Pesquisar este blog

terça-feira, 27 de novembro de 2012

DOIS ANOS DAS NOVAS DITADURAS ÁRABES. A PRIMAVERA AZEDOU E OS ISLÂMICOS RADICAIS ASFIXIAM AS LIBERDADES CIVIS. No Egito assume um novo Faraó, Morsi I. O Oriente Médio é, literalmente, um barril de pólvora e um rio de sangue.

MOHAMMED MORSI, FARAÓ ISLÂMICO DO EGITO

Desde dezembro de 2010 – lá se vão dois anos – a imprensa internacional fala em Primavera Árabe. A tal primavera teria começado, segundo uns românticos, por conta do uso que teria sido feito, por libertários árabes, do Facebook e do Twitter! Quanta ingenuidade.  

Agora o presidente do Egito Mohammed Morsi assinou uma Lei, proclamada por ele mesmo, que afirma que tudo o que ele decidir não poderá ser constestado. Isso é um presidente? Claro que não, Morsi é o novo Mubarack, muito mais centralizador e com mais poderes. Já é chamado em seu pais de o Novo Faraó!

Desde o início desse movimento não comprei a idéia. Há vários textos no arquivo do blog. Nunca me iludi em pensar que multidões, em paises de populações majoritariamente islâmicas, pudessem estar indo às ruas lutando pela mesma liberdade que temos, ainda, no Ocidente.

Certamente há árabes que conhecem o mundo e sabem que há paises em que existe a pluralidade política, religiosa, democracia e estado laico, isto é, sem o controle oficial por um grupo religioso. Desse modo, é razoável admitir que no Egito, Líbia, Síria, e tantos outros paises que enfrentaram turbulências políticas, desde então, parcelas minoritárias estivessem de olho em maior liberdade política, religiosa ou comportamental, distantes do controle da Sharia, por exemplo.

Muitos daqueles países como Egito e Líbia, eram governados por ditadores como Mubarack e Kadafi. Mubarack apoiado na força do Exército e Kadafi um tirano absolutista, verdadeiro dono da Líbia. Ditadores, sim; de religião islâmica, sim;
Mas ambos distantes dos aiatolás e chefes da religião islamita. Isto é, aqueles paises não eram governados sob a Sharia, a Lei Religiosa, como ocorre no Irã.

O que aconteceu? O óbvio para quem não era ingênuo. As revoltas tinham suas razões, pois ditaduras perseguem, prendem, matam. Mas no fundo, em todos os paises árabes a causas primarias foram a crise na economia e o interesse dos religiosos islâmicos em tomar o poder.

E, muito mais que Facebook e Twitter, as revoltas foram conduzidas de dentro, da sombra das mesquitas. Rolou muito sangue nestes dois anos. E muito mais ainda rolará. Sem drama. Observem que a Síria, outra ditadura antiga naquela região, enfrenta desde março de 2011 revoltas que já custaram, a ambos os lados – governo e revoltosos – mais de 40 mil vidas!

Lembrem-se de que Hussein Obama, o presidente americano, quando esteve no Brasil, em visita a Dilma Rousseff, o prêmio Nobel da Paz, foi daqui que mandou a ordem para detonar militarmente o regime de Kadafi. Interferiu em um conflito interno, tomando um dos lados. O lado dos revoltosos. 

Mas está claro, agora, que os revoltosos mais radicais no mundo árabe hoje são os islâmicos que querem derrubar os governos ditatoriais que tem para implantar outras ditaduras, de natureza religiosa! Vocês acham que isso é muito diferente do que fizeram aqui os supostos libertários, lutadores da luta armada contra a ditadura militar? Não, pois os tais guerrilheiros lutavam aqui é para derrubar uma ditadura e construir outra. São contra o ocidente, o capitalismo, as liberdades plurais, o mercado; contra a democracia.

Isso é mais transparente que cristal. Só idiotas da esquerda ocidental não enxergam isso, ou enxergam, mas até apóiam os fanáticos religiosos (!) porque estes são contra o Ocidente, o mercado, o capitalismo, a democracia, etc. Viram? São todos parecidos em seu ódio à nossa própria civilização.

Mais uma vez repito, veremos muito mais sangue. Os islâmicos mais radicais onde já ocupam o poder, começaram a perseguir os opositores políticos, os crentes e fiéis de outros grupos islâmicos e os fiéis de outras religiões, especialmente os cristãos, embora a imprensa ocidental, amplamente esquerdizada, finja não notar os gritos de socorro vindos do Oriente.      



Nenhum comentário:

Postar um comentário