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| FIDEL CASTRO (DE CHAPÉU), ELIAS JAUA, À DIREITA. |
Desde que deixou o poder, em 2006, para seu irmão mais novo Raul,
o velho ditador Fidel Castro diminuiu cada vez mais suas aparições em público.
Ninguém sabe, exatamente, exceto seus auxiliares ou médicos mais próximos, qual
foi ou é a sua doença. Todavia, sabe-se que foi grave, pois foram chamados médicos
do exterior. Ao menos um médico espanhol, santa ironia, um antigo colonizador!
Como nas ditaduras tudo é secreto, em nome da segurança do
Estado, ou da segurança nacional, então a doença de Fidel virou uma dos
segredos mais bem guardados do mundo. Como Cuba é uma ditadura socialista, ao
menos a definem assim, o poder foi passado ao irmão mais novo, como se fosse um
sucessor real. É curioso como nos regimes ditatoriais centrados em uma pessoa
há enorme dificuldade para se indicar um sucessor de confiança.
Bem, desde 2006 surgem boatos de que Fidel Castro piorou, está
à morte, morreu. O fato é que desde março deste ano não aparece em público.
Fidel era um sujeito dado a fazer longos discursos pelo rádio e pela TV e
metido a falar sobre qualquer coisa no mundo, como se a sua ilhota fosse um
tipo de fiel da balança.
Foi desaparecendo, desaparecendo, até que seus discursos
viraram textinhos de cinco ou seis linhas publicados na imprensa oficial cubana.
Alguns dos tais textos, sem pé e nem cabeça, como se fossem obra de um velho
caquético e caduco.
Aos 86 anos de idade, nada demais haveria se ele estivesse
caduco. As pessoas ficam caducas. Mas um dos ícones do Século XX poderia ficar
caduco? Líderes socialistas ficam caducos? Hugo Chávez andou indo a Cuba para
tratar da saúde. Fidel tirou umas fotos com ele. Agora, depois que Chávez
convenceu a todos de que foi eleito legitimamente na Venezuela, nem uma
palavrinha de Fidel parabenizando-o.
As últimas informações sobre a saúde de Fidel procedem de
Miami, e dão conta de que teria sofrido uma embolia cerebral.
Agora o vice presidente da Venezuela, Elias Jaua, que foi a
Cuba, exibe uma foto que diz ser de sábado (20), em que aparece Fidel sentado no
interior de um furgão, com chapéu de palha. A foto pode ou não ser de agora, mas
não esclarece nada sobre o estado mental de Fidel Castro.
Na foto ele parece sorrir. Mas sorrir não é apanágio de
sanidade mental. Idiotas também sorriem.
Tenho um amigo que diria: "Fidel fala e anda como se estivesse vivo".
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