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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

CASAL DE MOTO CONDENADO À MORTE NA AVENIDA BANDEIRANTES, EM SÃO PAULO. O Brasil é o pais recordista em execuções no mundo. Aqui bandidos matam apenas por diversão. O casal ia de Mongaguá a Itu, numa viagem sem volta. (vídeo)


Reprodução da Internet

A primeira viagem e última viagem da Honda Repsol, Sibele e Rafael.

Uma pequena viagem de Mongaguá a Itu. Apenas 180 quilômetros de boas estradas. Um tiro, como dizem alguns motociclistas que pilotam motos esporte, velozes como o raio. 

Mas às vezes um tiro, mais veloz que as motos velozes como o raio, atrapalha tudo. É o fim do passeio. 

Você trabalha tanto, junta cada centavo para poupar e comprar seu sonho, no caso uma Honda Fireblade Repsol, 1000cc, uma moto possante e veloz. E cara; muito bonita e desejada. Logo algum miserável cresce o olho sobre ela e, no instante seguinte, ela já não é mais sua, foi levada por um marginal vagabundo.

Quando você tem sorte, fica apenas sem a moto. Se naquele dia as parcas estiverem de mau humor, a sua sorte estará selada. Foi o que aconteceu ao casal de Mongguá  Rafael Jesus Fulaz, 31 anos, e Sibele Carla Pedroso, 36 anos.

Saíram de Mongaguá, a 40 quilometros de Santos e subiram a Serra, mais 65 quilometros. Para atravessar São Paulo, entrando pela Avenida Bandeirantes e chegar à Rodovia Bandeirantes mais uns 20 quilometros. Depois, 65 quilometros e chega-se a Itu. Para uma moto esporte, um passeio rápido.

Mas Rafael e Sibele entraram em São Paulo à noite. Má idéia. Pararam em um cruzamento e foi o seu momento de azar. Logo encostou uma moto com dois sujeitos. Pronto. Um assalto. De moto, evite ficar perto de uma moto com dois sujeitos. 

Talvez assustado, talvez com medo de perder a Honda, comprada no dia anterior!, Rafael arrancou com força, para escapar do assalto. Isso nunca deve ser feito, especialmente com uma carona atrás. Fugir só já é difícil. Com garupa a coisa se complica.

Os bandidos agiram de imediato e atiraram. Talvez a moto deles –ainda não identificada- não conseguisse acompanhar uma arrancada da Honda 1000, mas as balas são muito, muito mais rápidas. Rafael foi atingido e acabou batendo com a moto em um veículo que cruzava a avenida. Caíram.

Os criminosos, talvez quase com um prazer mórbido, poderiam ter levado a moto e deixado os dois no chão. Ou ido embora, já que a moto havia batido no carro. Mas não, aproximaram-se com a moto e um deles desceu para atirar em Rafael e Sibele. Assim, caídos no asfalto, e já feridos pela batida, foram executados a tiros. Como animais.

PASSEIOS PERIGOSOS

Ando de moto há 50 anos. Nunca vi tempos perigosos como estes em que estamos. Tempo de bandidos cruéis, que matam por matar, como se atirassem em um alvo, num  monte de lixo, para treinar a pontaria.

Já foi muito bom andar por aí, mesmo sozinho, parar aqui e ali para um café, um caldo de cana na beira da estrada. Esticar as pernas. Mas agora só há vândalos. A morte pode pegar você, por conta desses bandidos que roubam para desmontar a moto e vender peças, ou tomam a sua  moto por encomenda do modelo.

Os passeios solitários, ou em casal, são muito perigosos. É preciso reunir grupos. Evitar certos locais, certos bairros. Alguém trabalha para comprar uma moto, um carro, e é proibido de usufruir do produto do seu suor. Vagabundos tomam o veículo como aves de rapina, ou pior, levam a sua vida.

SIBELE E RAFAEL
Eram 20h30 da noite de quinta-feira. Após caírem e serem executados, chegou um automóvel que era dirigido por uma filha de Sibele, garota de 19 anos, que estava acompanhada de uma irmã menor, de seis anos de idade. O carro seguia um pouco atrás. 

Essa foi a última imagem que tiveram da mãe e de Rafael, seu noivo, com quem se casaria. 

A garota, talvez, nunca mais queira andar em uma moto na vida. A lembrança será triste demais.

O Brasil é um país em que já existe a pena de morte, todos os dias ela é aplicada. Mas ela funciona ao inverso. O Brasil é um país muito estranho.

A pena de morte é apenas para cidadãos de bem, trabalhadores.

Os bandidos é que decidem decidem quem, onde e quando devemos viver ou morrer. E agem como os senhores do destino alheio.

Enquanto isso, os defensores dos direitos humanos, ongueiros fajutos, falam, falam, falam, especialmente quando algum bandido morre em confronto com a polícia.

Nesse aspecto, acho o Brasil um país muito injusto. Você não acha isso também?
Vamos iniciar uma lista para a aplicação da pena de morte no Brasil, mas para que a morte seja a dos bandidos cruéis.

Não seria isso o correto?




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