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domingo, 14 de agosto de 2011

CAMILA VALLEJO, A BELA REBELDE DO CHILE. Mas que defende tontices, como qualquer socialista. Eles sempre têm a receita para um mundo melhor e feliz. Nem que tenham que destruir o país inteiro.

Foto: La Tercera
Quando Camila Amaranta Vallejo Dowling fez dois anos de idade, ela começou a viver no longo período de 20 anos em que o Chile foi governado por La Concertatión, de 1990 até 2010.

Tempo de pleno regime democrático no Chile.

Nesse longo período, em que Camila de usar faldas passou a uma bela estudante universitária, o Chile teve  já cinco presidentes, todos democraticamente eleitos.

Foram: Patricio Aylwin (1990 a 1994); Eduardo Frei (1994 a 2000); Ricardo Lagos (2000 a 2006) e Michelle Bachelet (de 2006 a 2010).

Longos 20 anos em que o Chile fez as depurações que a esquerda no poder achou necessárias, todas elas com a mesma Constituição com a qual governa, após todo esse tempo, o quinto presidente eleito em 2010, o milionário conservador Sebastián Piñera, o atual chefe do Executivo.

Foi o suficiente para a esquerda, passado pouco mais de um ano, resolver questionar a Política de Educação de Piñera, sob a alegação de que ela está sob a influência do tempo de Pinochet!

Que absurdo, Pinochet deixou o governo em 1990, após 15 anos de Ditadura. E Piñera nada tem com aquela ditadura.

A esquerda esteve no poder por 20 anos, cinco a mais que Pinochet, de 1990 a 2010, quando foi derrotada por Piñera. O mesmo povo que colocou la Concertatión no Poder, durante 20 anos, a retirou em 2010.

Isso é democracia. E a Constituição sempre serviu a todos os presidentes. Agora tornou-se um problema. É como se no Brasil houvesse ganho a eleição o José Serra e ele fosse questionado e houvesse protestos por ele governar com a Constituição que serviu a FHC por  8 anos, e a Fernando Collor de Mello. Mas a mesma Constituição serviu muito bem a Lula em seus oito anos de mandato.

E agora, aquela que com dois anos de idade, em 1990, pois nasceu em 1988, Camila Vallejo, como é conhecida, tornou-se em 2010 líder máxima dos estudantes chilenos e questiona a Constituição do País, como se os 20 anos de la Concertatión não houvessem existido.

O que os esquerdistas deixaram de fazer que querem cobrar agora de Piñera? A vida toda (20 em 22) Vallejo viveu dentro do espírito de La Concertatión e, repentinamente a Constituição não serve mais. Mas para a maioria da população chilena que não elegeu o indicado por Bachele a Constituição continua servindo. Esse é o problema da esquerda. Quando ela ganha, o povo é sábio e bom e belo.

Quando o mesmo povo (pois é necessário maioria), elege outro, de outro grupo, então é idiota, manipulado, são os conservadores, etc... Uma vergonha! Na visão socialista, povo bom é o que faz o que eles querem. Sempre. 
Repentinamente a esquerda descobriu problemas na Constituição chilena de 1990? Quanto cinismo e quanta hipocrisia.

E se o candidato esquerdista houvesse ganho e não Piñera, qual seria a missão partidária de Vallejo? Sim, pois esses militantes cumprem funções e tarefas designadas pelos comandos partidários. As entrevistas dela são cheias dos chavões de esquerda sobre justiça social, igualdade, gratuidade e benefícios, igualzinhas ao que falam aqui seus priminhos da esquerda brasileira, alguns mais velhinhos, claro, porque no Brasil liderança estudantil é para "tiozinhos" acima dos 25 anos de idade.

Deve ser para que sejm bem madurinhos nas suas falas e atos! Mas parecem não aprender nunca. Se houvesse uma pílula falante que ensinasse a todos a mesma fala, eles a teriam tomado. Nada mais previsível do que a cantilena esquerdista. 


O discreto charme da burguesia revolucionária
Imagem: Cooperativa.Cl

Agora a bela, belíssima Camila usa a sua carinha de anjo, que a favorece grandemente em fotos e vídeos, e protesta contra a política educacional de Piñera como se ele fosse uma extensão dos tempos de Pinochet. Nada contra a beleza dela, cada um com a cara que Deus  lhe deu. E ela que faça bom proveito, inclusive político, da sua.

A esquerda só aceita disputar eleições se ganhar. Se perde, após ocupar o poder por vinte anos, descobre que a Constituição, que serviu para eles, agora não serve mais.

Transformaram a vida de Piñera e do Chile em um inferno. E pouco importa se, em uma época difícil como a atual, com problemas econômicos de abrangência global, as badernas trouxerem prejuízos ao País, às empresas, aos cidadãos. O negócio é desestabilizar o governo. Isso que é patriotismo. Manter a estabilidade econômica, as coisas funcionando é para conservadores que acreditam na ordem, ou para aqueles tontos que acreditam em lealdade para com a cidadania. Nunca se esqueçam de que, para a esquerda, os fins justificam os meios. Só ocupar o Poder é o que importa. Não há preço alto. A Histórioa acumula já mais de 150 milhões de vítimas e o preço ainda parece baixo para eles. Hitler não passou nem perto disso.

Camila Vallejo, pelo jeito, deve ser de alguma família classe média ou classe média alta do Chile e, portanto, como os classes médias ou ricos da USP, socialista. Claro! É sempre assim.

Apenas jovens ricos podem ser dotados do que se chama consciência social. Só eles sabem as receitas do que é bom para o povo. Todo libertador social tem um pequeno Stálin dentro de si. Ou um Fidel, ou um Che. Tão malignos quanto.

Na verdade, com ou sem Camila, a esquerda quer é perturbar o cenário político para impedir que Pinera faça um sucessor, uma vez que, no Chile, a reeleição não existe. Para a esquerda, o lema sempre foi: "quanto pior, melhor". E, se não está pior, eles ajudam a fazer acontecer.


REPRODUZO, A SEGUIR, TEXTO DE REINALDO AZEVEDO SOBRE
AS AGITAÇÕES NO CHILE E NA INGLATERRA:


10/08/2011

Santiago, Londres
REINALDO AZEVEDO

Há dois meses estudantes liderados pela extrema-esquerda chilena, disfarçados de geração Facebook - gente que só estaria querendo se expressar… - promove o caos na educação do país. Ganharam a adesão de sindicatos de professores, de mineiros e por aí vai. O que é mais notável nisso tudo? A economia não piorou sob o governo do “direitista” Sebastián Piñera, e as regras vigentes na educação são as mesmas que vigoravam durante os sucessivos governos socialistas pós-democratização. O Chile segue sendo um dos países mais organizados do continente. Então o que mudou?

Há um governo “de direita” no país, eleito democraticamente, segundo a vontade da maioria da população, e isso as esquerdas, “democraticamente”, não aceitam. E qual é a forma que têm de expressar o seu descontentamento? Invadindo universidades, tomando emissoras de televisão, promovendo quebra-quebra, incentivando o confronto com a polícia.

É preciso demonstrar que Piñera lidera um governo que “bate em trabalhadores e estudantes” - um legítimo herdeiro de… Pinochet! Há a firme determinação de inviabilizar sua administração, empurrando-o para a defensiva. O Chile não tem reeleição, e o mandato é de apenas quatro anos. Se uma coalizão de esquerda vencer a próxima disputa, o ânimo contestador arrefece. O objetivo é demonstrar que “a direita” pode até disputar eleição, mas não ganhar.

De Santiago, vamos a Londres e outras cidades da Inglaterra. Vândalos tomam as ruas, roubam as pessoas à luz do dia, incendeiam carros e prédios, depredam estabelecimentos comerciais, espalham o pânico e o caos. E isso acontece justamente na mais cosmopolita das capitais européias, a mais tolerante, a mais multiculturalista. O que eles querem? A vigarice sociológica tenta entender e justificar o suposto mal-estar: bolsões de pobreza, falta de perspectiva para a juventude, uma Europa estagnada… Na Paris de 2005, falavam-se as mesmas porcarias - um dos jornais que viam uma causa social de fundo no caos era o… Guardian!

Há um fenômeno curioso em curso. Aqui e ali, os ditos “jovens” pretendem brincar de “Praça Tahir”, uma alusão ao local que virou símbolo da derrubada do governo de Hosni Mubarak, no Egito. Ora, aquele país era - é ainda! - uma ditadura. O mesmo se diga das demais nações árabes que assistiram ou assistem ao levante da população. Eu estou entre os céticos, como sabem. Infelizmente, não creio que seja exatamente democracia o que se pede nessas nações. De todo modo, o povo vai à rua, morre e mata no confronto com uma tirania. São sociedades que não estabeleceram canais institucionais para a expressão das diversas vontades. Se a resistência se organiza, o único caminho é a violência.

Chile e Grã-Bretanha são democracias representativas sólidas. As instituições funcionam. O sistema oferece os canais para a intervenção da população nos destinos do país. Ocorre que há certa esfera de especulação contra a ordem democrática mundo afora - e a imprensa ocidental, o que é patético, tem tratado com indiscreta simpatia esses “movimentos” porque vê neles um suposto frescor juvenil, oposto às instituições que estariam carcomidas pelo velho jogo de interesses da política tradicional.

Ocorre que é justamente a “velha ordem democrática” que guarda os fundamentos dos direitos individuais, da liberdade de expressão, do respeito ao outro, das garantias contra o arbítrio do estado. Autoritários de diversos matizes - fascistas de esquerda ou de direita - sabem que esse regime é seu pior inimigo. Ora, se são obrigados a se organizar, a dizer com clareza o que pretendem, a ter o aval de milhares ou de milhões de pessoas para que possam ver aprovada a sua agenda,  o mais provável é que sejam derrotados pela maioria. Então tentam se impor pela violência. E tratam governos eleitos democraticamente como se fossem uma ditadura de Mubarak ou de Bashar Al Assad.

Notem bem: não vejo o risco de o baguncismo de Londres ou se Santiago se espalhar, numa espécie de grande Internacional da desordem ou coisa assim. Meu ponto é outro. Incomoda-me é o esforço dos ditos bem-pensantes para “entender” e, às vezes, justificar ações fascistóides, autoritárias, que agridem direitos fundamentais dos indivíduos - no Chile ou na Inglaterra, ainda que com graus distintos de violência. Incomoda-me que o exercício pleno da democracia - a exemplo do debate havido no Congresso americano sobre a ampliação do limite da dívida - seja tratado como matéria de lesa democracia porque, afinal, “a direita republicana” está se comportando como… direita republicana, ora essa! Lá chegou ungida pelo voto e se comporta nos limites da Constituição!

É muito próprio do fascismo de esquerda antepor intenções a fatos - ou por outra: usar os belos propósitos (justiça, igualdade, direito à contestação) para justificar a violência e a transgressão das normais pactuadas. Não, senhores! Não há nada de novo ou de juvenil na violência contra a ordem democrática. Isso é tão velho quanto, sei lá, a Berlim de 1930.

Como resolver? Há que se dar aos vândalos de Santiago ou de Londres - ainda que aparentemente distintos, mas iguais em essência - aquilo que faltou dar com a devida energia à súcia da velha Berlim: a democracia de uniforme, também chamada “polícia”. Que o cassetete democrático cante no lombo da canalha que quer se impor pela força. Não que eu nutra hoje grande simpatia pela figura, mas Nicolas Sakozy, então ministro do Interior, viu a violência explodir em Paris em 2005. Ele ofereceu aos “revoltosos” o que a população francesa pedia democraticamente que oferecesse: imposição da ordem. Foi eleito presidente.

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