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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

MARIDO DECEPA A MACHADADAS OS DEDOS DA MÃO DE SUA MULHER, HAWA AKTHER, PARA QUE ELA NÃO ESTUDE. Essa é uma ação amplamente justificada pelos idiotas politicamente corretos e multiculturalistas.

HAWA AKTHER, PERDEU OS DEDOS DA MÃO DIREITA.
FOI UMA PUNIÇÃO DO MARIDO PORQUE ELA
QUERIA ESTUDAR!

Olhem bem para essa foto. O que vêem? Eu vejo uma menina franzina, com aparência de uma criança de uns doze ou quatorze anos de idade. Mas ela tem 21. Seu nome é Hawa Akther,  ela é bengali (de Bangladesh) e é casada. 
Nos meus estudos de comunicação, nestes 40 anos, aprendi a estudar as imagens. Um dos autores que me ensinaram isso foi Roland Barthes (A Câmara Clara). Toda foto tem um "punctum", um ponto, um centro, algo que chama a nossa atenção.
Não sei para vocês, mas, para mim, muito mais que a mão enfaixada, a prova do ferimento físico, o que chama a atenção, salta da tela, são os olhos profundamente tristes e introspectivos de Hawa, as marcas do sofrimento interno, espiritual. As olheiras, o pesar, a dor que os envolvem.
Não consigo tirar os olhos desses olhos sem que uma imensa tristeza me assome à alma. Fico profundamente comovido com a expressão da maldade humana. Talvez porque eu tenha filhos. Imagino um sujeito fazendo isso com minha pequena. Maldito.
Em nome de quê seu marido Rafql Islam, 30 anos, cometeu uma barbaridade dessas? 
Conforme a  visão  politicamente  correta,  relativista e multiculturalista, de hoje em dia, cada povo tem seus costumes, que devem ser respeitados, significando que ninguém pode criticar o costume do outro, por mais bárbaro que seja, pois não há diferenças culturais. Todas as culturas valeriam a mesma coisa.
Errado. Tolice absoluta. Evidentemente cada povo tem a sua cultura baseada no tempo, em tradição, com suas práticas aceitas e validadas pelo grupo. Mas isso é uma coisa. Outra coisa é saber se determinados costumes ou práticas dentro de uma cultura podem ser considerados aceitáveis apenas porque o grupo aceita aquilo.

RAFQL ISLAM, 30 ANOS
Cristianismo é diferente
Desde que Cristo chamou a nossa atenção sobre a vítima ritual, o bode expiatório, com a frase “Atire a primeira pedra aquele que nunca pecou”, e com o desenvolvimento da visão cristã da preservação do corpo do indivíduo como algo sagrado, inviolável, o que levou à atual noção de direitos humanos universais, não é possível aceitar como equivalentes  quaisquer práticas culturais. 
As  culturas em que se respeita o corpo do Outro são, sim, superiores, em termos de princípios e valores, àquelas  em que um marido é dono do corpo da esposa, ou um pai é dono do corpo dos filhos, por exemplo. Ou em que alguém pode punir alguém cortando um pedaço do corpo da vítima como se estivesse lavando a própria honra.
Esse é um dos cernes do espírito cristão. Decisivo. Embora eu tenha lido sobre muitas pessoas que se dizem ateias, que defendem  que o Estado deve ser laico, creio que não sabem de que estão falando.
Os que defendem um estado laico, atualmente, imaginam evidentemente, que as leis garantam os direitos universais do homem, os direitos humanos. Sendo assim, mal sabem que estão fazendo a defesa de uma sociedade que tem na base, nos fundamentos, os princípios cristãos.
Não há sociedade socialista, islâmica ou outra qualquer que assegure isso, com certeza. Não como valor fundamental, fundante daquela cultura ou civilização.
Nas sociedades democráticas pluralistas, como a nossa, vemos essa confusão constantemente. Todos crêem ter direitos e direitos que devem ser assegurados pelo Estado, mas não acham nada demais que grupos especiais possam dispor de direitos diferenciados.
Como exemplo podemos citar  antropólogos, alguns de formação cristã, inclusive, que acham naturalíssimo defender o costume de algumas tribos indígenas de matar crianças. Também há entre os que defendem os direitos humanos os defensores do aborto! São relativistas em ação.
Isto posto, sobre o caso de Akther. Ela, uma garota de 21 anos tem o desejo de estudar, aprender, crescer na vida. Seu marido, um operário que trabalha em outro país, rude, de poucos estudos, tradicionalista no pior sentido do termo, acha que ela não pode estudar. Acha que ela não pode desafiá-lo.
Eis que numa das voltas do exterior (Emirados Árabes) Islam fica sabendo que Akther havia  começado a estudar, sem a sua licença. Ele não teve dúvidas, o dono de Akther. O que ele fez?
Disse que tinha uma surpresa para ela. Vendou seus olhos e amarrou suas mãos. Tampou sua boca. Vocês podem estar pensando em outra coisa, que ele quis brincar um pouco mais eroticamente com a sua mulher. Nada disso. Antes fosse, ao menos ficaria entre marido e mulher.
Não, o miserável prendeu as mãos da mulher e a vendeu para que ela não pudesse ver o que ele faria.
Com uma machadinha ele cortou TODOS os dedos da mão direita de Hawa Akther. Imaginem os senhores fazendo isso nas suas mulheres porque elas trabalham fora ou resolveram estudar.
Ato de um louco? Talvez não. Talvez Islam seja um sujeito rude, grosso e violento, sim, mas o que ele fez é justificável lá por aquela partes do mundo. E são essas práticas que os relativistas ocidentais e multiculturalistas defendem, aqui no Brasil, na França, na Inglaterra. Procurem saber o que anda acontecendo na Inglaterra. Uma barbaridade.
Como práticas tão desumanas e brutais e estúpidas podem ser aceitas como normais, objeto de estudos antropológicos no Ocidente e que sejam vistas com tanta naturalidade? Isso é um imenso retrocesso diante de tudo o que aprendemos com o cristianismo em dois mil anos de história da nossa civilização.
Islam não pode, com fundamento na defesa da  cultura, cortar os dedos de sua mulher. Assim como não poderia cegar seus olhos como fazem outros islâmicos, ou cortar fora seus narizes, como vimos na revista Time.
O senhor, leitor, não pode seviciar sua filha aqui no Brasil em nome de uma prática da sua terra de origem. Nada justifica que dezenas de marmanjos  tenham estuprado na Praça Tahir a uma repórter  americana que cobria os eventos no Egito há alguns meses. Ela era culpada por ser americana? Mulher? Profissional? Ou por ser uma mulher profissional  e além, de tudo americana? Não há mais limites para a estupidez?
Policiais disseram que o marido, que trabalha nos Emirados Árabes Unidos, amarrou Hawa Akther Jui, no início do mês, e então cortou os cinco dedos de sua mão.
Akther Jui explicou que o marido chegou de viagem e ambos tiveram uma discussão. Islam, então, vendou os olhos da mulher e amarrou as suas mãos, além de tapar a sua boca, afirmando que teria uma surpresa para ela.
A bengalesa disse que seu marido não tem muito estudo, e que não aprovava a sua presença em colégios para continuar com sua educação. Ele já havia a ameaçado em conversar anteriores sobre possíveis consequências caso ela não desistisse e fosse contra a vontade do marido, de acordo com a BBC.
Os médicos disseram que poderiam reatar os dedos em até seis horas, mas o marido se recusou a  entregá-los.  Segundo Akther, depois desse tempo um parente de seu marido achou os dedos  em uma lata de lixo. Quando ela recuperou os dedos, já era muito tarde para fazer uma operação de reemplante.
A jovem está se recuperando na casa dos pais, enquanto Islam está sob custódia da polícia. Al-Mamum, responsável pela investigação do caso, diz que as informações iniciais apontam para um ataque planejado, e que o marido admitiu o ataque, devendo ser processado.
Há culturas melhores, sim.
Temos todo direito de fazer uma escala de culturas, assim como fazemos escalas para avaliar outros fatos da vida. Posso, com toda a certeza, dizer que uma cultura que está embasada no princípio da preservação integral  do corpo do Outro é melhor que uma que não considera o corpo do Outro algo a ser respeitado.
Evidentemente, o ser humano é violento por natureza. Sempre foi assim, e sempre será. O francês René Girard, em seus estudos de décadas sobre o Bode Expiatório nos mostra que a violência é a causa original da cultura. Mas ele também chega à conclusão, e demonstra muito bem em suas obras, que o cristianismo foi uma imensa mudança na relação do ser humano com a violência.
Desse modo, claro que temos notícias, do Brasil mesmo, em que registramos a maior violência contra alguém. Mas as leis, desenvolvidas com base no ensinamento cristão, tornam as vítimas especiais. Alguém que agride, fere e mata deve ser rigorosamente punido.

No Brasil não se faz justiça com base na Lei de Talião.


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