No Brasil essa parece ser uma rotina aterrorizante. A pessoa desaparece. Por dias ninguém sabe onde foi parar. Depois alguém acha o corpo. Foi assassinada a tiros. Quem a matou? Por quê?
No Rio de Janeiro a coisa parece atingir níveis especiais. Afinal, o que leva, no caso, policiais, homens da lei, a agirem como vingadores, pistoleiros solitários, ou esquadrões da morte, espalhando a dor e a desesperança entre a população?
O que encoraja tais pessoas a apertar o gatilho tão rápido, tantas vezes, e com tanto desamor ou crueldade?
Por que alguns policiais estão sempre metidos em supostos tiroteios com bandidos, nem sempre testemunhados por simples mortais?
Por que alguns policiais estão sempre metidos em supostos tiroteios com bandidos, nem sempre testemunhados por simples mortais?
O garoto Juan, de 11 anos, desapareceu em junho. Dias depois foi encontrado um corpo, há quilometros de distância, que seria o dele. Informaram ser de uma menina. Erro de perícia. Seria mesmo o corpo de Juan. Teria ficado entre policiais e bandidos, em um tiroteio. Agora já não é mais isso. Foi simplesmente assassinado. Pronto. Um tiro no pescoço? Por quê?
Por que, no caso do Rio de Janeiro, entre tanta propaganda de Upps e fantasias de combate ao crime e lero-lero do governador Cabral, a coisa toda parece tão descontrolada?
Como um policial deixa de lado o seu treinamento, o seu código de conduta, a lei e torna-se um pistoleiro, um marginal, um vingador? Mas o que pensa estar fazendo um sujeito armado pelo Estado quando executa crianças de 11 anos de idade?
1. Sensação de impunidade? Não vai dar em nada mesmo...
2. Sensação de limpeza do meio ambiente? Como se fosse um nazista ou um comunista eliminando um adversário visto como uma praga?
3. Sensação de poder? Como se fosse um tipo de deus?
4. Sensação de segurança pelo apoio do grupo? Um forte corporativismo que passa por cima das leis?
5. Sensação de cansaço de fazer as coisas direito e sem resultados aparentes? Como se tentasse segurar um oceano na concha das mãos?
6. Sensação de prazer em matar? Como se fosse um predador poderoso?
Poderíamos fazer uma lista imensa de possibilidades. Mas quando isso acontece com a frequência registrada pelo noticiário algo está errado.
Na verdade não se pode colocar a responsabilidade de tudo sobre os policiais, ou sobre os policiais realmente culpados. Claro, os culpados são culpados, mas parece que há uma certa tolerância geral com a transgressão.
Uns acham que podem consumir drogas por ser um "direito" de usar o que quiser no corpo. Outros acham que punir severamente criminosos não adianta,é precisa passar a mão na cabeça, pois o "sistema" é que é problemático.
Outros, que apóiam a molezinha com os bandidos e às vezes usam um fuminho, gostam de desfilar na orla com faixas pedindo justiça, paz, coisas vagas. Mas eles também não colaboram com as coisas erradas no seu dia a dia? Não cometem suas transgressões? Muitos deles não gostaram do filme Tropa de Elite (I) exatamente pela crítica que receberam. Outros negociam votos com a bandidagem e o "direito" de subir o morro para catar eleitores.
Em suma, num lugar em que parece que ninguém acredita nas normas, nas regras, nas leis para valer, porque todo mundo acha que pode tirar alguma vantagem, então tudo vai muito mal. Temos lido sobre como andam as coisas na política em Brasília e no Rio de Janeiro. O que um cidadão comum pode pensar ou fazer?
Outro dia bombeiros invadiram um quartel. Não me importa seus motivos. Isso é um motim. O que fez o governador? Esbravejou, com razão. O que fizeram os políticos? Anistiaram os que se amotinaram. O que fez o governador, novamente? Nada, concordou. Passou a mãozinha onde outros passaram a borracha. Isso é correto? Todos viram as cenas dentro do quartel.
Ficar quieto, condenar, fazer igual. Essa cultura da frouxidão é que nos leva ao fundo do poço. Os policiais como os demais cidadãos.
No caso do Rio de Janeiro, apenas uso o exemplo devido à morte de Juan, não estaria na hora dos que ocupam cargos elevados honrarem isso e começarem a dar exemplos de comportamento ao povo? Afinal, o exemplo não deve vir de cima? Poderíamos lembrar de Brasília e dos péssimos exemplos do ex-presidente Lula sempre afagando aloprados. Onde chegaremos com esse comportamento?
Enquanto autoridades arranjarem desculpas esfarradas para seus crimes, falcatruas, sacanagens com o dinheiro público, como esperam que ajam policiais, bombeiros, contribuíntes?
NÃO ADIANTE VIR COM PAPINHO DE CÓDIGO DE ÉTICA
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