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domingo, 18 de setembro de 2011

RESISTÊNCIA DE KADAFI SURPREENDE NOVO GOVERNO LÍBIO. OTAN ATACA E FERE CENTENAS DE CIVIS EM BANI WALID. Quatro cidades resistem fortemente à submissão ao novo governo. E ninguém sabe onde está Kadafi.




Os líbios de Sirte, Bani Walid, Jufra e Sabha, os últimos redutos de Muamar Kadafi, resistem ferozmente às tropas rebeldes. Mas, de fato, pela situação criada na Líbia, onde a Otan se meteu por um dos lados, a situação agora é outra. A maioria dos governos reconheceu os rebeldes como governo da Líbia, então agora o mundo está a favor do governo (ex-rebeldes) e contra os antigos governistas, os agora rebeldes kadafistas. O novo governo não pode começar a recuperar o país enquanto encontrar resistências.

Há alguns meses, quando começou a agitação contra o regime de Muamar Kadafi, na Líbia, e a Otan, por ordem (e sem aprovação do Congresso Americano) de Barack Obama, Kadafi disse que só sairia do poder morto. Este blog sempre afirmou ser Kadafi um ditador, e não gosto de ditadores. Contudo, a Otan e Obama cometeram um erro ao apoiarem os rebeldes líbios, por não saberem com quem estavam lidando.

Além disso, a Líbia ainda estava numa fase de desordens civis, como as da Síria, ou antes da Tunísia e Egito. A reação de Kadafi, mandando forças militares atacarem os protestos bastou para que a Otan declarasse guerra ao regime. O mesmo não acontece com a Síria, onde o regime de Bashar al-Assad já matou, com forças militares, mais de dois mio cidadãos sírios civis.

Vê-se que os que se pretendem no comando do mundo perderam o senso das coisas. Mas ess é outro problema a ser comentado depois. No caso da Líbia, eu disse que Kadafi não era um qualquer, não por admiração a ele, mas pela história dele na construção da Líbia atual. Kadafi, para mim um louco completo, construiu a Líbia a partir das tribos nômades existentes no norte da África. Criou uma realidade que governou com mãos-de-ferro por 40 anos. O país não tem nem constituição. Kadafi é o senhor absoluto, o rei, o comandante, o dono, o deus. Sua palavra é a Lei.

Essa é uma situação completamente diferente da dos demais países em que aconteceu a chamada primavera árabe (para mim, de fato, uma rebelião aos moldes dos anos 68 na Europa, induzida por forças mais ou menos ocultas. Como a KGB esteve por trás das ondas de libertação e combate ao capitalismo nos anos 60).

Árabes e islâmicos jamais viveram sob um regime democrático. Claramente essa não é a meta das revoltas, era promover uma onda de mudanças de governo e ampliar o poder islâmico na região, não só como religião, que já existe  de modo hegemônico, mas como forma de governo. Será a adoção de governos balizados por orientação religiosa, como o do Irã.

Segundo a imprensa, o governo interino da Líbia, empenhado em tomar o controle dos redutos restantes de Muamar Kadafi, recuou depois de outro ataque caótico na cidade do deserto de Bani Walid, no domingo, mas retomou sua batalha por Sirte, a terra natal do líder deposto.

Forças do Conselho Nacional de Transição (NTC) encontraram forte resistência nos últimos redutos de Kadafi, que eles precisam controlar antes de poder declarar a Líbia "libertada" e começar a trabalhar em uma Constituição antes das eleições.

Desde que os rebeldes tomaram Trípoli em 23 de agosto, pergunta-se se Kadafi está em Bani Walid, Sirte, na cidade do deserto de Sabha ou em outro lugar. Seu porta-voz disse à Reuters no sábado que o líder deposto ainda estava na Líbia, comandando a resistência.

As força apoiadas pelaOtan tentaram várias vezes invadir Bani Walid, (150 quilômetros a sudeste de Trípoli) nos últimos dias. A última tentativa fracassou no domingo com o recuo diante do fogo pesado dos defensores da cidade.

"Há falta de organização até o momento. Homens de infantaria estão correndo em todas as direções," disse Zakaria Tuham, um combatentes de uma brigada baseada em Trípoli. "As forças de Gaddafi nos atacaram fortemente com foguetes e morteiros, por isso tivemos que recuar." Um repórter da Reuters viu os combatentes recuarem cerca de dois quilômetros depois de terem invadiram a cidade.

Lutando por Sirte

Segundo os relatos de jornalistas, as forças do CNT também atacaram Sirte, cidade natal de Gaddafi, com o lançamento de foguetes a partir da entrada sul da cidade e trocaram fogo com tropas leais a Gaddafi reunidas em um centro de conferências. "A situação é muito perigosa. Existem muitos atiradores e todos os tipos de armas que você pode imaginar," disse o rebelde anti-Gaddafi Mohamed Abdullah, sob a fumaça de foguetes que toma conta da cidade.





Este é o relato de FRANCISCO PEREGIL, ENVIADO ESPECIAL DE EL PAIS

Los gadafistas resisten hasta la última bala

Las fuerzas leales al dictador libio repelen los ataques de los rebeldes, contraatacan en Bani Walid y fuerzan un repliegue que hunde la moral de los sublevados

FRANCISCO PEREGIL (ENVIADO ESPECIAL) - Trípoli - 18/09/2011


. .Si la guerra es un estado de ánimo, ayer el de los rebeldes libios no parecía vivir su mejor momento. Más de una semana después de que expirase el ultimátum concedido a las tropas de Muamar el Gadafi para que se rindieran, el nuevo Gobierno interino no ha conquistado ni uno solo de los cuatro bastiones en manos del enemigo. Cada día que pasa solo cosecha heridos y algún que otro muerto.

Los insurrectos afirman haber conquistado el aeropuerto de Sirte
En un gesto poco frecuente en las últimas semanas, el Consejo Nacional de Transición envió al coronel Ahmed Bani para que informase a los periodistas sobre cómo iban las cosas en el frente. Y el oficial dijo lo que se esperaba que dijera: que en unos cuantos días -no horas- caerían Sirte y Bani Walid, y una vez que cayeran estas dos ciudades, los gadafistas de Jufra y Sabha tardarían poco en rendirse.

El militar dijo también que el problema con Bani Walid era la geografía, muy montañosa, y eso había permitido que los "francotiradores mercenarios" de Gadafi disparasen contra las "tropas revolucionarias" desde lo alto de las montañas. Pero el norte de Bani Walid ya estaba bajo control de los rebeldes, según el coronel. Y en cuanto a Sirte, ya se había conquistado el aeropuerto y algunas de las zonas mejor protegidas por Gadafi. Una vez hecho esto, el momento en que los rebeldes tomasen la ciudad natal del dictador solo iba a ser cuestión de días.

Pero lo cierto es que en Bani Walid los gadafistas no solo resistieron los embates del enemigo sino que contraatacaron con artillería pesada y expulsaron a los rebeldes de un puesto de control que habían tomado hace más de una semana. De pronto, los milicianos se vieron huyendo hacia Trípoli perseguidos en medio del desierto. Fueron solo unos kilómetros, los que pueden haber entre tener la moral alta y tener miedo.

A las Urgencias del Hospital Central de Trípoli, a unos 170 kilómetros del frente, llegaron varios milicianos heridos en Bani Walid. En la ofensiva fracasada del viernes fueron 15 los militares que necesitaron tratamiento. Pero más que unas cuantas decenas de hombres, lo que parecía haber quedado herido era el orgullo de unas tropas que tomaron Trípoli hace un mes y apenas han logrado avanzar en sus posiciones desde entonces.

En cuanto a Sirte, el portavoz militar de Gadafi, Musa Ibrahim, declaró a Reuters que la OTAN había disparado el día anterior 30 cohetes dirigidos contra el principal hotel y un complejo residencial de 90 pisos. "El resultado ha sido más de 354 muertos, 89 desaparecidos y 700 heridos en una sola noche", añadió Ibrahim. Un portavoz de la OTAN contestó diciendo que "a menudo" esas informaciones de los gadafistas resultan "inconsistentes o infundadas".

Lo cierto es que los rebeldes libios lo tienen casi todo a favor para conquistar las cuatro ciudades que aún quedan bajo el poder de Muamar el Gadafi. Los bombardeos diarios de la OTAN les despejan el camino día y noche, la ONU reconoce al Consejo Nacional de Transición como legítimo representante del país, la comunidad internacional les desbloquea miles de millones de dólares embargados a Gadafi, la televisión está en manos de ellos, la mayor parte del pueblo, también... Y sin embargo, no consiguen colocar su bandera en ninguna de las ciudades sitiadas. Y cada día que pasa frena un poco más la reconstrucción del país. La mayor parte de los campos de petróleo no se pueden poner en marcha, el aeropuerto de Trípoli no entra en funcionamiento y la capital continúa bajo la sombra de la amenaza.

El coronel Ahmed Bani insistió en que los conocimientos tácticos que tienen ahora los rebeldes no son los mismos que hace seis meses y en unos días Libia sería libre por completo. Llevan todas las de ganar y ganarán. Pero Gadafi está vendiendo cara su derrota.

Imagens:
http://pt.euronews.net/2011/09/17/rebeldes-recuam-em-sirte-e-bani-walid/
http://www.elpais.com/articulo/internacional/gadafistas/resisten/ultima/bala/elpepiint/20110918elpepiint_1/Tes

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