A primeira e a última edição. 168 anos de vida. |
Criticado por representar um tipo de jornalismo considerado popular e sensacionalista, o jornal britânico News of The World termina neste domingo sua vida, com uma tiragem superior a dois milhões de exemplares. Não está morrendo por falta de vendagem ou de anunciantes, como tantos jornais mais sérios pelo mundo afora nestes tempos de Internet.
Não foi a concorrência com meios mais rápidos como a TV e a Internet que matou News of The World. Foi a sua falta de limites para obter informações, fazendo com que um grupo de dirigentes e jornalistas sem ética, aliados a investigadores sem escrúpulos, começassem a coletar informações de modo ilegal, por meio de grampos telefônicos.
Isso gerou uma série de problemas para o jornal que acabou pressionado e, agora, após alguns anos de problemas com a Justiça, o dono Murdoch, resolveu fechá-lo. Pelo visto, um grupo estava utilizando o jornal para chantagear pessoas e bisbilhotando artistas, políticos e até membros da família real inglêsa.
O que matou o News of The World não foi o sensacionalismo, pois o jornal tinha imenso púbico, e nem o fato de ter um talhe popular. Foi ter avançado o sinal vermelho e entrado no campo do crime. Isso matou o velho periódico.
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