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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

JORNALISTAS ASSASSINADAS NO MÉXICO: MARCELA YARCE E ROCÍO PÁTRAGA. O México é um dos países mais inseguros para os jornalistas. Lá também gostariam de controlar a imprensa...

MARCELA YARCE, ASSASSINADA

O  México passa, nos últimos anos, por uma das fases mais difíceis de sua História. Por um lado a crescente corrupção de seus políticos, por outro a ainda mais horripilante expansão da violência dos narcotraficantes. Como pano de fundo a crise internacional econômico que atingiu a todos, especialmente o seu vizinho do norte, os Estado Unidos, com quem o México tem fortes ligações, para o bem ou para o mal.

A corrupção mexicana faz lembrar o triste espetáculo da corrupção em diversos níveis de governo aqui do Brasil, ou das republiquetas de bananas que parecem ser, hoje em dia, o modelo a ser seguido por Brasília.

A violência dos traficantes mexicanos, divididos em poderosíssimas gangues que enfrentam o Exército e a Polícia sem temor, e com extrema crueldade, ainda não chegou como modelo de comportamento, de forma definitiva, embora métodos pavorosos de matar, usados pelos traficantes de lá já comecem a ser verificados por aqui, para quem acompanha com atenção o noticiário mortes violentas e tráfico de entorpecentes.

O México vive, de fato, uma situação, em alguns estados ao norte, de verdadeira guerra civil. Todos os dias as gangues despejam cabeças degoladas e corpos esquartejados nas ruas e estradas. de desafetos, inimigos, adversários ou simples cidadãos objetos de sua fúria.

A corrupção também impera e grupos poderosos não querem ser, como aqui no Brasil, importunados por repórteres considerados bisbilhoteiros. Lá e cá morrem repórteres insistentes, mas lá morrem mais por ano que aqui. O México é considerado um dos países mais perigosos para a profissão do Jornalismo.

Mas já sabemos que por aqui o jornalismo também incomoda e políticos vivem querendo impor controles à mídia. O discurso para enganar os trouxas e de que se trataria de democratização da informação e outras bobagens, mas, de fato, trata-se de calar a imprensa e roubar sossegado.  A melhor imprensa, na visão dessa gente é a a favor, a que faz apologia dos desmandos e corrupção.

Nesta quarta-feira os mexicanos souberam que encontraram, em uma praça da Cidade do México, os corpos de duas jornalistas investigativas: Marcela   Yarce e  Rocío   Trápaga, mortas assassinadas. Ainda não se sabe o que aconteceu, mas podem ter sido mortes provocadas por grupos econômicos poderosos investigados ou traficantes. A Polícia terá que esclarecer as causas. 

ROCÍO TRÁPAGA: ASSASSINADA. 
A seguir nota  da Fundación para la  Libertad de Expressión:

Fueron victimadas las periodistas Marcela Yarce Viveros y Rocío González Trápaga
COMUNICADO DE PRENSA 
ASESINATOS DE PERIODISTAS DEBEN SER ESCLARECIDOS CON PERICIALES EXPERTAS 
México, D. F., a 1 de septiembre de 2011
La Fundación para la Libertad de Expresión (Fundalex), eleva su más enérgica condena ante el cobarde asesinato de las periodistas Ana María Marcela Yarce Viveros y Rocío González Trápaga, y al mismo tiempo conmina a las autoridades a realizar una investigación pericial experta, profunda, pronta y expedita, en la cual sean agotadas todas las líneas de investigación vinculadas con su trabajo periodístico.
Para la Fundalex es importante esclarecer que no existan grupos o personas que, aprovechando la vorágine producida por la incidencia del narcotráfico en la violencia cotidiana que hoy vivimos, utilicen el asesinato con estas características como una forma para saldar sus motivaciones particulares si en su caso lo fuera.
Las investigaciones realizadas por los reporteros a través de los años, y en el caso especial de la revista Contralínea, han sido siempre sustentadas en la ética y esto pudo haber sido motivado por una venganza, pero todo conducido hacia el propio trabajo.
Yarce Viveros y González Trápaga fueron encontradas esta mañana en un terreno utilizado como cancha de futbol en la Colonia Predio Maravillas en Iztapalapa, completamente desnudas; atadas de pies, manos y tenían un lazo alrededor del cuello, de acuerdo con información de la Procuraduría General de Justicia del Distrito Federal.
Marcela Yarce Viveros era fundadora y reportera de Contralínea y se encontraba al frente del área de Relaciones Públicas de la revista semanal.
Rocío González Trápaga fue reportera de Televisa y en la actualidad ejercía el periodismo de manera independiente.
La Fundación para la Libertad de Expresión expresa sus condolencias a los familiares de las comunicadoras asesinadas, a sus compañeros y al gremio periodístico en general por la violencia en contra de quienes ejercen la profesión.
Con el asesinato de Ana María Marcela Yarce Viveros y Rocío González Trápaga asciende a 84 el número de periodistas victimados desde 2000 y a 8 en este 2011.
La Fundalex siempre ha pugnado porque las familias de los periodistas asesinados o desaparecidos sean protegidas. Exigimos a los gobiernos federal y estatales (en esta caso la Jefatura de Gobierno del Distrito Federal) se hagan cargo de la vivienda, alimentación, educación, vestido y, sobre todo, tratamiento psicológico de los hijos de las y los periodistas victimados. 

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