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quarta-feira, 22 de junho de 2011

CNA REAGE A PROJETO NACIONALISTA SOBRE POSSE DE TERRAS. A senadora Katia Abreu criticou duramente "a um nacionalismo que nos assolou nos anos 50 e no auge do regime militar".

CNA DEFENDE LIBERDADE DE INICIATIVA PARA TODOS

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) alerta a sociedade brasileira para o grave retrocesso que representará a proposta em análise pela Advocacia Geral da União (AGU), conforme notícia publicada hoje no jornal O Estado de S. Paulo, de submeter a compra de terras acima de cinco hectares por empresas estrangeiras ou empresas nacionais com controle estrangeiro a um conselho do Governo Federal.

Tal proposta remete o País de volta a um nacionalismo que nos assolou nos anos da década de 50 e no auge do regime militar.

A presença de cidadãos e empresas estrangeiras no desenvolvimento brasileiro é um fato positivo em todos os seus aspectos e deveria ser incentivada e não colocada sob limites ou restrições. Infelizmente, a presente iniciativa não parece ser um fato isolado, já que, há poucos meses, a mesma Advocacia Geral da União ressuscitou uma lei do Governo Médici com o mesmo objetivo.

O agronegócio brasileiro é predominantemente uma obra de produtores brasileiros, mas não podemos deixar de reconhecer que, em importantes setores, como a produção de celulose, de etanol, de laranja e de soja, por exemplo, a presença internacional é relevante, e, neles, a propriedade de grandes extensões de terra é indispensável. Acima de tudo, o agronegócio precisa que se proteja a liberdade de iniciativa para todos.

A terra no Brasil moderno é um ativo produtivo como outros que formam nossa estrutura de produção, sendo inconcebível que lhe seja imposto um regime diferente do que prevalece em todas as demais áreas da economia. Indústrias, bancos, concessões de serviços públicos e companhias aéreas são transacionadas livremente com estrangeiros, sem necessidade de qualquer autorização prévia, como deve ser.

Esse é um avanço ao qual chegamos penosamente, dados os danosos preconceitos arraigados contra a presença estrangeira, que tanto mal fizeram a toda a América Latina.  Essa iniciativa nos alarma porque sinaliza uma perigosa volta ao passado e porque pode reacender as velhas brasas de um fracassado nacionalismo.

Antes que essa infeliz iniciativa torne-se um fato consumado alertamos a sociedade brasileira para o perigo que ela representa e fazemos um apelo ao Governo para que a detenha enquanto é tempo.

Brasília, 22 de junho de 2011

SENADORA KÁTIA ABREU
Presidente da Confederação Da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA

Concordo com a senadora.

Sempre que projetoS despropositados criam dificuldades, os burocratas (e políticos, lobistas, consultores), mais adiante, ganharão alguma coisa gerando facilidades.

O Brasil já está perdendo indústrias que se transferem para o Chile, Paraguai e Argentina, devido aos nossos impostos e taxas exorbitantes.

Agora o governo quer ficar sócio de todos os proprietários de áreas com mais de cinco hectares? Ficaram malucos? Isso somente espantará investidores do Brasil. Já acabouno tempo desse nacionalismo obtuso.

Faço minhas as observações do Reinaldo Azevedo a respeito dessa proposta:

Governo gosta é de estrangeiro homicida; quem investe em terra é suspeito!

Como vocês viram abaixo, o governo quer ser “sócio” de qualquer estrangeiro que compre mais de 5 hectares no Brasil. É um troço escandaloso. Esse negócio de estrangeiro comprando terra e investindo no Brasil é mesmo coisa muito suspeita.

Não que o governo petista não goste de estrangeiros, claro! Gosta. Mas tem de ter pelo menos quatro homicídios nas costas.

Sem isso, faltam-lhes credenciais morais e humanistas para gozar de nossas benesses, não é mesmo, Cesare Battisti?
Por Reinaldo Azevedo

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

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