Pesquisar este blog

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

BBB 12. DANIEL, MONIQUE E O CÃOZINHO YORKSHIRE. Por que os diretores do BBB 12 não interromperam a transmissão quando as coisas começaram a ficar estranhas? Arrisco: pelo magnetismo da imensa audiência. E no caso do cãozinho, porque aquele que filmou calado não gritou para a mulher que iria chamar a policia?

MONIQUE, ESQUECIDA

Em tempos de Internet e de comunicação veloz, um mês é quase uma eternidade. Um fato acontecido em 16 de dezembro, há 30 dias, em Formosa, em Goiás, já sumiu das redes e do noticiário: foi quando uma dona de casa, que se disse estressada, torturou e matou seu cãozinho Yorkshire. 

Fato que indignou o Brasil, do mesmo modo que o suposto ataque do modelo Daniel Echaniz, 31 anos de idade,  à estudante Monique Amin, de 23 anos de idade. Uma coisa é, claro, Daniel e Monique se esfregando debaixo de um edredom, no BBB, e outra é um cãozinho indefeso sendo maltratado por uma dona enfurecida. 

O que há, então, de parecido entre o BBB 12 e a morte do simpático cãozinho? Arrisco que há, independente dos fatos em si, a seguinte similaridade: diante de algo errado, alguém continuou acionando a filmadora. Num caso com uma audiência imensa. No outro não.

Claro, quem filmou não matou o cão. Mas um grito de alerta bem dado, com a ameaça de chamar a policia, poderia ter feito a mulher estressada cair em si e parar de judiar do cãozinho. Isso poderia ter evitado a sua morte, talvez. Mas a pessoa quis produzir uma prova de um crime. Deixou rolar.

Você faria o mesmo, leitor?

O BBB é um programa de TV, quase uma produção cinematográfica. Quem em casa acompanha as imagens esverdeadas, como se visse algo por óculos infravermelhos (os espectadores), se esquece de que aquilo é um tipo de estúdio e há muitas pessoas da produção por perto. Não exatamente dentro do quarto, ou debaixo dos lençóis, por certo, mas acompanhando tudo o que acontece, por isso o programa é chamado de Big Brother. (referência ao Grande Irmão, que tudo vê, de 1984, de George Orwell). 

A diferença é que quem acompanha não é o fiscal do Estado Tirânico, mas milhões de curiosos, os telespectadores. É essa curiosidade mórbida que faz a audiência. Segundo li, o programa mostrou a cena por 25 minutos! Há uma parte de sete minutos no Youtube. 

Então, a partir do momento em que algo estranho ou irregular começa a acontecer é obrigação da produção interromper, creio. E se um participante qualquer estivesse numa situação parecida com a de Daniel e Monique mas a estivesse estrangulando em um acesso de fúria?

O que fariam os diretores? Interromperiam a filmagem e invadiriam o quarto para dominá-lo ou pensariam: “vamos filmar até o fim para incriminar o criminoso e apresentar o vídeo à policia?”

O que você faria, leitor?

DANIEL, EXPULSO
Alegar que Daniel foi expulso do BBB por ser negro, como especulou a mãe dele, é ridículo. É um tipo de racismo invertido. Para azar dele era ele que estava lá, ora. Por outro lado, a direção percebeu que, ao deixar acontecer algo, ao “vivo”, extrapolou um bocado, daí a sua expulsão rápida, como a purgar o próprio erro.

Ao receberam a visita da policia acionada ou por ligações de mulheres que se indignaram pelo fato de Daniel poder estar se aproveitando de uma Monique desmaiada, ou pelo Ministério de Dilma, os responsáveis pelo programa devem ter percebido que algum limite mais grave foi ultrapassado.

Daniel foi expulso do programa por não se comportar direito (mas a Globo não explicou o que isso significa). Monique, por enquanto, passa por vitima, pois diz que não se lembra de nada. Se isso for verdade, ela, mesmo vitima, não teria meios de acusar Daniel.

Se, apesar dela não fazer uma acusação formal contra Daniel por estupro ou abuso, a polícia poderá incriminá-lo, e enviar o caso à promotoria Pública, não sei, não sou jurisconsulto.

Todos os telespectadores que acham que viram algo estão na mesma posição daqueles que olham para as nuvens ao vento e vêem elefantes, anjos, demônios ou Daniel estuprando Monique desmaiada. Não há elefantes nas nuvens.

Apenas Monique poderá dizer o que, de fato, aconteceu. Por enquanto, tudo ainda acontece, no BBB, debaixo dos edredons. Quando eles adotarem o critério de que tudo deve ser às claras, para evitarem novos constrangimentos...bem, aí será outra história.

Monique acusará Daniel?

Em suma, uma pessoa (caso Yorkshire) usou uma câmara para ser um tipo de justiceiro; outros (caso BBB) usaram a câmara para obter audiência.

Nos dois casos não teriam ulrapassado o sinal vermelho? 

PARTE DO VÍDEO QUE FOI À CASA DAS PESSOAS

Nenhum comentário:

Postar um comentário