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quarta-feira, 15 de junho de 2011

ONU CONDENA A BRUTALIDADE DA REPRESSÃO SÍRIA. Só condena. Porque não manda atacar e eliminar al-Assad como estão fazendo com Muamar Kadafi?

Leio em jornais europeus que a  ONU emitiu boletim condenando a violentíssima repressão promovida pelo regime de Bashar al-Assad (Partido Baath) aos civis que protestam contra a ditadura.  Até o momento nenhum líder mundial, a começar pelo demagogo número 1, Barack Obama, fez a menor ameaça demandar bombardear as tropas sírias para dar proteção aos civis massacrados pelos comandados pelo irmão de al-Assad, Maher, o repressor.

REPRESSÃO? QUE REPRESSÃO?
Não sei se há um limite mínimo (ou máximo) de mortes, ou alguma outra exigência para que as tropas da Otan ataquem a Síria com a vontade e a brutalidade com que estão acabando com a Líbia, sob o pretexto de impedir que Muamar Kadafi seja violento com  civis desarmados. 

Perto de 1.100 pessoas já morreram na Síria, mais de dez mil foram presas sob o pretexto de estarem fazendo baderna ou por outras acusações. Assad está procurando reduzir a força dos que protestam, pois mantém uma ditadura controlada por um partido de origem nazista, baseada na ideologia do panarabismo, estimulada pela mesma raiz que levou ao plano de Hitler de reunir todos os alemães sob uma única bandeira.

Curiosamente, o Baath é um partido que têm boas relações com partidos e movimentos de esquerda na América Latina, especialmente no Brasil, onde chegou a manter convênio de cooperação com o PT. Por que as lideranças de esquerda no Brasil não protestam contra a violência do regime de Assad contra os direitos humanos dos civis sírios? Os protestos da Síria são feitos por gente má, da direita? É isso? O sangue deles não é vermelho como o dos torturados pela nossa ditadura? Mas isso é assunto para outro texto. 

Assad, com toda a sua crueldade e violência, ainda não convenceu o valente Obama a mandar atacar Damasco. teria peito para tanto, ou só chuta cachorros mortos como Kadafi? No fim das contas, os civis líbios apanharam de Kadafi, dos inimigos de Kadafi (orientados pela AlQaeda) e dos aliados de Obama.
A Líbia é, hoje, um país destruído e uma economia falida. Possivelmente sua estrutura política será desmoronada e o país se divida em tribos, como antes. Um ministro alemão esteve por estes dias no país e até já reconheceu o governo rebelde, seja lá ele quem for. Os aliados enlouqueceram, podem estar dando ainda mais força aos terroristas que querem acabar com o Ocidente. 

http://www.wankers.co.nz/2011/05/07/bashar-al-assad/61606-syrias-president-bashar-al-assad-answers-journalists-after-a/

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