Desde antes do segundo turno das eleições peruanas este blog questiona as falas do escritor peruano, que mora na Espanha, Mario Vargas Llosa, prêmio Nobel da Paz, por seu apoio apressado e absurdo ao candidato Ollanta Humala.
Apressado porque Ollanta foi transformado em um cordeiro pelos seus marqueteiros brasileiros (ao estilo Lula Paz e Amor) quando na verdade não passa de um lobo nacionalista e populista mal disfarçado. Tanto que, agora, eleito, já arrasta as asinhas para o líder cocalero Morales, aquele que se diz índio mas só fala espanhol, numa terra em que a maioria dos índios fala dois ou três idiomas (espanhol mais quéchua ou aymará).
Esta semana falou em "juntar" Perú e Bolívia, no estilo grandiloquente parecido com o de seu guru bolivariano, o Capolin de Caracas, Chávez.
Absurdo porque Humala representa o contrário do que Vargas Llosa sempre disse defender, uma sociedade livre, democrática, liberal, capitalista. Foi com esse discurso que disputou e perdeu as eleições para Alberto Fujimori. Llosa ainda não conseguiu engolir a derrota e, porisso, atacou de todas as formas a filha do ex-presidente, Keiko Fujimori, que disputou op segundo turno com Ollanta e tinha reais chances de ganhar. O apoio de Llosa a Humala ajudou a desequilibrar a balança.
Llosa disse que a vitória de Keiko seria a volta do "fujimorismo". Não há fujimorismo. Fujimori foi eleito numa eleição democrática e, dois anos depois é que tornou-se ditador. Entretanto foi Fujimori que acabou com o terrorismo sanguinário do Sendero Luminoso.
A luta contra o terror é que o acabou levando à prisão, nesta América Latina em que os políticos e intelectuais parecem não perceber que o terror é que é, verdadeiramente, contra a Humanidade. Evidentemente ditaduras são sempre abomináveis, de direita ou de esquerda.
E uma ditadura de esquerda é que, apesar de todas as juras democráticas de Ollanta Humala, pode estar a caminho neste momento no Perú. O que esperar do apoio de gente como Chávez, Morales, Ortega e Fidel Castro? São todos amantes das ditaduras comunistas. E há outros, mas ficam para outro texto.
Leiam o que escreveu Fernando de Taboada.
Vargas Llosa
Fernando de Taboada
Vargas Llosa é, hoje em dia, um cúmplice da franquia internacional mais macabra, a do Foro de São Paulo, e converteu-se com isso no camarada predileto de Chávez e Lula.
Quando uma alma negra - fruto do ressentimento que um homem tem com seu pai, o qual transferiu a um homem pelo simples fato de havê-lo derrotado em uma contenda eleitoral - embriaga uma mente brilhante, os resultados são macabros.
E isso é, lamentavelmente, o que acontece com o escrevinhador Mario Vargas Llosa, que, nem por um momento, duvidou em vender sua alma - anteriormente empenhada - ao mesmíssimo diabo.
Este apequenado homem, cuja única característica grande não é seu intelecto senão sua incomensurável soberba, não duvidou em apoiar a candidatura do representante de Hugo Chávez no Peru, Ollanta Humala, membro do Foro de São Paulo - este foro alberga entre seus fundadores e sócios principais os grupos terroristas mais negros da história do mundo, entre eles o MRTA que é co-responsável por mais de 25 mil mortes no Peru, que o mesmíssimo marquês de Vargas Llosa repudiou com toda energia na ocasião.
Entretanto, seu apoio incondicional não foi suficiente senão que, dando braçadas de afogado, trata de continuar se justificando porque viu-se altamente censurado por muitas pessoas e comunidades (dentre as quais encontram-se alguns de seus amigos pessoais) pretendendo se desculpar com mais ataque a quem não foi candidato. Foi, melhor, a filha de quem, ademais, livrou o povo peruano do influxo de uma inflação recorde e da insânia do terrorismo mais desapiedado.
Vargas Llosa é, hoje em dia, um cúmplice da franquia internacional mais macabra, a do Foro de São Paulo, e converteu-se com isso no camarada predileto de Chávez e Lula, porém é, sobretudo, o digno representante do qualificativo que duas décadas atrás lhe impusera seu outrora amigo, o celebérrimo economista Hernando de Soto e que todos conhecem.
A embriaguês espiritual deste pobre homem, no momento atingiu muitos peruanos que, deslumbrados pelo prêmio Nobel dado sua capacidade literária, porém nunca a natureza de sua pessoa, não vêem o que vem a este país sul-americano, um país que já sofreu muito longamente as peripécias de uma longa marginalização e que recém sai de sua incultura e pobreza, graças às bases sentadas, precisamente, pelo homem que derrotou Vargas Llosa em umas eleições limpas.
Tradução: Graça Salgueiro
21 de junho de 2011
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