Após ajudar a destruir a economia Líbia, assumindo parceria com um dos lados, o dos tais rebeldes (que ninguém exatamente quem são e o que querem), os europeus conseguiram que o TPI-Tribunal Penal Internacional expedisse uma ordem de prisão contra Muamar Kadafi e mais alguns chefes libios.
Os ataques aliados, que já mataram muitos civis e destruíram partes de muitas cidades, em nome da proteção aos civis, são para exterminar o ditador, matá-lo mesmo. Kadafi aprontou muitas e boas ao longo da vida, tendo incentivado o terrorismo durante muito anos. Tem nas costas algumas centenas de mortes de inocentes, em nome da ideologia anti-ocidental.
O que me causa espanto é que o regime sírio de al-Assad, com relações tão próximas com grupos islâmicos terroristas e com o Irã radical, seja apenas advertido. Claro que o drama libio, devido aos ataques das tropas de Kadafi contra os rebeldes e da Otan contra as tropas de Kadafi, é pior, pois já morreram umas 40 mil pessoas, fora as dezenas de milhares que fugiram, enfrentando, inclusive perigosas travessias que, por sua vez, já provocaram centenas de mortes devido aos naufrágios das toscas embarcações superlotadas.
Enquanto isso, em Damasco, Assad finge que quer tratar com a oposição ou com as lideranças civis que pedem melhoras na economia e um pouco mais de liberdade. Mas, de fato, manda os militares investirem contra cidades na região fronteiriça com a Turquia. Disso resultam cerca de 1.500 mortos e dezenas de milhares em fuga para o pais vizinho, tentando escapar da fúria das tropas do governo e dos partidários do ditador.
Os civis sírios valem menos que os civis líbios. Afinal, a Síria pode massacrar o próprio povo, com o apoio do Exército. Isso não mereceu ações mais duras como o ataque ordenado do Brasil, pelo demagogo Barack Obama, contra a Líbia.
O que os aliados estão esperando? De fato, ninguém deveria ter se metido na Líbia. Agora, por que não na Síria?
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