Os petistas agem conforme a norma leninista: os fins justificam os meios.
Para eles, detentores da verdade, absoluta, qualquer coisa é válida para chegarem aos seus próprios fins.
Afinal, são construtores de um novo mundo possível. Nunca "antez nestepaiz"...
Só eles podem fazer o que fazem. Para o resto dos mortais a destruição, o fogo eterno, a desmoralização pública.
A história de Fernando Pimentel, que é quase igual a de Antonio Pallocci, mostra que os petistas têm um tratamento diferente neste governo.
Isso me faz lembrar um texto que li em alguma camiseta por aí:
"Eu não bebo. Quando bebo me transformo em outra pessoa. E essa outra pessoa bebe prá cachorro".
Em suma, os petistas, não sei se bebem ou não (só alguns, né?), mas quando saem de um cargo se transformam em outra pessoa.
E para essa outra pessoa não valem mais a mesma lei, a mesma ética e a mesma moral que regem os simples mortais.
Este é o Brasil em 2011.
Assim, para entender o pensamento e o mecanismo que move esse exótico tipo de brasileiros, leia uma parte do texto de Reinaldo Azevedo sobre:
O estranho conceito de moralidade de Dilma
Rousseff
REINALDO AZEVEDO
Na semana passada, o presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que, “por sua história”, o ministro Fernando Pimentel “está acima de qualquer suspeita”.
Há uns 15 dias, o notório governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, disse que “a palavra do governador vale como prova”.
Ontem, foi a vez de Dilma Rousseff inovar o bestialógico político ao se referir a Pimentel: “O governo só acha o seguinte: é estranho que o ministro preste satisfações ao Congresso da vida privada, da vida pessoal passada dele. Se ele achar que deve ir, ele pode ir. Se ele achar que não deve ir, ele não vai”. E emendou que ele tem de prestar satisfações sobre assuntos de governo apenas.
A presidente acaba de inovar o conceito de moralidade pública. Quando um sujeito põe os pés num ministério, larga para trás o seu passado. Já seria uma consideração bastante exótica ainda que Pimentel fosse consultor, sei lá, de uma rede de padarias. Mas não! É evidente que, a exemplo de Antonio Palocci, pôs a sua condição de homem público a serviço de interesses privados, com o agravante de que um de seus clientes tinha negócios com a Prefeitura de Belo Horizonte, onde ele mantém uma óbvia rede de influência. Seu sócio na “consultoria”, diga-se, exercia lá cargo de confiança. Demitiu-se depois que o escândalo veio à tona.
Dilma se esforça para dar a impressão de que a consultoria de Pimentel é aquilo que não é: mera relação entre entes privados, que não guarda qualquer relação com o dinheiro público — que segue sendo público, note-se, ainda que seja municipal. O conceito de moralidade, que deve pautar um ministro de estado, parece ser um pouco mais rigoroso do que esse esboçado pela Soberana.
Leia o texto integral no blog de Reinaldo Azevedo:
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