Evidentemente, essa pressão constante e paralisante contra
as forças policiais, e contra a idéia de que lugar de bandido é na cadeia, dificulta
muito a ação policial, tanto militar quanto civil.
No caso do Brasil, basta ver que o filme Tropa de Elite (o
primeiro) foi muito bem aceito pelo povo, mas bastante criticado por quem
defende os tais direitos humanos (que só protegem bandidos), os defensores da
liberação das drogas, os relativistas morais que acham que quem usa e incentiva
o uso de drogas é que estão corretos, e não têm nada a ver com o tráfico e nem
incentiva o crime.
A MORTE DE FUKUHARA
A morte do sargento Marcelo Fukuhara pode ser analisada
neste quadro. Por um lado traficantes cada vez mais ousados, armados, e insensíveis.
Por outro, uma força policial pressionada pela militância de esquerda que paralisa
os policiais. Hoje um policial tem medo de puxar um gatilho, mesmo em risco de
vida, porque será, sempre, considerado suspeito. Há algumas décadas, aqui, ou
em outros países, ainda hoje, os policiais eram pessoas respeitadas contra quem
ninguém ousava atirar.
Entre os traficantes e os policiais decentes, a chamada
banda podre da polícia, aquela quantidade, pequena, mas que existe, e que
colabora com o crime. Policiais que praticam extorsões, pegam dinheiro dos
traficantes para deixá-los agir. Policiais bandidos. Muitas vezes tais
policiais formam milícias e passam eles a controlar um território. O povo
apenas vê a troca de pistoleiros.
Fukuhara, pelo que se sabe, era um policial correto, linha
dura, que não dava moleza para os traficantes que ocupam morros em Santos. Pode ter sido
vítima dos bandidos que pediram a ajuda de matadores de São Paulo, ou de
policiais corruptos. Tudo isso está sendo rigorosa e detalhadamente estudado
pelo comando da Segurança Pública.la)
A morte de Fukuhara só ocorreu porque estamos numa época de
extrema tolerância para com os bandidos, por uma influência da visão
esquerdista, que vitimiza os bandidos (são produtos da sociedade, blá, blá, blá)
e ainda os glamouriza. Basta ver como traficantes e criminosos cruéis presos são
tratados com deferência e respeito ppor pare da imprensa. É como se fossem
meros injustiçados sociais, que não tiveram outro jeito que entrar no crime. Isso
é uma bofetada no rosto de milhões de pobres do Brasil que jamais entraram e
nem entrariam no crime.
O Brasil está se afastando de valores civilizacionais importantes,
como o senso de culpa. Um bandido criado ouvindo que é vítima acha que está
certo e tem razão.
Não precisamos ir longe. O julgamento do Mensalão, que
condenou corruptos, sim, gente que roubou dinheiro público, dos impostos, ainda
tem o topete de emitir Notas ao Povo Brasileiro questionando a Justiça e a
Imprensa. Com absoluta falta de senso de culpa, nunca admitem seus crimes, pois
acham que estão certos. Isso mostra que chagamos a um tempo em que a população
se divide, perdida entre dois pólos, o do bem e o do mal, e quase sempre, por
conta da propaganda imensa da esquerda contra o sistema de leis e ordem, acaba
tendo simpatia pelos bandidos. Esse é o contexto ideal para a guerra assimétrica.
Leiam com atenção o artigo de que publico abaixo,
reproduzido do site Mídia Sem Máscara, de autoria de Valter Heller Dani, é
muito oportuno.
A polícia e a guerra assimétrica
Valter Heller Dani
13 Outubro 2012
Esta maneira sórdida de lutar, de batalha em batalha, está
ganhando a guerra polícia-bandido. A polícia está cada vez mais se encolhendo,
acuada por toda sorte de “entidades sociais”.
A guerra assimétrica é um expediente largamente utilizado
por forças revolucionárias que remonta a Sun Tzu na obra A Arte da Guerra,
tendo seu significado sido habilmente deturpado para a pueril afirmação de
tratar simplesmente sobre confronto do mais fraco contra o mais forte.
O princípio desta guerra, a sua finalidade mesma, é, na
verdade, fazer com que um dos lados, o revolucionário, sempre tenha pleno
direito e até dever de usar contra o inimigo qualquer meio por mais imoral,
torpe e indigno que seja, enquanto o outro fica atrelado a uma série de deveres
morais e éticos que acabam por fazê-lo sucumbir.
"Guerra Assimétrica: consiste em dar tacitamente a um
dos lados beligerantes o direito absoluto de usar de todos os meios de ação,
por mais vis e criminosos, explorando ao mesmo tempo como ardil estratégico os
compromissos morais e legais que amarram as mãos do adversário".
(Diferenças gritantes, Olavo de Carvalho, O Globo, 15 de maio de 2004).
Dentro do arsenal dos praticantes deste tipo de guerra, a
mídia é uma das armas mais poderosas. Vários exemplos podem ilustrar essa
prática. Um de fácil compreensão é o vasto repertório de torturas e sentenças
sumárias de morte - que fazem a Inquisição parecer um passeio no parque -,
adotados por Saddam Hussein quando no poder e pelos seus seguidores após sua
queda.
Dentre eles a amputação de membros a sangue frio e
decapitações bárbaras filmadas e divulgadas na Internet apenas para aqueles que
se dispuserem a procurar na rede, pois na mídia aberta existe uma proibição
velada quanto a divulgação desses fatos. Do outro lado estavam os soldados
americanos que, devido a uma humilhação quase que escolar infligida a um
prisioneiro, a de botar uma calcinha em sua cabeça e de um ou dois safanões
desferidos em outro, são bombardeados pela mídia mundial como os mais
tenebrosos e malignos seres viventes. É exigida para eles uma punição exemplar
que envolve, além da prisão, a perda da condição de militar, destruindo suas
carreiras e conseqüentemente suas vidas. E, segundo essa mídia, essa punição é
ainda muito branda para tão excruciante ato de maldade perpetrado por seres tão
medonhos.
Atualmente no Brasil nada poderia exemplificar de maneira
mais eloqüente o conceito acima do que o confronto entre as polícias e os
bandidos. O criminoso tem a seu dispor a mais vasta proteção que um Estado
optou conscientemente em adotar: em detrimento da proteção do bem maior que é a
sociedade, acaba por proteger singularmente a cada bandido, pois a ideia de que
sua conduta advém de seu contato com uma sociedade malvada tem muitos adeptos
com grande influência.
Um criminoso, durante um confronto com a polícia, atira a
esmo enquanto seu estoque de munição lhe permitir, sem se preocupar com o
destino de cada projétil. O policial, por sua vez, só nesse aspecto já está em
desvantagem pelo fato de que, em milésimos de segundo, deverá decidir se salva
sua vida ou deixa de se defender para não por em risco a vida de inocentes. E
quando um desses últimos, por uma fatalidade, acaba se ferindo, mesmo que por
ação dos bandidos, a conta, não raro, é debitada à polícia.
Daí por diante o provocador da situação, que é o bandido, é
deixado de lado e o foco fica inteiramente voltado à crítica áspera e injusta à
polícia. Quando um policial está a serviço é obrigado a aceitar com uma calma
ovina todos os tipos de insultos e ofensas, sejam elas morais, pessoais,
profissionais, ou até mesmo contra sua integridade física. Caso reaja com
intuito de apenas fazer cumprir a lei e nada mais, será prontamente taxado de
truculento e de estar abusando do poder. Nesse momento se voltarão contra ele o
agressor e todos que estão à sua volta. Num segundo momento encontrará o
repúdio da imprensa e depois, para finalizar, virá a espada da Justiça pesando
sobre seu pescoço.
Esta maneira sórdida de lutar, de batalha em batalha, está
ganhando a guerra polícia-bandido. A polícia está cada vez mais se encolhendo,
acuada por toda sorte de “entidades sociais”, pela mídia em geral, classe
artística, ONGs de direitos humanos, Justiça, ministério público, entre outras
instituições. O crime organizado, enquanto isso, assiste a tudo como uma
astuciosa raposa que do alto da colina se deleita ao ver o fazendeiro matando
suas próprias galinhas, pensando que assim conseguirá vencê-la.
Valter Heller Dani é policial civil.
DO SITE MÍDIA SEM MÁSCARA:
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