02 AGOSTO 2011
Breivik esteve várias vezes na Belorússia, aí recebendo treinamento terrorista da seção local da FSB (Agência de Segurança do Estado).
A facilidade com que o comentário político se deleita em miudezas, deixando de lado o essencial, impõe a quem compreende a gravidade do fenômeno a obrigação de avisar ao distinto público que aquilo que hoje lhe vendem como jornalismo é na verdade um produto novo e distinto, com finalidade inversa à daquilo que uma geração atrás se consumia sob essa denominação.A palavra "notícia" vem do verbo "notar", que quer dizer captar, apreender, perceber. Quando as notícias que você recebe de vários canais vêm com conteúdo uniforme e num tom acachapantemente idêntico, é claro que elas não expressam a percepção humana, variada e individualizada por natureza, e sim um trabalho de engenharia, um molde prévio imposto aos fatos, não para refleti-los e sim para substituí-los.
O caso dos atentados em Oslo é exemplar, sob esse aspecto. Informações flagrantemente erradas disseminaram-se pelo mundo em poucos minutos, num tom de certezas universalmente reconhecidas, ao passo que seus desmentidos só vieram aparecendo aos poucos, um aqui, outro ali, sem força de rechaçar a massa homogênea de falsidades que, como a "bolha assassina" do famoso thriller, já havia engolido multidões inteiras. Atentados terroristas, convém repetir, nunca são a finalidade de si mesmos.
Estão sempre inseridos em alguma estratégia geral que, por meios políticos e midiáticos incruentos, prepara o seu advento e colhe (ou produz) os seus resultados. A destruição física deve ser precedida e seguida de empreendimentos de demolição moral ou chantagem política que transfigurem a mera carnificina em vantagem política concreta.
Só para dar dois exemplos clássicos, o 11 de setembro apoiou-se numa década inteira de propaganda anti-americana crescente e em seguida conseguiu inverter a impressão inicial de horror ao terrorismo, transformando-a numa onda mundial de ódio aos EUA (v. http://www.olavodecarvalho.org/traducoes/ terrorism2.htm); na Espanha, menos de 24 horas depois do atentado de 2004 já estava nas ruas uma gigantesca manifestação popular, não contra os terroristas, mas contra... o governo conservador do primeiro-ministro Aznar (v.http://www.olavodecarvalho.org/semana/040325jt.htm).Mas nem precisaríamos ir tão longe: no Brasil, entre 1964 e 1988, cada bomba, cada roubo de armas, cada sequestro foi seguido de intensa propaganda baseada no slogan de que a culpa desses crimes não era de seus autores, e sim do governo que combatiam. A lenda dos "jovens idealistas em luta contra a tirania" veio a render seus frutos com o retorno maciço dos comunistas ao país e sua irresistível ascensão ao poder (http://www.olavodecarvalho.org/semana/110428dc.html). Cito os meus artigos anteriores para enfatizar a continuidade das análises que venho fazendo, capítulos aliás de um estudo de muitos anos sobre o fenômeno da mentalidade revolucionária.
Ora, no caso norueguês a única campanha de propaganda que se observou foi voltada contra o próprio terrorista, mas associando-o a evidentes bodes expiatórios, os sionistas e os cristãos conservadores. A regra áurea, na análise de atentados terroristas, é: veja contra quem vai a campanha que se segue, e entenda que a autoria do crime vem necessariamente da direção oposta.
O próprio Anders Behring Breivik deu-nos uma indicação preciosa ao declarar, no seu Manifesto, que não era um cristão, mas apenas um darwiniano persuadido de que a civilização cristã Ocidental era evolutivamente superior às outras. Isso não apenas desmentia a versão oficial da "grande mídia", mas alinhava decididamente Breivik no padrão ideológico da Nouvelle Droite Francesa, materialista e evolucionista, chefiada por Alain de Benoist.
E outra coisa que os iluminados comentaristas políticos não sabem é que a Nouvelle Droite é uma aliada incondicional... do "projeto Eurasiano" de Alexandre Duguin e Vladimir Putin!
Baseado nessa informação, anunciei no meu programa True Outspeak, de 27 de julho último, que, por trás de
todas tentativas perversas de inculpar sionistas e cristãos, a verdade não tardaria em aparecer ostentando na testa um rótulo de três letras: K,G,B, ou, em versão modificada pela enésima vez, F,S,B.
todas tentativas perversas de inculpar sionistas e cristãos, a verdade não tardaria em aparecer ostentando na testa um rótulo de três letras: K,G,B, ou, em versão modificada pela enésima vez, F,S,B.
Não tardou nem 48 horas: sexta-feira, 29, recebi da minha amiga romena Anca Cernea esta notícia da agência russa RiaNovosti: Breivik esteve várias vezes na Belorússia, aí recebendo treinamento terrorista da seção local da FSB (v.http://en.rian.ru/world/ 20110728/165436665.html).
É verdade que aí ele teve também contato com um "extremista de direita", Viacheslav Datsik, mas Datsik, preso na Noruega por contrabando de armas, acabou confessando que trabalhava para a FSB.
Para tornar as coisas ainda mais claras, Breivik, no seu Manifesto (v. http://www.asianews.it/news-en/Russia-as-the-mass-murderer%E2%80%99s-political-model-22193.html) declara
que o alvo ideal de sua luta seria substituir a estrutura política europeia, que ele qualifica de "disfuncional", por um modelo de democracia autoritária "similar à da Rússia" (sic).
que o alvo ideal de sua luta seria substituir a estrutura política europeia, que ele qualifica de "disfuncional", por um modelo de democracia autoritária "similar à da Rússia" (sic).
E, de quebra, faz os maiores louvores a Vladimir Putin.
Completando o quadro, o interesse russo em desestabilizar o governo norueguês é o mais óbvio possível: a Noruega é o único concorrente da Rússia no fornecimento de gás ao continente europeu - quer dizer, o único obstáculo que se opõe ao sonho de Vladimir Putin, de um dia colocar a Europa de joelhos mediante a simples ameaça de fechar a torneira.
TEXTO REPRODUZIDO DO SITE MÍDIA SEM MÁSCARA:
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BREIVIK TREINOU EM CAMPOS PARAMILITARES DA BELORUSSIA
Norway’s twin terror suspect Anders Behring Breivik trained at a secret paramilitary field camp in Belarus earlier this year, a Belarusian opposition politician said on Thursday, citing security sources.
“Breivik visited Belarus several times. This spring, as part of his preparations for his twin attacks, he visited Minsk, where he underwent training at a secret paramilitary field camp,” Mikhail Reshetnikov, the head of the opposition Belarusian Party of Patriots, told the Gazeta.ru online newspaper.
He cited sources within Belarus’s “security organs.”
Breivik, 32, has admitted to carrying out a bombing in Oslo, which killed eight, and a mass shooting at a Labor Party youth camp on the nearby island of Utoya, which left 68 dead. He has not accepted criminal responsibility, however, saying his actions were "atrocious but necessary" measures intended to "save Norway and Western Europe" from a "Muslim takeover."
Breivik mentioned in his online manifesto visiting Belarus to study the effects of fallout from the 1986 Chernobyl nuclear disaster. The former Soviet republic’s state border agency has confirmed he was in Belarus from March 4 to March 11, 2005.
Reshetnikov also claimed Breivik had participated in “sabotage-terrorism drills” under a former Belarusian special service officer and that he had used a fake passport to enter Belarus.
“His codename in Belarus’s KGB was Viking,” he added. “Rumors say he also had a girlfriend in Belarus.”
“The theory that Belarus’ special forces were involved in training Anders Breivik seems, of course, far-fetched,” political expert Viktor Demidov was quoted by Gazeta.ru as saying.
“On the other hand, [Belarusian] President Alexander Lukashenko’s friendship with Muammar Gaddafi is no secret - neither is his fondness for Adolf Hitler.”
Norway is taking part in NATO operations in Libya and Gaddafi has threatened attacks against Europe.
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EM SEU MANIFESTO BREIVIK ELOGIA PUTIN E VÊ RÚSSIA LIDERANDO A LIBERAÇÃO DA EUROPA
07/25/2011 19:21
RUSSIA – NORWAY
Russia as the mass murderer’s political model
In his 1,500-page manifesto, Breivik is full of references to Russia. He sees Putin as a “potential” friend for a European revolution. For Putin’s spokesman, his are the “ravings of a madman”.
Moscow (AsiaNews) – Russia not only expressed its solidarity and extended its condolences to the Norwegian government for the 90 and more victims killed in Oslo and Utoya Island last Friday, but also rejected any association with Anders Behring Breivik, the man who carried out the massacre.
In his long manifesto, which he posted online under an anglicised version of his name (Andrew Berwick), the 32-year-old mass murderer laid out his plans, citing Russia as an example of a nation that a Europe “liberated” from NATO rule and the alliance with the United States must join in order to halt the progress of Islam. In it, he describes Russian Prime Minister Vladimir Putin as a “potential” friend and ally for his behind-the-scene subversive plan.
Interviewed by the daily Kommersant, the Russian prime minister’s spokesman Dmitri Peskov called Breivik “the devil incarnate”, describing his words as the “ravings of a madman.”
In Norway, the authorities have not yet verified the authenticity of Breivik’s manifesto, but his attorney has already referred to it. In it, the terrorist has called for a European revolution to liberate the continent by 2083 from multiculturalism, Islam and many wrong ideas that according to him are destroying Europe’s roots. In his document, Breivik pays homage to new Christian militias inspired by the Templar Order. In it, he sees Russia playing a primary role.
In talking about the new ways to promote a “patriotic” and “cultural conservatism”, he cites ‘Nashi’ (Ours), a pro-Putin Russian nationalist youth movement that promotes extremism and is often involved in violent action against civil society groups that are critical of Russia’s current government.
“The destiny of the European peninsula cannot be separated from continental Russia, for both ethno-cultural and geopolitical reasons,” the text said. “ It’s absolutely imperative for America’s mercantile thalassocracy (naval supremacy, in either military or commercial senses of the word) to prevent the birth of the culturally and ideologically confident European Federation.”
The goal is to set in motion coups across Europe backed by a military and nuclear power like Russia to stop any action by the United States or NATO.
Bur Russia is not only a potential ally but also a political model to emulate. In ‘A European Declaration of Independence,’ the author writes, “the dysfunctional mass-democracy will be replaced by an administered form of democracy similar to that of Russia”. For him, the model to build is a form of authoritarian democracy epitomised by Russia’s “controlled democracy”, which Putin has been constructing since he became president in 2000.
The Russian prime minister is among the people cited as having understood which way the West is going if Islam is not stopped. “Even the ] Russian president, Vladimir Putin knows exactly what is going on as he has publicly stated in the past: Western Europe is heading in a direction where they are going to become colonies of their former colonies”.
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