MACHU PICCHU, 100 ANOS DA DESCOBERTA |
Segundo as contas de empresários do setor turístico, desde 2007 as perdas na região, próxima à importante região de Cusco e Machu Picchu, já ultrapassam a US$350 milhões.
Isso é muito dinheiro para um pais pobre e uma região especialmente distante dos grandes centro urbanos do pais e que depende dos dólares levados pelos visitantes.
Recentemente, segundo a imprensa local, quando houve um tiroteio entre a policia e grevistas ativistas, e morreram cinco pessoas na tentativa de tomada de um aeroporto internacional (Juliaca), os hotéis ficaram vazios.
Desde 2007 já aconteceram seis conflitos graves, com tiroteio e insegurança generalizada na região.
Para muita gente parece apenas uma baderna promovida por lideres trabalhistas que pleiteiam direitos em relação a companhias de mineração. Mas para outros observadores essa instabilidade é muito ruim, pois é na região sul do Perú que o Sendero Luminoso está se reagrupando e crescendo contando, já, com cerca de 600 ou 700 membros segundo especialistas de segurança.
MENINA CAMPONESA DE CUSCO |
Nos anos 80, quando o Sendero estava no auge da prática terrorista, a região de Cusco foi profundamente afetada, com ataques até contra os trens de turismo.
Como a região está desenvolvendo uma estrutura receptiva, com hotéis, restaurantes, circuitos especiais para contato com a rica arqueologia peruana, a insegurança é uma péssima notícia.
Os vinte anos de império do Sendero produziam cerca de 80 mil mortos.
Ao menos 57 mil foram obra dos terroristas de orientação maoísta e muito radicais em suas ações.
A região sul do Peru deu muitos votos a Ollanta Humala, o presidente eleito. Essa insegurança para os investimentos na região e o afastamento dos turistas, uma excelente fonte de renda serão um teste para o eleito. Em 2005 ele perdeu as eleições por ficar muito próximo de Hugo Chávez e sua admiração pelo Sendero.
Ex-coronel do Exército, nacionalista radical, foi assessorado desta vez por petistas que o orientaram a um discurso menos radical, mais manso, tipo “Lulinha paz e amor” de 2002. O Sendero, atualmente, está se envolvendo com o plantio de coca (proteção a camponeses) para produção de cocaína, para fazer dinheiro para a compra de armas, com a assessoria das FARC da Colômbia.
LA SIESTA, CUSCO |
Foi eleito. Mas os investidores internacionais e empresários do Turismo no Peru estão muito apreensivos.
Humala não tem sido claro sobre o que pretende fazer quanto à instável região sul e quanto à volta do Sendero Luminoso.
Este mês as ruínas arqueológicas de Machu Picchu fazem cem anos da sua descoberta no início do século passado.
São importantes demais para terem sua missão cultural e histórica prejudicada por terroristas ou agitações sociais. Já bastam os estragos aos acessos feitos pela Natureza, com as fortes chuvas caídas em janeiro de 201.
( El Comercio, Peru)
ADIÓS A PUNO
Un aspecto que vale la pena subrayar es que lo acontecido en la ciudad junto al lago Titicaca no se agota con los US$100 millones perdidos por la industria o el riesgo de que dicha ciudad deje de figurar en los catálogos de viaje. A la fecha, hay al menos dos cadenas hoteleras que han postergado su inversión en la zona, amén de otra que asume que es factible no considerar al destino en el circuito sur que promociona a sus clientes.
Manuel García, gerente general de Hoteles San Agustín, apunta que cuentan con un terreno en el Altiplano desde hace cinco años, pero que así como están las cosas han decidido invertir mejor en Arequipa (dos hoteles) y en el Cusco (ampliación del establecimiento en el Valle Sagrado) y Paracas (un destino con menos productos turísticos que Puno, pero con más paz social). “A Puno también le juega en contra que por hoy ya tiene suficiente oferta hotelera”, añade García.
Del mismo criterio es Gabriel Álvarez, gerente general adjunto de Aranwa Hotels Resorts & Spas, cadena que también ha decidido enfocarse en Paracas y Arequipa, pese a que ha comprado una plaza en Puno, espacio que no desarrollará “por el momento”.
Juan Stoessel, de Casa Andina, es aun más pesimista respecto de las inversiones en esta rama del circuito sur: “yo creo que es casi imposible que alguna cadena internacional apueste por Puno, con todos los discursos radicales que hay y que califican como negativas las inversiones de afuera. Más bien comenzarán a aparecer inversiones que servirán para lavar dinero del narcotráfico y crecerá la informalidad”.
¿Y LOS RESPONSABLES?
“Puno no es el Perú”, dice Alejandro Páez, experto en turismo de la universidad ESÁN. “Pero hay un papel que le corresponde al Estado para garantizar la seguridad en destinos donde hay conflictos o puede haberlos, y esa tarea está en debe”, afirma. A criterio de Páez hay una falta de credibilidad respecto del trabajo que sustenta la marca país, un signo que con los conflictos se desdibuja.
Fotos: Gutenberg J.
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