Pois é, com um certo atraso, mas ainda oportuno.
A imprensa gastou boa energia para discutir a suposta frase da cantora Sandy sobre sexo anal dita à revista Playboy, edição de agosto.
Afinal, Sandy é chegada ou não ao sexo anal? Assim mesmo que o assunto foi tratado pela imprensa em geral e a chamada mídia de "celebridades".
E o que nós outros, mortais temos a ver com isso? O que Sandy faz, faria, fez ou fará entre quatro paredes é problema dela.
De fato, logo em seguida ao impacto inicial da frase e das manifestações a favor e contrárias à liberdade de expressão e de comportamento da cantora, a coisa toda se esclareceu: Sandy disse que não trata desses assuntos privados em público. E faz muito bem. Isso é problema dela.
E qual foi a frase que ela disse à Playboy?: ..."é possível ter prazer com sexo anal"...
Quando publicaram que ela teria dito que gostava ela reclamou e disse "tiraram a frase do contexto". E ela tinha total razão. Não é necessário nem o contexto para entender o que ela disse: "... é possível"...
Isso não significa que ela tenha tido a tal experiência. Ela pode ter ouvido de alguém sobre isso. Ninguém precisa experimentar LSD para saber se provoca alguma alucinação. Alguém pode dizer, com base no que se conhece sobre a droga: "um usuário pode ter alucinações". Não é necessário que se experimente para saber disso.
É diferente de perguntar: você já usou ou fez isso? O que achou da sua experiência?
Bem, porque estou gastando o seu tempo, caro leitor, com a questão do sexo anal na frase de Sandy? Porque isto dá uma medida dos tempos em que vivemos.
Ninguém quer saber mais sobre valores, bons exemplos, o que ela teria lido e que teria sido importante em sua vida. Não. Nada disso interessa. O quanto ela se esforça para ensaiar, a disciplina exigida de uma artista. Isso também deveria servir de exemplo aos mais jovens.
Eu, de minha parte, acho que, no fundo, tudo foi apenas uma questão de estratégia de Marketing para ajudar a vender a edição da Playboy de agosto, a edição histórica de 35 anos em que novamente surge a Adriana Galisteu.
A própria Galisteu já venderia, por si mesmo. Mas a presença de Sandy, com sua eterna aparência angelical e inocente tratando de assuntos apimentados também ajuda não? Tanto que por alguns dias o Brasil quase parou para tratar do assunto.
Vejam que em Brasília há sinais de que nunca houve tanta corrupção, tanta roubalheira, tanta falta de vergonha na cara. estamos aprendendo que o que interessa é ganhar um pedaço de ministério e encher o cofre com o dinheiro público.
Mas isso quase que ocupa menos espaço que o suposto sexo anal de Sandy. Porque somos tão desleixados com a vida política? Bem, isso é assunto para outro texto.
Vejam que em Brasília há sinais de que nunca houve tanta corrupção, tanta roubalheira, tanta falta de vergonha na cara. estamos aprendendo que o que interessa é ganhar um pedaço de ministério e encher o cofre com o dinheiro público.
Mas isso quase que ocupa menos espaço que o suposto sexo anal de Sandy. Porque somos tão desleixados com a vida política? Bem, isso é assunto para outro texto.
Não sei porquê Sandy precisaria mudar de imagem, querendo parecer algo não é ou parece não ter sido. Qual a razão de ocupar o lugar de Paris Hilton na propaganda da cerveja Devassa, por exemplo?
Talvez apenas por isso mesmo. Puro Marketing. Como Sandy, creio, sempre passará a imagem de boa moça, por pior que faça, talvez isso é que seja interessante: brincar com a possibilidade de que alguém acredite que ela, de fato, possa ter passado para o outro lado. O lado do Mal.
Isso é possível? Então seria aconselhada a aparentemente transgredir para ocupar o imaginário e brincar de alteração da própria imagem.
Na realidade, pelo comportamento, pelo afastamento de escândalos, pela ausência de noticiário negativo sobre ela, o que parece atrair as pessoas é a possibilidade do paradoxal, isto é, como teria feito sexo anal aquela que mais parece fazer sexo anual?
De qualquer forma continuaria a ser problema exclusivamente dela.
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