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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

BÊBADO EXPLODE AO TENTAR APAGAR INCÊNDIO. As desmesuradas bebedeiras de Setembrino, bombeiro amador por vocação.



Um sujeito ia passando por uma calçada de João Pessoa quando sentiu cheiro de fumaça.
Como estava muito embriagado, por haver tomado umas doses a mais da "marvada", num certo exagero comemorativo, levou algum tempo para perceber o que estava acontecendo.
Parou, equilibrando-se com dificuldade, cheirou, cheirou, cheirou, aspirou com força o ar e confirmou suas dúvidas: FUMAÇA! FOGO!


Numa fração de segundo de lucidez percebeu que o fogo vinha de uma padaria.
(Pelo visto não havia mais ninguém no local, pois o fogo começava a se espalhar em um canto e ninguém apareceu para apagá-lo no início.) 
O cidadão, ainda com alguma consciência, e algum sangue correndo em sua corrente alcoólica (também chamada de corrente etílica), e talvez ainda muito impregnado pelo noticiário sobre os dez anos do 11 de setembro, resolveu dar uma de bombeiro.


Após confirmar que era um incêndio decidiu, num ímpeto, num arroubo, num rompante de coragem ou loucura (como diria Nelson Rodrigues) dar uma de herói. Entrou na padaria.
De fato, há alguma coisa estranha nessa história, pois, sendo de noite, não ficou muito bem explicado se a padaria estava fechada ou tinha sido  abandonada aberta. Se ela estava fechada, como ele conseguiu entrar? Se ela estava aberta e abandonada, por que alguém faria isso?
Nosso herói passou por uma porta aberta? Teve que quebrar uma janela? 
Ou ele já estava lá dentro e provocou, mesmo sem querer, o incêndio?  Bem isso já não é tarefa de bombeiros, mas de polícia...


Voltemos ao nosso bom homem. Melhor dar-lhe um nome. Por que não Setembrino, em memória da catástrofe americana? 
Setembrino, em sua vaga consciência, resolveu combater o fogo. Tentou jogar copos de água. Nada.
Tentou abafar as chamas com panos de prato que encontrou na pia (sempre há uma pia em uma padaria não é?). Nada. Abanou com as mãos. Nada.
Nada feito, as chamas tornavam-se mais fortes, maiores, mais altas, mais quentes.


Setembrino foi sentindo-se chamuscado, com muito calor, impotente para combater o fogo e cumprir sua missão. Estava quase desistindo.
Até que teve a idéia mais infeliz de sua vida (além de entrar bêbado em uma padaria em chamas) dar um forte sopro nas chamas para apagá-las.
Aspirou a maior quantidade de ar que pode, fez uma força danada, enchou os pulmões e pronto!


Assoprou com toda a energia que conseguiu (parecia o lobo mau soprando a casa dos três porquinhos).


FUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!!!!!                       PUM! 


Uma enorme explosão.


Setembrino explodiu como uma garrafa plástica de álcool explode quando alguém tentar esguichar álcool na churrasqueira. 
Era uma vez Setembrino.
O sujeito estava tão bêbado que explodiu violentamente tentando apagar o incêndio.


PS. Pelo que li na imprensa, apesar da falta de detalhes das matérias, pois o jornalismo está cada vez menos informativo e preciso, fiquei sem saber se, de fato, Setembrino explodiu ou como ele entrou na padaria para apagar o incêndio. Só fiquei sabendo que os bombeiros atenderam a algum pedido e conseguiram  apagar as chamas.


Se ele (Setembrino) não explodiu, de verdade, ao menos ficou a idéia para um filme, como o homem que havia comido tanto, mas tanto, e estava tão gigantescamente gordo, que explodiu ao comer, após a imensa refeição, uma simples moeda de chocolate com menta, daquelas que nos dão após um café. 


Acham que é mentira? Vejam o filme O Sentido da Vida, do grupo de humor inglês Monthy Python. Aí acreditarão em mim.  

Agora, aqui está a notícia da imprensa sobre o homem que quis apagar o fogo estando bêbado.

Foi com boa vontade que um homem embriagado tentou apagar um incêndio em uma padaria na noite da quarta-feira (14), em Bayeux, na Grande João Pessoa. O atrapalhado ajudante teve que ser amarrado pela equipe do Corpo de Bombeiros porque ele já havia caído, desmaiado e tinha inalado muita fumaça.
O sargento Batista, do Corpo de Bombeiros, explicou que quando a equipe chegou no local se deparou com o homem, de aproximadamente 38 anos, dentro da padaria, tentando apagar sozinho o fogo, mas sem nem conseguir andar direito. “Ele queria ao fim da força apagar o incêndio, mas como  estava altamente embriagado levou uma queda e bateu a testa no chão”, disse Batista.
Segundo o sargento, foi por conta da pancada que o “ajudante” ficou desacordado por alguns minutos e acabou atendido pela equipe. Após acordar da pancada, o trapalhão queria voltar para, mais uma vez, continuar sua tentativa de conter o incêndio. Para evitar mais acidentes os bombeiros resolveram encaminhar o homem para o Hospital de Emergência e Trauma, na capital.
Mesmo sem a ajuda do trapalhão, os Bombeiros conseguiram conter o fogo, mas a padaria ficou danificada. A equipe acredita que o fogo foi provocado por um curto-circuito.


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