A LOUCURA HUMANA NÃO TEM LIMITES. JÓIAS DE LIZ TAYLOR SÃO VENDIDAS POR US$56 MILHÕES. Mas é a loucura que nos faz humanos e não meras formigas. Formigas não usam a imaginação.

O ser humano deveria ser chamado, como escreveu o sociólogo francês Edgar Morin, “homo sapiens demens”, e não apenas “homo sapiens”. Isto é, o teórico francês acredita que o ser humano seria melhor definido se fosse chamado de  sábio louco, e não apenas de sábio, ou aquele que conhece. Penso que ele tem razão, o ser humano, além de inúmeras qualidades que possa ter, se destaca pela sua aparente loucura. Mas é essa loucura, ou imaginação, que faz  toda a diferença. Sem a imaginação, que  expande o imaginário humano, e expande a cultura, não passaríamos de um grupo de formigas ou abelhas trabalhadoras.

Isto posto, já é possível procurar entender porque alguém entraria em um leilão para comprar umas pedras coloridas, algumas valendo alguns milhões de dólares. Esta certo que tais pedras possam ser diamantes, esmeraldas, rubis e coisas como pérolas de  valor incompreensível.

SEGUNDO LIZ, GRANDE GAROTAS MERECEM GRANDES JÓIAS.
BURTON DIZIA QUE ELA TINHA OS OLHOS MAIS SEXIES DO MUNDO

É isso, a oferta e a demanda, o mistério, a lenda, o desejo de ser único, de ser diferente, o senso de preservação, o desejo de possuir algo já antes possuído por alguém de destaque, em qualquer campo, que faz a economia mover-se, além do mero  

caráter utilitário de um objeto qualquer.

A Casa Christie´s de leilões, em Nova York fez um leilão ontem, com um lote da imensa coleção de jóias caríssimas e raríssimas de Elizabeth Taylor, morta em março deste ano (2011), aos 79 anos de idade.

O leilão conseguiu arrecadar cerca de 56 milhões de dólares (quase 100 milhões de reais). Seis peças de esmeraldas e diamantes foram vendidas por 24,6 milhões. Uma única jóia com uma pérola (A Peregrina), dada a Liz Taylor pelo ator inglês Richard Burton, com quem teve uma tumultuada relação, atingiu o  valor de 11,8 milhões de dólares.  Tudo isso aconteceu em apenas duas horas.

PÉROLA "PEREGRINA", 11 MILHÕES DE DÓLARES

Apenas a metade dos 80 lotes foi vendida, em duas horas, e 56 milhões de dólares já tinham sido arrecadados, total muito superior aos 30 milhões de dólares estimados pela Christie's.

Dentre as seis peças negociadas a  US$24,6 milhões, a peça que atingiu o preço mais alto foi um singular broche vendido por US$ 6,5 milhões, acima de um colar que alcançou US$ 6,1 milhões, um bracelete adquirido por US$ 4 milhões, um anel pelo qual pagaram US$ 3,3 milhões, um par de brincos que chegou a US$ 3,2 milhões e um outro broche que saiu por US$ 1,5 milhão.

Foi vendida também “A peregrina”, a lendária pérola dada por Richard Burton a Elizabeth Taylor na década de 1960, que alcançou o preço recorde de US$ 11,8 milhões.

Ainda seria negociado um anel com um diamante de 33 quilates, que tem valor estimado em até US$ 3,5 milhões. Chamou a atenção no leilão um par de brincos de pérolas naturais e diamantes, que foi vendido por quase US$ 2 milhões, e um anel de diamantes de cor cognac, também presente de Burton, adquirido por US$ 2,3 milhões.

A coleção de joias e objetos pessoais da atriz foi exibida em Nova York, Moscou, Londres, Los Angeles, Dubai, Genebra, Paris e Hong Kong. Parte do dinheiro arrecadado com a venda de entradas foi revertida à “The Elizabeth Taylor AIDS Foundation”.

Liz Taylor

AOS 14 ANOS DE IDADE

Liz, como era conhecida, teve uma vida marcada por polêmicas. Foi considerada uma das mulheres mais belas de seu tempo, com os famosos olhos cor de violeta. Seu ex-marido Richard Burton disse que eles eram "tão sexies que equivaliam a pornografia".

Tão vibrante quanto o olhar era a sua coleção de jóias, que só fez aumentar ao longo de oito casamentos.

Só de Burton ganhou duas de suas mais cobiçadas peças, o "diamante Krupp" e a pérola “La Peregrina”, além de um diamante em formato de coração descoberto no século 16, que pertenceu a uma das esposas do imperador indiano Shah-Jahan. Ela justificava seu apreço dizendo que “grandes garotas precisam de grandes diamantes”.

Nascida em 27 de fevereiro de 1932 em Londres, Elizabeth Rosemond Taylor teve seu primeiro papel no cinema no longa "There's one born every minute", de 1942. Tornou-se estrela de Hollywood após interpretar Velvet Brown em "A mocidade é assim mesmo" (1944), aos 12 anos.

AOS 77 ANOS. VAIDADE ATÉ O FIM.

(texto produzido com informações publicadas pela imprensa internacional)

Imagens Internet
http://aeiou.visao.pt/joias-de-elizabeth-taylor-rendem-90-milhoes-em-leilao=f638759