SENADOR QUER A PUNIÇÃO DOS USUÁRIOS DE DROGAS. ESTA CORRETO. |
O senador Sérgio Souza (PMDB-PR) apresentou no final de dezembro Projeto de Lei que estabelece multas para portador ou usuário de drogas ilícitas.
Para o senador, o usuário é também um dos responsáveis pelo tráfico. Ele tem toda razão.
Essa é a tese do filme Tropa de Elite (I) (muito melhor que o II, quando o diretor já mudou de ponto de vista e assumiu uma linha esquerdista). É preciso dificultar o acesso às drogas.
Há os jovens, e há seus pais.
Muito do que os jovens fazem, depende daquilo que ouviram antes de seus pais, ou de suas atitudes perante a vida, de seus valores que pregam e praticam. O ser humano é dotado de uma característica presenta na Natureza, mas que tem um peso muito grande na Cultura e sobre o Comportamento: a capacidade mimética. Os jovens tendem a copiar seus modelos.
A curiosidade é natural nos animais, especialmente importante nos humanos. Isso significa que a tentação de experimentar alguma droga poder ser forte. O que evita isso? Valores. Jovens bem preparados não precisarão experimentar qualquer coisa para saber que aquilo é ruim.
Muitos dos movimentos ativistas contemporâneos têm uma natureza comportamental, isto é, querem proibir que a sociedade crie entraves a diversas experimentações para que os jovens mergulhem de cabeça. Isso interessa, por exemplo, aos traficantes, aos ativistas socialistas, aos ativista do homossexualismo.
Por tal motivo combatem a discussão pública de valores. Querem calar quem pensa diferente. Isso facilitará a condução dos jovens.
Uma sociedade permissiva, sem valores, sinaliza aos jovens que tudo é liberado. E, durante algumas gerações do pós-guerra, a Psicologia estimulou passar a mão na cabeça de delinqüentes e infratores. Isso é errado. Não se trata de aplicar espancamentos, mas impor limites. Uma das maiores idiotices pós-modernas, sempre presente em jornalismo vagabundo e livros de auto-ajuda é o tal “direito de ser feliz”.
Ninguém tem ou deixa de ter direito de ser feliz. Nós vivemos, ora nos sentimos bem, em outros momentos tristes, ora felizes, ora infelizes. São sentimentos, sensações. Garanto aos leitores que nem em todos os momentos de suas vidas os cidadãos famintos da Coréia do Norte sentem-se infelizes.
Provavelmente alguém fica alegre porque conseguiu um pedaço de carne, noutro momento viu o sorriso de seu filho pequeno pela primeira vez. Nem no meio da seca, do flagelo da seca, uma pessoa deixará de ter, por momentos, alguma felicidade. Como nem tudo poderá ser ódio.
Não há lei e nem decreto que garanta a felicidade. Essa abordagem moderna, pela sociologia, que alimenta legisladores idiotizados em busca de enfiar felicidade pela goela dos cidadãos é bem um sinal da queda civilizacional que tivemos nas últimas décadas.
Costumo dizer aos meus alunos que não é preciso levar o empirismo tão a sério. Nem sempre o empirismo é um bom guia. Há coisa que não precisamos fazer praticamente para sabermos que são erradas, reprováveis ou más. O ser humano é dotado de inteligência, emoções e capacidade dedutiva, deveria usá-las com maior frequência.
As pessoas precisam ser contrariadas, precisam encontrar limites, precisam saber que nem tudo é bom, belo e permitido. Caso contrario, estaremos criando pequenos monstros auto-centrados. Quando escuto defensores da liberação das drogas, alegando seu pretenso direito à auto-destruição, fico triste, muito triste. E o fazem com arrogância extrema.
ATIVISTAS PELA LIBERAÇÃO DAS DROGAS CONDUZEM OS JOVENS À MORTE. SÃO OS FLAUTISTAS DE HAMELIN DA ATUALIDADE |
O curioso é que, por aqui, todos os que defendem a liberação ou descriminalização das drogas se dizem libertários, de esquerda, socialistas, progressistas. O máximo. Os que fazem a defesa, jovens em geral, não percebem que são manipulados pelos bastidores dos que usam o apelo libertário da drogas livres para destruir a sociedade, a família, a ordem social.
Uma vez que a sociedade esteja decadente, os revolucionários dão o golpe e impõem ditaduras que, por sua vez, proíbem as drogas, perseguem viciados, usuários e traficantes e até condenam à morte. Qual será a razão, hein?
Os tontos que dizem adorar Cuba e aqui querem a liberação das drogas, porque não viajam ao Caribe e não tentam fazer a defesa da liberação da maconha ou da cocaína
na Plaza de La Revolución, em Havana? Hipócritas, ou ignorantes.
O PROJETO DO SENADOR SERGIO SOUZA
O Projeto de Lei do Senado (PLS) 763/2011, apresentado na última quarta-feira (21), estabelece uma multa para o usuário de drogas ilícitas. A proposta, de autoria do senador Sérgio Souza (PMDB-PR), determina que o valor da multa ficará entre R$ 200,00 e R$ 1 mil. Os recursos arrecadados serão destinados ao Fundo Nacional Antidrogas (Funad).
Para o autor, a multa teria um fim pedagógico, já que poderia ser aplicada ao mesmo tempo que outras penas previstas na legislação como advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade ou comparecimento a programa educativo.
Na justificativa do projeto, o senador lembra que, com a edição da Lei 11.343/2006, a legislação brasileira passou a considerar o usuário de drogas ilícitas como uma vítima e o foco da questão, em relação aos usuários e dependentes, "está calcado na prevenção e reinserção social, tanto que a sanção privativa de liberdade e pecuniária foram abolidas".
O projeto também cria nova circunstância agravante quando o agente comete crime sob efeito de substância psicoativa. Para o parlamentar, "a guerra contra o tráfico de drogas jamais será vencida sem a punição eficaz dos usuários". A matéria está em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
IMAGEM DO FLAUTISTA DE HAMELIN:
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