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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

PUC PROÍBE FESTIVAL DE CULTURA CANNÁBICA. Parabéns ao reitor. Universidades não devem servir ao crime. Não há cultura cannábica alguma no Brasil, a não ser a que interessa a traficantes de drogas.

Um local onde os alunos deveriam estar empenhados em aprender, refletir, pesquisar, colaborar para com o avanço social poderia tornar-se, a depender de cinco ou seis mil tontos, em um território para a apologia da maconha, com o disfarce de um nome imbecil: Primeiro Festival da Cultura Cannábica".

Que cultura cannábica? As plantações de maconha no Brasil são criminosas; e, na medida do possível, destruídas pela polícia quando encontradas. Afora esse tipo de cultura, não conheço nenhuma "cultura cannábica", não no Brasil, a não ser que o encontro programado para desmoralizar de vez a PUC fosse um encontro de arqueólogos, historiadores e etnólogos destinado a que apresentassem suas pesquisas sobre o cultivo da cannabis no tempo do Egito antigo para produzir cânhamo. Mero papo furado.

Talvez fosse uma reunião para discutir a obra de Bob Marley. Quem sabe... Ou o papel dos cartéis criminosos da Bolívia, Paraguai, Perú e Colômbia, na destruição de nossa juventude. Mas pelo que entendi, não se tratava, também, de um grande seminário sobre sociologia do crime.

Nem, ao menos, um encontro antropológico, do ponto de vista do relativismo pobre extraído da má compreensão da obra de Levi Strauss. Em suma, acho que o tal festival não se referia a nenhuma perspectiva de cultura, a não ser a defesa fraca e imbecilizada da "liberdade de drogar-se", que é,  claro, uma absoluta falta de compreensão do que seja liberdade em uma sociedade democrática.    

A festa era mesmo, muito mal disfarçada, um encontro para a apologia da maconha. Qual seria o conteúdo de um encontro de cinco ou seis mil jovens que utilizariam uma decisão esdrúxula do STF a favor da liberdade de expressão (o que redunda a Liberdade já garantida pela  Constituição)? Quem está interessado em cultura cannábica? Não me venham com os estudos científicos que procuram provar as potencialidades da erva na cura de algumas doenças. O encontro seria de seis mil estudantes de medicina?

Está de parabéns o reitor da PUC. A universidade deveria orgulhar a sua vizinhança pela produção e defesa do saber, e não tornar-se uma chaga, um câncer que preocupa a comunidade.

ISTO É  O QUE ESTÁ NA IMPRENSA HOJE SOBRE O ASSUNTO:

A. A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) suspendeu as aulas e atividades acadêmicas desta sexta-feira (16) no campus Monte Alegre, na zona oeste de São Paulo, para evitar a realização de um evento em prol da maconha. Estudantes preparavam para esta tarde e noite uma festa chamada de 1º Festival de Cultura Canábica. A página do evento no Facebook conta com mais de 6 mil pessoas confirmadas.


Em nota divulgada na quinta-feira, o reitor da PUC-SP, Dirceu de Melo, afirma que as festas de sexta-feira ganharam proporções inadmissíveis, por conta do barulho, da duração “madrugada a dentro” e pelo uso não dissimulado de bebidas alcoólicas e entorpecentes, entre “outras condutas reprováveis”. Leia a íntegra do ato do reitor.

Segundo a descrição do evento no Facebook, a festa venderia cerveja a R$ 1,50 e cachaça a R$ 1,00. Os organizadores pediam para os participantes não portarem drogas. “Não tragam drogas! Haverá polícia!”, avisavam.

A descrição do evento afirma que a festa não visava “a apologia e/ou consumo de qualquer psicotrópico”. Na definição dos organizadores, o 1º Festival de Cultura Canábica seria um “imenso fórum-manifestação”.

A página cita a decisão do Supremo Tribunal Federal de liberar a realização de marchas pró-legalização de drogas no País, em prol da liberdade de expressão.

FOLHA ON LINE - UOL- TERRA

B. Reinaldo Azevedo;
16/09/2011 às 6:39
Maconheiros tentam dar o golpe final da PUC; eles não precisam de universidade, mas de polícia
(O título é do blog)(RA)

Por Marcelo Godoy e Ocimara Balmant, no Estadão:
O principal câmpus da PUC, na Rua Monte Alegre, em São Paulo, ficará fechado hoje. O reitor Dirceu de Melo suspendeu as aulas e atividades administrativas na tentativa de impedir a realização do 1.º Festival da Cultura Canábica, organizado pelo Facebook, que, até ontem à noite, tinha mais de 6 mil confirmados. O evento está marcado para as 16 horas. “Tenho de considerar a situação em função do que acontece. Quando soube do objetivo e do alcance desse evento, achei que fechar o câmpus era o apropriado. Se insistirem, terei de tomar outras providências”, diz Melo. Assim que a nota de suspensão das atividades foi divulgada, os organizadores do evento começaram a se mobilizar, no próprio Facebook, para que o evento não seja cancelado.

“A decisão mostra o conservadorismo da instituição”, disse uma aluna. “Vamos do mesmo jeito e, se não abrirem, a gente invade”, postou outro. Há gente, porém que não aprova a festa. “Lugar de discutir legalização não é na PUC com uma festa para 6 mil pessoas fumando e bebendo à vontade. A PUC virou sinônimo de baderna por causa de pessoas assim”, escreveu uma estudante de Direito. Para Stefano Wrobleski, de 21 anos, do 3.º ano de Jornalismo e membro do Centro Acadêmico, “perder aula só para que a festa não aconteça é um absurdo”. “O pior é que isso abre precedente. O que vejo é que a diretoria quer uma PUC sem festas. E isso não está certo. Universidade não serve só para aulas, é também um lugar de convivência”, disse. Inquérito. O delegado Wagner Giudice, diretor do Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), afirmou que os organizadores do Festival da Cultura Canábica

Em tese, além do crime de apologia ao uso de drogas, os organizadores podem ser acusados de associação para o tráfico, crimes punidos com detenção de 3 a 6 meses e com 3 a 10 anos de prisão, respectivamente. Em seu ato, o reitor da PUC afirma que um inquérito foi aberto pela polícia e diz que a universidade vai prestar esclarecimentos sobre as providências tomadas para evitar o festival. Sexta sem lei. No ato que publicou, o reitor afirma que a decisão de suspender as aulas considera outros problemas que têm ocorrido com frequência. Ele afirma que as festas nas noites de sexta-feira ganharam “proporções inadmissíveis” por conta do barulho, da duração até a madrugada e do uso “não dissimulado de bebidas alcoólicas e entorpecentes, afora outras condutas reprováveis”.


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