Tostines vende mais porque é fresquinho, ou é fresquinho porque vende mais? Esse antigo dilema da propaganda nacional poderia ter se repetido no domingo pela manhã após o jogo entre o Barcelona de Josep Guardiola e o Santos de Muricy Ramalho: o Santos perdeu por que ficou com medo de jogar ou o Barcelona venceu porque não deixou o Santos jogar?
Ouvir os comentaristas de rádio é muito curioso. Enquanto estava no carro, no trânsito, ouvia os comentaristas discutirem, com aquela competência absoluta que lhes é peculiar, uma questão que durará até o início da Copa do Mundo.
Faltou garra, vontade e coragem ao Santos FC ou foi o Barcelona que se preparou, observou o modo de jogar do Peixe e, depois, neutralizou totalmente o time brasileiro?
Se faltou coragem, alguma coisas esteve muito errada na preparação do Santos. Se não faltou coragem, se foi o Barca que jogou mesmo o seu incrível futebol tão superior, então não haveria o que fazer. O time de Messi fez mais de 800 passes, Messi cruzou umas 90 e acertou 80. O Santos foi tão imobilizado que Neymar nem viu a bola.
Essa será uma partida sobre a qual os brasileiros em geral, os técnicos, os cartolas e os políticos oportunistas deveriam pensar bastante. O Brasil, que gosta de patriotada nacionalista que se prepare, pois com patriotada não se ganha a Copa.
Não foram os brasileiros do Santos que jogaram pouco, eles fizeram o que sabem fazer. Para mim a melhor observação foi a de um diretor do Barcelona:
“Nós fazemos hoje o que vocês faziam no passado”.
Exato. Os europeus aprenderam a jogar futebol e nos deixaram para trás. Só isso.
Por aqui vivemos das imagens do passado.
Enquanto isso o Barça humilha o Santos FC por 4 X 0.
Como disse Neymar, “tivemos uma verdadeira aula de futebol”.
Enquanto isso o Barça humilha o Santos FC por 4 X 0.
Como disse Neymar, “tivemos uma verdadeira aula de futebol”.
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