação (Orwell).

Pois agora que foi tirado do poder, com a ajuda de Barack Obama, mas não foi ainda derrotado, Kadafi manda um recado pelo rádio de que morrerá como mártir. Essa é uma escolha dele.


Não me surpreende, pois já disse aqui antes que Kadafi sempre mostrou esse traço. Kadafi morre mas não entrega a rapadura.

Ele é diferente de um Mubarack e outros que, pressionados, largaram o osso. Kadafi crê-se numa missão divina; ele, um tipo de deus que criou a Líbia. Os tais rebeldes que se cuidem, pois algumas cidades pró-Kadafi ainda resistem e Kadafi ameaça surpresas: “golpes inesperados”. Creio que ele tem algumas cartas guardadas e que dará trabalho aos seus adversários.

Muamar Kadafi, nos anos 70, quando tomou o poder na Líbia, era um coronel do Exército com idéias messiânicas. Ao longo de 42 anos conseguiu manter as diferentes tribos líbias sob seu domínio, impôs a paz sob a ameaça de morte aos adversários e insatisfeitos, aboliu a Constituição. Ele era a Lei. Meteu-se na luta contra o Ocidente e transformou a Líbia num centro de difusão do terrorismo, com campos de treinamento.

Tantas fez que foi bombardeado em Trípoli, por ordem de Ronald Reagan, e quase morreu. Perdeu uma filha no bombardeio à sua casa por mísseis americanos. Recolheu-se e, após muitos anos, aceitou pagar indenizações às famílias das vitimas de seus atentados feitos pelo mundo. Voltou às pazes com os americanos e europeus.

Desde então caiu em desgraça com os líderes árabes e islâmicos como os do Irã e Síria, e com a esquerda. A esquerda nunca entendeu os islâmicos. Estes não gostam do Ocidente e nem da esquerda. A esquerda gosta dos islâmicos porque eles não gostam do Ocidente, especialmente o democrático.


Com o início da chamada Primavera Árabe, que nada mais é que uma onda de derrubada de ditadores que mais interessa aos radicais islâmicos que aos ocidentais (os ditadores seguram o ímpeto dos radicais islâmicos), Kadafi entrou na mira dos regimes islâmicos por trás da onda de “libertação”.

Assim, quando reagiu às agitações civis e opôs tropas militares, isso bastou para que Barack Obama mandasse bombardear a Líbia quando de sua visita ao Brasil, a Dilma Rousseff. Sempre acusaram Obama de ser islâmico enrustido e pró-islâmico. Sem autorização do Congresso americano Obama mandou bombardear as tropas Libias. Isso levou ao fim do regime de Kadafi. Obama foi o maior aliado dos islâmicos radicais. Ou vocês acham que a queda de Kadafi vai levar a democracia à Líbia. A propaganda obamista divulga isto, mas não é verdade. Obama fez um favor aos radicais islâmicos.

Barack Obama facilitou tudo, aplainou o caminho para os radicais. Os conservadores que sempre criticaram Obama tinham toda a razão. Obama é pró-islâmico. Que se prove em contrário.  

Diz o jornal El Tiempo: 

El depuesto líder libio negó que estuviera en Venezuela o Níger y anunció un "golpe inesperado".

"Hay héroes que resistieron y cayeron como mártires y nosotros también esperamos el martirio", dijo Gadafi en un discurso difundido por una radio local en Bani Walid, uno de sus últimos bastiones, según una transcripción difundida por ese sitio.
Gadafi se dirigía a sus partidarios de Warfala, una de las tribus más importantes del país, que desde hace semanas combaten contra el nuevo régimen desde su bastión de Bani Walid, 170 km al sureste de Trípoli.
"A través de vuestra Yihad, estáis reeditando las hazañas de vuestros antepasados. Sabed que estoy en el terreno igual que vosotros", dijo el ex guía cuyo paradero se desconoce. "Están mintiendo cuando dicen que Gadafi está en Venezuela o en Níger. Estoy con mi pueblo y en los próximos días habrá un golpe inesperado asestado a esa banda", advirtió Gadafi.
TRÍPOLI (LIBIA) AFP

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