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quinta-feira, 30 de junho de 2011

CHE GUEVARA. CHE. CHER. CHERRY.



Quase acabou passando em branco, mas ainda bem que, olhando os arquivos, localizei esta imagem fantástica de Che Guevara ilustrando um cartaz de uma festa gay promovida em Barcelona, no ano passado, em apoio aos homossexuais cubanos. Quem a postou foi, inicialmente, o Reinaldo Azevedo, a propósito de uma nota que fez sobre a última Parada Gay de São Paulo.

Como na parada foram expostas imagens de rapazes passando-se por santos católicos, numa ofensiva referência à crença alheia, Azevedo recuperou esta imagem (há muitas outras brincadeiras com Che na Internet, é só procurar) e informou também que a filha de Raul Castro, uma socióloga que tenta promover a aceitação dos homossexuais em Cuba, ditadura onde são violentamente reprimidos (duramente seria melhor?) não gostou nem um pouco do uso da imagem do herói cubano dessa forma.

Para ela Che é mais sagrado que um santo católico.  Brincar com os santos católicos pode, né?

Os libertários de araque são sempre assim. Santos podem ser escrachados, mas o Gayvara não? Quanto conservadorismo!

Quem conta a história abaixo é Reinaldo Azevedo:

Che, um homem afetivo

Quem conheceu bem a sensibilidade de Che Guevara foi o cineasta e escritor cubano Henrique Pineda Barnet, que documentou como ninguém os hábitos do “revolucionário”, já que atuou como professor de crianças e adultos em Sierra Maestra. Tinha muitas fotos, que sumiram misteriosamente.

Che levava a sério a sua máxima de que o revolucionário tinha de se transformar numa fria máquina de matar, movida pelo ódio. Punha em prática a sua teoria quase sempre com a vítima vendada, de mãos atadas, nas costas. Não era de seu estilo matar em combate, entendem?

Che gostava mesmo era da “camaradagem viril” no coração das trevas, da convivência testoterônica com a macharia revolucionária. Com os companheiros, era de uma doçura invulgar. Ele entrava com a ternura. Barnet tinha isso tudo documentado. O material foi misteriosamente roubado. Um repórter amigo entrevistou o cineasta certa feita e, numa conversa informal, convidou-o a definir a relação com Che: “Era um coito permanente na selva”. Os cineastas e suas metáforas…     

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