Pesquisar este blog

sábado, 30 de abril de 2011

PROMESSAS DE CAMPANHA. TUDO QUE PARECIA SÓLIDO, DESMANCHA NO AR

Acompanhar debates de candidatos presidenciais pode ser muito instrutivo, além de bastante divertido. Orientados e treinados por marqueteiros, os candidatos procuram tornar real, aos eleitores, no discurso, o que é apenas uma possibilidade.

Muitas vezes pensei, que desperdício, se fizéssemos uma equipe presidencial, juntando todos os candidatos, para eles nos governarem como se fôsse um tipo de Regência Trina, já imaginaram que maravilha? Por que deixamos escapar essa oportunidade?

São tantas as promessas de maravilhas que o Brasil sairia ganhando se todos pudessem nos governar em conjunto. Ao menos, não teríamos que presenciar eleitos se apropriando de ideias alheias, com a maior cara de pau, como se fosse a mãe da criança.

Bem, isso é outro assunto.
Quem prestou atenção aos debates sabe que o assunto das drogas foi bastante discutido, assim como a participação das Farc no tráfico de armas e droga para o Brasil, matando milhares de jovens brasileiros. Talvez a cocaína seja mandada para o Brasil pelo Exército Colombiano. Este mundo anda tão louco...Ou pelos cruéis traficantes mexicanos de Ciudad Juarez, embora fosse um estranho caminho... 

No entanto, a questão das drogas gerou um debate e a promessa do combate ao crack, ao contrabando de armas e às drogas importadas, e isso seria feito por uma frota de aeronaves sem piloto, vindas de Israel, que ficariam vigiando as nossa fronteiras e monitorando o crime com câmaras, lá das alturas.

Vants biológicos, ou urubús, observando lá do alto os jovens
 mortos pelas drogas das Farc.
Por enquanto, é o que voa e observa do alto.
As aeronaves estão sem gasolina para decolar.

Fiquei até emocionado, muitas vezes, imaginando "agora esses bandidos estão ferrados" e tentava ver, na minha imaginação, aqueles pássaros de ferro (ou plástico?) voando em grandes círculos, lá no alto, qual urubus espreitando carniça nas espirais de ar quente.

Puro engano! Não há nada disso. Desilusão.

A imprensa noticiou na semana passada que a verba anda muito curta e o Governo Federal cortou gastos em vários setores. Parece que após as eleições os técnicos descobriram que devia ter alguma coisa errada com os orçamentos ou com os marqueteiros, ou com os candidatos, especialmente a da situação.

Pois agora parece faltar o que havia de sobra.

E os tais aviões da frota silenciosa, os Vants (veículos aéreos não tripulados) de Israel reduziram-se a uma mísera unidade que, ó desgraça, não consegue sair do chão, por falta de gasolina!
E as nossa fronteiras seriam patrulhadas por um urubú solitário!

Em dezembro de 2010 foi noticiado que a Aeroeletrônica, controlada pela empresa Albit (israelense) havia ganho licitação para entrega de duas unidades. O mercado de tais artefatos, no mundo, tem grande futuro, e deve movimentar uns US$8 bilhões até 2016.

Como a A. Latina tem apenas 2% desse total, há chances para empresas nacionais que estão desenvolvendo produtos parecidos. O
modelo escolhido pela FAB, Hermes 450, é fabricado pela Elbit. Duas unidades do Hermes 450 já estão sendo testadas, há um ano, na Base Aérea de Santa Maria (RS), onde fica sediado o Esquadrão de VANT da Aeronáutica. Os VANTs foram cedidos pela Elbit sem custo e são avaliados em missões de reconhecimento tático e vigilância de fronteira.

POLICIA FEDERAL
      
O avião espião da Polícia Federal para o combate ao narcotráfico, ao tráfico de armas e ao contrabando na fronteira chegou ao País há mais de um mês, mas não há combustível para os voos.

O Vant, acrônimo de Veículo Aéreo Não Tripulado, registra imagens sem necessidade de piloto.  Um pregão eletrônico aberto para escolher o fornecedor de 12 mil litros de gasolina de aviação, pelo prazo de um ano, foi cancelado por falta de candidatos. O objetivo da PF é usar a empresa que já abastece os aviões da corporação.

O preço do combustível – de cerca de R$ 60 mil por trimestre, segundo estimativa de policiais – é irrisório quando comparado ao gasto previsto com essa tecnologia até 2015, de R$ 540 milhões.

A AREZZO, A BENETTON, O MERCADO E A PATRULHA POLITICAMENTE CORRETA.

As notícias sobre como a empresa de calçados Arezzo enfrentou as críticas dos ativistas politicamente corretos, diante do lançamento de uma coleção de produtos com peles de alguns tipos de animais, levaram-me a pensar na história da empresa de roupa jovem italiana Benetton, e as polêmicas geradas pelas campanhas dirigidas pelo fotógrafo Oliviero Toscani, nos anos 80 e 90.

Alguns especialistas em Marketing e Comunicação sugerem que, às vezes, uma boa polêmica pública, por meio do uso do noticiário como alavanca para a propaganda,  
pode ajudar bastante uma empresa a marcar uma posição, lançar e vender produtos, administrar sua imagem institucional.

Claro que sempre é uma estratégia que envolve um alto risco, pois as notícias, embora possam ser induzidas, não podem ser controladas. Uma vez iniciada uma série de repercussões, ninguém pode afirmar qual será o fim da história. Há muitas variáveis em jogo. Mas, conforme as coisas andarem, ao final a polêmica pode ter disseminado bastante o produto ou a ideia em jogo.

Mas isso é nitidamente diferente de uma campanha publicitária tradicional, com as pesquisas de mercado, de opinião, de produto e com as verbas aplicada nos veículos certos para os públicos certos. Embora a Publicidade não seja uma ciência exata, os resultados obtidos poderão estar mais próximos do planejado.

Benetton: Cena de morte real, por HIV
Nas décadas de 80 e 90 a Benetton ganhou o imaginário popular devido às suas campanhas ousadas abordando temas típicos de Jornalismo, em peças típicas de Campanhas Publicitárias, como outdoors e páginas de revistas de moda e semanais de alta tiragem.

As imagens em que se apoiou o diretor das campanhas, o fotógrafo Oliviero Toscani, eram absolutamente estranhas ao “Mundo Publicitário”, embora não absolutamente desconhecidas do público. Eram temas e imagens encontrados em reportagens sobre HIV, racismo, guerra, sofrimento.

Benetton: roupa de soldado morto na Bósnia
A polêmica gerada é que fez com que a marca fosse muito comentada e disseminada. As campanhas tratavam de um tema United Colors of Benetton, mas nunca associavam a marca a algum produto específico. A propaganda fez com que a marca chegasse antes, ficando bastante popular, embora seus produtos não fossem, necessariamente, baratos.

O que fez da Benetton uma marca polêmica mas não estigmatizada pelos ativistas? O que fez dela uma Marca simpática aos meios de comunicação e aos críticos do sistema? Exatamente o fato de ela fazer o jogo dos críticos do Capitalismo e do Mercado.

Ela usou de “denúncias”, de temas jornalísticos para se promover. De fato, os assuntos eram bastante tratados pela Imprensa. A novidade não foi o tratamento de temas como os tratados, uma vez que a Imprensa trata disso sempre, de modo melhor ou pior; a novidade foi a incorporação de uma lógica jornalística em uma ação de natureza publicitária.s fotos e temas chocantes chocavam o público, mas não os fazedores de opinião, e isso tornava a Benetton cúmplice dos críticos à Indústria Cultural.

Havia, sempre, o risco de as pessoas estranharem a abordagem da empresa, mas poucos ativistas ficaram, de fato, contra a Benetton. Houve um ou outro protesto sobre a questão do racismo, ou da questão da AIDS, mas o escândalo colocou os críticos, os ativistas, junto à empresa. Afinal, Toscani, com sua abordagem, fazia uma crítica à própria Publicidade, e isso, para frankfurtianos é o máximo da rebeldia e do engajamento e causas sociais e relevantes.

A AREZZO E A PATRULHA POLITICAMENTE CORRETA.

Discorri sobre a Benetton, para que entendam minha crítica à Arezzo ao que acho foi uma tola cessão de território à patrulha dos politicamente corretos.

A nota publicada pela empresa em seu próprio site (abaixo) é de uma tremenda falta de lógica, pois fala em respeito à pluralidade de opiniões. E, cedendo aos intolerantes que não aceitam a pluralidade de opiniões, a Arezzo desrespeitou os que são tolerantes, mesmo com os intolerantes. DESATENDEU À MAIORIA, PARA ATENDER A UMA MINORIA!

Ao justificar sua ação como um ato de respeito à pluralidade, agiu conforme os agentes do Pensamento Único queriam. Penso que a Arezzo foi extremamente desrespeitosa para com os diversos públicos, em geral.

A coleção tinha peles artificiais e naturais. As artificiais são... artificiais!

As naturais provém de fontes legalizadas. Não há crime algum. Todas as indústrias de sapatos e bolsas usam couro de bois, de porcos, e de cabras para fazer seus produtos. Muitos agitadores politicamente corretos andam com seus cintos de couro, casacos de couro, bolsas de couro e nunca reclamaram. Foram reclamar dos coelhos e das raposas?

São poucas as pessoas que usam sempre produtos de outra natureza que não a animal.

Hipócritas.

Vi sites e blogs mostrando imagens de coelhos sem pele, como se algum sapateiro pegasse um coelho e arrancasse a pele do coelho ao vivo. A carne de coelho é oferecida em centenas de restaurantes. E os coelhos têm peles. Essas peles é que são usadas pela indústria de calçados. Os bois têm couro, e essa gente hipócrita anda sobre sapatos Arezzo e de outras marcas, de couro.  

Bois, porcos, cabras, coelhos, avestruzes, jacarés, cobras e outros animais, são criados dentro da lei, no Brasil e em outros países, para o abate e para fazer parte da cadeia alimentar. Não há nada de errado com isso. E o couro ou as pelas são aproveitadas industrialmente. Não sou obrigado a comer soja e alface a vida toda.

E nem alfafa, como parece ser o caso de alguns politicamente corretos.

Não tenho nada com a Arezzo. E nem contra. Só conheço a marca. Só pretendo analisar a reação da organização diante de uma pressão que nem representa a Opinião Pública. Os ativistas, que já não consomem artigos de couro ou provenientes de animais querem impor aos outros as suas ideias e comportamentos. Como a Arezzo, se submetendo a isso pode considerar que adotou uma atitude puralista.

Uns ativistas batem seus tambores e logo a empresa recolhe tudo o que fez, colocando o rabinho entre as pernas, falando em respeito à pluralidade.

Não respeitou não. Cedeu à pressão de uma minoria de ativistas e de gente que, emocionada, criticou a empresa sobre a pele de coelhos e de raposas,  e que nem abriu os próprios armários para ver o que havia lá dentro. Surpresa!!!

Hipócritas.

Assim, cedendo espaço a ativistas intolerantes vamos perdendo a liberdade.
O que a Arezzo fez de errado quanto ao lançamento da coleção Pelemania?
Nada. Absolutamente nada.
Quem não quisesse não comprasse os produtos.

Atendendo aos gritos dos ativistas e falsos amigos dos animais (tenho cachorro!!!! Gosto de churrasco!!!!!!!!) a Arezzo não atentou para o grande universo formado pela maioria silenciosa, que não se manifesta, mas observa. E, nesse caso, observou a ação medrosa da empresa. 
Arezzo: bolsa de pele de coelho

Não consigo entender é que uma empresa tenha profissionais de Marketing e de Comunicação e esse pessoal não tenha, então, se fosse o caso, alertado sobre a possível turbulência. Assessor não é só para dizer amém.

A empresa lançaria a coleção, sabendo dos riscos de alguns protestos, administrando a repercussão. Afinal, a Arezzo não sabe que lida com o ramo de produtos feitos com couro animal? 

A Polícia inglesa, sabendo que alguns tontos anti Monarquia fariam protestos para perturbar o casamento de Kate e William, providenciaram umas férias para os agitadores carimbados, fora de Londres. É assim  que se faz. Não saindo de fininho, como se tivesse feito algo de errado.  

Como gastaram tanto dinheiro em propaganda, folhetos de papel couché, livretos coloridos, um monte de dinheiro, para sair correndo ao som do primeiro apitaço ou buzinaço do Twitter ou do Facebook?

Assustou-se com as estridente vuvuzelas dos politicamente corretos?.

Ou era tudo uma estratégia para manter a marca em foco? De caso pensado?

Não sei por que, mas lembrei-me do caso da boa e velha Benetton...

Abaixo, o texto do comunicado da Arezzo, no site da empresa:

AREZZO ENCERRA PELEMANIA

Em respeito aos consumidores e por acreditar na pluralidade de opiniões, a Arezzo reitera que não comercializará mais em suas lojas qualquer produto com pelo de animais. Para que não pairem dúvidas, a empresa determinou também a suspensão da venda de produtos com pelo sintético, finalizando definitivamente o tema Pelemania nas nossas lojas.

A partir de hoje abrimos um canal direto para que os internautas possam tirar suas dúvidas pela nossa fan page no Facebook ou pelo site oficial. A empresa se sensibiliza com as manifestações e entende que o caráter colaborativo da internet pode ser um instrumento para a co-criação no mundo da moda.

Somos uma empresa dinâmica e constantemente em busca de inovação; lançamos anualmente nove coleções diferentes, com cerca de cinquenta temas em linha com as últimas tendências da moda mundial e de acordo com o desejo de nossos consumidores.

Reforçamos, assim, que nossos clientes continuam dispondo de um portfólio de produtos diversificados, inovadores e de qualidade, como é nossa vocação.

Na nossa fan page já reunimos as principais questões dos internautas que chegaram ao nosso conhecimento nos últimos dias, com as respectivas respostas. O espaço está aberto.

Equipe Arezzo
http://www.arezzo.com.br/inverno2011/

IN PRAISE OF HYPOCRISY..SOBRE A HIPOCRISIA. "Sentir-se bem com a hipocrisia é um sinal de que se é adulto, mais do que de um mau caráter."

Em louvor à hipocrisia

Scott Locklin: Taki's Magazine 
“Hypocrisie est un hommage que la vice rend à la vertu.”

 
La Rochefoucauld tinha razão. A hipocrisia é o tributo que o vício paga à virtude. Mais exatamente, a virtude merece um tributo. Estou cansado de patetas levantado um dedo trêmulo para pessoas cuja moralidade pode não ser 100% consistente. Estou farto dos que pensam que a simples observação da hipocrisia significa algo. Eu bocejo e reviro os olhos diante dos estraga-prazeres que parecem pensar que a simples existência da hipocrisia de algum modo lança no descrédito a idéia de que uma pessoa deve ao menos tentar agir eticamente.

O argumento parece ser que se alguém for revelado de algum modo como um hipócrita, não importa o quão levemente, ele se dissolverá em uma poça melada, como a Bruxa Perversa do Oeste, ao jogarem um balde de água nela. Que tipo de raciocínio é este? Me parece o tipo de contestação presunçosa usada por adolescentes mimados, autoritários e tolos contra seus pais. É um exemplo perfeito de falácia ad hominem. Destacar a hipocrisia de alguém é analiticamente equivalente a chamá-lo de escroto ou dizer que ele é gordo e cheira a massas. Com a exceção de que ser um hipócrita na verdade é uma coisa boa.

Eu admiro a hipocrisia: quanto mais descarada, melhor. Ela faz as pessoas lutarem para se tornarem algo melhor do que elas são. A hipocrisia é simplesmente fingir até virar verdade. Os anti-hipócritas prefeririam que todo mundo chafurdasse em seus próprios vícios ao invés de tentarem se tornar pessoas melhores. Mas a virtude, de qualquer espécie, é impossível sem alguma hipocrisia. Ser conta a hipocrisia é um nihilismo moral.

Pelo modo como o jogo retórico funciona para os caçadores de hipócritas, pode-se ser uma pessoa extremamente má, desde que se seja coerente: mais ou menos ao modo de Barney Frank. Não se permite que se encorajem as pessoas a serem boas ou mesmo vagamente razoáveis sem ser santimonioso em sua perfeição.
 
Na verdade, quando se é um grande hipócrita, suas opiniões não importam minimamente.  Os hipócritas são considerados não-pessoas, mais ou menos como os racistas, os crentes no dimorfismo sexual e outros criminosos mentais modernos.

Há poucos anos, uns cabeças de bagre na mídia tiveram paroxismos de êxtase de espumar a boca quando se soube que o ex-"czar das drogas" americano William Bennett gostava de jogar. Ou que, como muitos ricos, Al Gore é um cara gordo que, apesar de pregar as virtudes de se levar uma vida modesta, possui casas grandes, um jato particular e barcos com banheiras de água quente neles. Ou que Rush Limbaugh foi viciado em drogas.  
 
Que interesse há nestas coisas? As drogas ainda são ruins e devemos evitá-las se não quisermos terminar gaguejando sozinhos como Charlie Sheen ou algum vereador de Berkeley. Jogo... e daí? Benett pode ser um chato de um neoconservador falastrão, mas ele tem razão em dizer que as pessoas devem ter mais virtudes, como auto-disciplina. Aparentemente, ele tinha auto-controle pessoal o bastate  para que o jogo nunca fosse um problema em sua vida pessoal. Claro: Al Gore tem casas gigantes e um jato; isto não quer dizer que as pessoas não devam ser frugais e modestas, mesmo que este gordo retardado não consiga se arrumar bem o bastante nem para impressionar os jecas.
 
Pessoalmente, acho Al Gore desprezível porque o sujeito não conseguiu nem que uma massagista paga de meia-idade lhe batesse uma punheta, mas não me importo que ele tenha barcos com banheiras de água quente e no entanto  queira que os outros esquerdistas comam mingau. O fato de que Rush Limbaugh não tem auto-controle com suas pílulas não quer dizer que você deva começar a injetar heroína ou defender quem faz isto, nem que nenhuma de suas opiniões tenha mérito. Ria de Rush por sua arenga melodramática ou sua figura portentosa, mas ele obviamente sabe alguma coisa sobre problemas com drogas.
A idéia de denunciar os hipócritas parece ser a de que somos todos uns escrotos desprezíveis e deveríamos continuar de molho na imundície sem nunca nos sentirmos culpados por isto. Este é o número do trapézio mental que as pessoas modernas usam para se sentirem superiores a, digamos, os vitorianos ou os mórmons. Mas a cultura vitoriana era moral, e intelectualmente superior a nossa própria civilização decadente (eles também se vestiam melhor).
 
Os modernos se confortam com o fato de que os vitorianos eram indiscutivelmente hipócritas. Eu preferiria que as pessoas tentassem hipocritamente se comportar como não-escrotos desprezíveis, como faziam os vitorianos. Sim, isto implica em cometer outros pecados adolescentes, como "ser crítico", "não ser legal" e a hipocrisia. Vale a pena tentar realizar o feito impossível de viver uma vida livre de hipocrisia por medo de alguém mentalmente adolescente chamar sua atenção por causa disto?

Sentir-se bem com a hipocrisia é um sinal de que se é adulto, mais do que de um mau caráter. O mundo adulto é complicado. As ações são contextuais. As pessoas cometem erros e diferem em sua capacidade de lidarem com as situações, do mesmo modo que elas diferem em sua capacidade de lidarem com uma bebida forte.
 
Eu tinha o hábito de andar por aí com strippers tatuadas e com silicone nos peitos, entre várias outras coisas desaconselháveis das quais eu me orgulho consideravelmente menos. Os únicos efeitos duradouros e desagradáveis que eu sofri foram algumas cicatrizes e algum leve trauma psicológico. Será que sou um hipócrita se eu disser a meus amigos mais jovens e inocentes para ficarem longe de mullheres assim ou sou um homem que sabe por que esta pode ser uma má idéia?
 
Os adultos sabem que todos têm os piolhos da hipocrisia e que usar um spray repelente anti-hipocrisia não ajuda muito. O que ajuda é passar adiante conselhos de especialistas aos inexperientes. Pode confiar em mim no que diz respeito à história das strippers tatuadas. Não vale a pena o trabalho. Na maior parte dos casos.

A moralidade e a coesão social que vai junto com ela estão apodrecendo mensuravelmente nos Estados Unidos e no resto do Ocidente, mas que se dane, agora somos menos hipócritas em relação a nossas falhas! Como é que isto pode ser uma melhora em relação a ser hipócrita? Podem me chamar de um idealista da hipocrisia, mas me parece que se as pessoas estivessem mais preocupadas em serem denunciadas como vagabundos vilões e com maus hábitos ao invés de hipócritas, elas poderiam se comportar um pouco melhor.

Eu sou um hipócrita sob um número incontável de aspectos. O mesmo vale para a maioia das pessoas que estão lendo isto aqui.  Qualquer um que não seja um hipócrita é ou um santo ou um degenerado; de qualquer modo, os não-hipócritas provavelmente deveriam ser imediatamente fuzilados. Os odiadores de hipócritas precisam de um novo argumento vazio para acalmar seus sentimentos infantis de inadequação. Eu sugeriria que pegassem o gerador de insultos Shakespeareanos e um dicionário de sinônimos de Roget, mas o esforço necessário provavelmente apenas os confundiria.
 
29 de abril de 2011
Tradução: DEXTRA
 

In Praise of Hypocrisy

“Hypocrisie est un hommage que la vice rend à la vertu.”
La Rochefoucauld was right. Hypocrisy is the tribute vice pays to virtue. More to the point, virtue deserves tribute. I tire of nincompoops raising a quivering finger at folks whose morality may not be 100% consistent. I grow weary of those who think the mere observation of hypocrisy means something. I yawn and roll my eyes at the killjoys who seem to think that the mere existence of hypocrisy somehow discredits the idea that one should at least attempt to act ethically.

The argument seems to be that if you reveal someone is a hypocrite in any way, no matter how tenuous, they’ll dissolve into an embarrassed puddle of goo like the Wicked Witch of the West when splashed with a bucket of water. What kind of reasoning is that? Looks to me like the kind of highfalutin disputation used by spoiled, foot-stomping, semi-sentient adolescents on their parents. It’s a textbook example of the ad hominem logical fallacy. Pointing out that someone is a hypocrite is analytically equivalent to calling them a pooty-head or mentioning they are fat and smell like paste. Except being a hypocrite is actually a good thing.
“Pointing out that someone is a hypocrite is analytically equivalent to calling them a pooty-head or mentioning they are fat and smell like paste.”
 
I admire hypocrisy: the more brazen, the better. It makes people strive toward something better than what they are. Hypocrisy is just faking it until you make it. The anti-hypocrites would prefer that everyone wallow in their vices rather than attempting to become better people. But virtue of any kind is impossible without some hypocrisy. Being against hypocrisy is moral nihilism.

The way the rhetorical game works for the hypocrite-hunters, you can be an extremely bad person as long as you’re consistent about it: sort of like Barney Frank. You’re not allowed to encourage people to be good or even vaguely sensible without being saintlike in your perfection. In fact, if you’re a big enough hypocrite, your opinions don’t count at all. Hypocrites are often considered nonpersons, much like racists, believers in sexual dimorphism, and other modern thought criminals.

A few years ago, media ding-dongs went into foaming paroxysms of ecstasy when it turned out that former American “Drug Czar” William Bennett likes to gamble. Or that like many rich people, Al Gore is a fat guy who, despite preaching the virtues of living small, owns large houses, a private jet, and boats with hot tubs in them. Or that Rush Limbaugh was addicted to drugs. Why is any of that interesting? Drugs are still bad and you should avoid them, lest you end up muttering to yourself like Charlie Sheen or a Berkeley City Council member. Gambling…so what? Bennett may be an annoying neocon gasbag, but he is right that people should have more virtues such as self-discipline.

Apparently he had enough personal restraint that gambling was never a problem in his personal life. Sure, Al Gore has giant houses and a jet; that doesn’t mean folks shouldn’t be frugal and modest, even if the fat moron can’t manage a halfway decent hair-shirt routine to impress the rubes. Personally, I find Al Gore contemptible because the man can’t even cadge a handjob from a paid middle-aged masseuse, but I don’t mind that he has boats with hot tubs yet wants other liberals to eat gruel. The inventor of the Internet can apparently use all the help he can get with the ladies. The fact that Rush Limbaugh has no self-control with his pill stash doesn’t mean you should start shooting heroin or cut any slack for people who do, or that none of his other opinions have merit. Laugh at Rush for his melodramatic rants or his portly figure, but he obviously knows something about drug problems.


The idea of denouncing hypocrites seems to be that we are all scumbags and should get on with the business of marinating in squalor without ever feeling guilty about it. This is the mental trapeze act modern people use to feel superior to, say, Victorians or Mormons. But Victorian culture was morally, intellectually, and sartorially superior to our own decadent civilization. Moderns comfort themselves with the fact that the Victorians were unarguably hypocrites. I’d rather people hypocritically try to behave like non-scumbags like the Victorians did. Yes, this involves committing other adolescent sins such as “being judgmental,” “not being cool,” and hypocrisy. Is it worth attempting the impossible feat of living a hypocrisy-free life for fear that some superannuated teenager will call you on it?

Being comfortable with hypocrisy is a sign of adulthood rather than bad character. The grownup world is complicated. Actions are contextual. People make mistakes and differ in their ability to handle difficult situations just as they differ in their ability to handle strong drink. I used to make it a habit to run around with tattooed strippers with plastic boobs, among numerous other inadvisable things of which I’m considerably less proud. The only lasting ill effects I suffered were a few scars and some mild psychological trauma. Am I a hypocrite if I tell my younger, more innocent friends to stay away from women like that, or am I a man who knows why it might be a bad idea? Grownups know that everyone has the hypocrisy cooties and that spraying yourself with hypocrisy repellent doesn’t help matters. What helps is passing on expert advice to the inexperienced. Trust me on the tattooed-stripper thing: It isn’t worth the trouble. Mostly.

Morality and the social cohesion that goes along with it are measurably rotting in America and the rest of the West, but hot damn, we’re less hypocritical about our failings now! How is this an improvement on being a hypocrite? Call me a hypocritical idealist, but it seems to me if people were more worried about being denounced as villainous wastrels with bad habits rather than hypocrites, they might behave a little better.

I’m a hypocrite in countless obvious ways. So are most people reading this. Anyone who isn’t a hypocrite is either a saint or a degenerate; either way, non-hypocrites should probably be shot on sight. Hypocrite-haters need a new vacuous argument to ease their juvenile feelings of inadequacy. I’d suggest taking up the Shakespearean insult generator and a Roget’s Thesaurus, but the effort required would likely only confuse them. The whole Holden Caulfield act was weak sauce when it got started, and it’s even more watery soup now.

A VOLTA DE DELÚBIO. EU VOLTEI, AGORA PRA FICAR. PORQUE AQUI AINDA É O MEU LUGAR

http://www.sponholz.arq.br/



Voltar é tão bom...

DESARMAMENTO CIVIL. A repressão nazista aos donos de armas.

Repressão Nazista aos Donos de Armas
Por Stephen P. O Halbrook, PhD., J.D.
Nova pesquisa sobre a confiscação nazista de armas registradas -- e execução dos proprietários das armas -- proporciona uma lição pungente sobre por quê os americanos sempre se opuseram ao registro de pacíficos proprietários de armas de fogo.

O presidente Clinton se mostrou a favor do registro de todos os americanos proprietários de armas e seguidores das leis. "As pessoas devem ter de registrar armas assim como elas registram seus carros," ele disse.[1] A administração de Clinton-Gore já está abusando do sistema nacional de verificação instantânea para reter as identidades dos compradores de armas de fogo. Registros governamentais de proprietários de armas supostamente protegem a sociedade.

Seria instrutivo neste momento lembrar por quê os cidadãos americanos e o Congresso historicamente se opuseram ao registro de armas de fogo. A razão é simples. O registro torna fácil para um governo tirano confiscar armas de fogo e fazer de presa os seus súditos.
 
Negar este fato histórico não é mais justificado do que negar que o holocausto ocorreu nem que os nazistas assassinaram milhões de pessoas desarmadas.

Estou escrevendo um livro sobre as políticas e práticas nazistas que procuraram reprimir a posse de armas por civis e erradicar proprietários de armas na Alemanha e Europa ocupada. A seguinte amostra de meus resultados deverá dar pausa à sugestão de que castigo draconiano de cidadãos pela posse de armas de fogo é necessariamente um bem social.

A Noite dos Cristais (Kristallnacht)-- a infame violência nazista contra judeus da Alemanha -- ocorreu em novembro de 1938. Foi precedida pela confiscação de armas de fogo das vítimas judias. Em 8 de novembro, o The New York Times informou de Berlim, "Chefe da Polícia de Berlim Anuncia 'Desarmamento' de Judeus," explicando:
Depois de invadir, nazistas usaram listas pré-guerra de proprietários de armas para confiscar armas e muitos proprietários de armas simplesmente desapareceram. Após o confisco, os nazistas estavam livres para descarregar sua maldade contra a população desarmada, tal como contra estes desamparados judeus do Gueto de Varsóvia.


"O Presidente da Polícia de Berlim, Conde Wolf Heinrich von Helldorf, anunciou que como resultado de uma atividade policial nas últimas semanas toda a população judia de Berlim havia sido 'desarmada' com a confiscação de 2,569 armas curtas, 1,702 armas de fogo e 20,000 cartuchos de munição. Quaisquer judeus ainda achados de posse de armas sem licenças válidas são ameaçados com a mais severa punição."[2]

Na noite de 9 de novembro, Adolph Hitler, o Ministro da Propaganda Joseph Goebbels e outros chefes nazistas planejaram o ataque. Ordens foram enviadas para forças de segurança nazistas: "Todas as lojas judias devem ser destruídas imediatamente. Sinagogas devem ser queimadas. O Führer quer que a polícia não intervenha. Todos os judeus devem ser desarmados. Em caso de resistência eles devem ser fuzilados imediatamente."[3]

O inferno começou 10 de novembro: "Nazistas Esmagam, Pilham e Queimam Lojas Judias e Templos," anunciava uma manchete. "Um das primeiras medidas legais emitidas foi uma ordem de Heinrich Himmler, comandante de toda a polícia alemã, proibindo judeus de possuirem quaisquer armas e impondo uma penalidade de vinte anos de prisão em um campo de concentração para cada judeu achado de posse de armas a partir de agora."[4] Milhares de judeus foram levados.

As buscas de lares judeus foram planejadas para apreender armas de fogo e bens e para prender homens adultos. O Consulado Americano em Stuttgart foi inundado por judeus implorando por vistos: "Homens em cujos lares revólveres enferrujados velhos haviam sido achados durante os últimos poucos dias choravam alto que eles jamais ousariam novamente retornar aos seus locais de residência e trabalho. Aliás, era uma fervente massa humana em pânico."[5]

O Himmler, chefe da aterrorisante polícia nazista, se tornaria um arquiteto do Holocausto, que consumiu 6 milhões de judeus. Era evidente que os judeus deveriam ser desarmados antes que o extermínio podesse começar.

Descobrir quais judeus possuiam armas de fogo não foi muito difícil. A república liberal de Weimar passou uma Lei sobre Armas de Fogo em 1928 requerendo extenso registro dos proprietários de armas. Hitler assinou mais uma lei sobre o controle de armas no início de 1938.

Outros países europeus também tinham leis requerendo registros policiais sobre as pessoas que possuíam armas de fogo. Quando os nazistas tomaram a Tchecoeslovaquia e a Polônia em 1939, foi uma simples tarefa identificar os proprietários de armas. Muitos deles desapareceram no meio da noite junto com oponentes políticos.


Tropas invadindo a Holanda em 1940 imediatamente pregaram cartazes anunciando a proibição de todas as armas de fogo. Do Die Deutshe Wochenschau, 15 de Maio de 1940.


Closeup do cartaz holandês proibindo armas. Os cidadãos tiveram 24 horas para render todas as armas de fogo aos nazistas ou então encarar a pena de morte. Impresso em alemão na esquerda e flamengo na direita. Para tradução, veja comentário. Do Die Deutsche Wochenschau, 15 de Maio de 1940.

Tradução:
Regulamentos sobre a Posse de Armas na Zona Ocupada
1. Todas as armas de fogo e munições, granadas de mão, produtos explosivos e outros materiais de guerra devem ser rendidos.

..... A entrega deve acontecer dentro de 24 horas no quartel administrativo militar alemão mais próximo ou guarnição, se outro esquema especial não tiver sido planejado. Os prefeitos (chefes dos conselhos distritais) devem aceitar plena responsabilidade pela implementação completa. Oficiais comandantes estão autorizados a aprovar exceções.

Imagine que você esteja sentado num cinema alemão em Maio de 1940. O cine-jornal semanal alemão aparece mostrando o ataque à Holanda, à Bélgica e à França. No minuto em que as tropas e tanques do Wehrmacht cruzam a fronteira holandesa, a película mostra soldados alemães pregando cartazes aproximadamente .6m x .9m em tamanho. É intitulado "Regulamentos sobre a Posse de Armas na Zona Ocupada" ("Verordnung über Waffenbesitz im besetzen Gebiet") [6]. A câmera esquadrinha o topo do cartaz de duas colunas, escrito em alemão na esquerda e flamengo na direito, com uma águia e swastika no meio. Ele ordena que todas as armas de fogo sejam rendidas ao comandante alemão dentro de 24 horas. O pleno texto não está visível, mas cartazes semelhantes ameaçaram com pena de morte por infração.

A película mostra artilharia e infantaria passando pelas ruas enquanto felizes cidadãos acenam. Ela então troca para cenas de assaltos contra soldados holandêses e belgas e a mensagem do Hitler de que esta grande guerra iria instituir o Reich de 1000 anos. Uma canção patriótica misturada com as imagens e música de barragens de artilharia, bombardeios da Luftwaffe e assaltos de tanque compõem o final grandioso.

A França logo cedeu, e os mesmos cartazes ameaçando com pena de morte pela posse de uma arma surgiram por toda parte. Pode se ver um hoje em Paris no Museu da Ordem da Liberação (Musée de l'Ordre de la Libération). Uma fotografia do cartaz está reproduzida aqui, incluindo uma tradução.

Havia um falácia na ameaça. Nenhuma lacuna existia no cartaz para incluir a hora e a data da publicação de maneira que ninguém sabia quando o período de 24 horas começou ou terminou. Talvez os nazistas atirassem em alguém que estivesse uma hora atrazado. De fato, proprietários de armas mesmo sem armas eram perigosos porque sabiam usar armas e tendiam a ser pessoas desembaraçadas e independentes. Um manual suiço sobre resistência armada declarou com tais experiências em mente:
Cartaz alemão da França ocupada impondo a pena de morte pela não entrega de todas as armas de fogo e transmissores de rádio dentro de 24 horas. Para tradução, ver o texto abaixo. Do Musée de l'Ordre de la Libération, Paris. Foto por Fraysseix de Philippe, Paris.

Decreto a Respeito da Posse de Armas e Transmissores de Rádio nos Territórios Ocupados
1) Todas as armas de fogo e todos os tipos de munições, granadas de mão, explosivos e outros materiais de guerra devem ser rendidos imediatamente.

A entrega deve acontecer dentro de 24 horas no próximo Kommandantur [escritório de um comandante alemão] a menos que outros arranjos tenham sido feitos. Prefeitos serão considerados rigorosamente responsáveis pela a execução desta ordem. Os comandantes de tropa (alemães) podêm permitir exceções.

2) Qualquer um achado de posse de armas de fogo, munições, granadas de mão ou outros materiais de guerra será condenado à morte ou ao trabalho forçado ou à prisão nos menores casos.

3) Qualquer um de posse de um rádio ou um transmissor de rádio deverá rendê-lo à mais próxima autoridade militar alemã.

4) Todos aqueles que desobedecerem esta ordem ou cometerem qualquer ato de violência nas terras ocupadas contra o exército alemão ou contra qualquer uma de suas tropas serão condenados a morte.
O Comandante-Chefe do Exército


"Devendo confiar entregando suas armas você será posto num 'lista negra' apesar de tudo. O inimigo sempre necessitará de reféns ou trabalhadores forçados mais tarde (leia: 'trabalhadores escravos') e alegremente fará uso das listas negras. Veja mais uma vez que você não pode escapar o cerco e teria sido melhor morrer lutando. Depois do prazo limite, ataques casados com buscas repentinas de casas e blitz nas ruas serão conduzidos."[7]

Comentou o The New York Times sobre os direitos interrelacionados que os nazistas destruíram onde quer que fossem:

"Ordens militares agora proibem o francês de fazer coisas que povo alemão não é permitido de fazer desde que Hitler veio ao poder. Possuir emissores de rádio ou escutar transmissões estrangeiras, organizar reuniões públicas e distribuir panfletos, disseminar notícias anti-alemães em qualquer forma, manter posse de armas de fogo-- todas estas coisas estão proibidas para o povo dominado da França."[8]

Enquanto os nazistas cumpriam a ameaça de executar pessoas que possuiam armas de fogo, o decreto sobre o controle de armas não foi inteiramente bem sucedido. Partidários iniciaram ataques armados. Mas a resistência foi impedida pela ausência de armas possuídas por civis.

Em 1941, o procurador geral americano Robert Jackson pediu que Congresso passasse um registro nacional de todas as armas de fogo. [9] Dados os acontecimentos na Europa, o Congresso recuou, e legislação foi proposta para proteger a Segunda Emenda. Representante republicano Edwin Arthur Hall explicou: "Antes do advento de Hitler ou Stalin, que tomaram o poder do povo alemão e russo, medidas foram empurradas sobre as legislaturas desses países livres para privar povo da posse e uso de armas de fogo, de modo que eles não puderam resistir às transgressões de tais diabólicas e cáusticas organizações estatais de polícia como a Gestapo, o OGPU, e a Cheka."[10]

Rep. John W. Patman adicionou: "O povo tem um direito de manter armas; portanto, se nós devessemos ter algum presidente que tentasse se estabelecer como ditador ou rei, o povo poderia se organizar junto e, com as armas e munições que possue, ele adequadamente poderia se proteger." [11]

Somente dois meses antes do ataque japonês à Pearl Harbor, o Congresso passou legislação para autorizar o Presidente a requerer amplas categorias de propriedade com usos militares do setor privado sob pagamento de justa compensação, mas também estabeleceu:

"Nada contido neste Ato será interpretado:

"(1) para autorizar o requerimento ou exigir o registro de quaisquer armas de fogo possuídas por qualquer indivíduo para a sua proteção pessoal ou atletismo (e a posse da qual não é proibida ou o registro da qual não é requerido por lei existente), [ou]

"(2) para prejudicar ou infringir de qualquer maneira no direito de qualquer indivíduo de manter e portar armas." [12]
Durante o ataque nazista aos judeus conhecido como 'Noite dos Cristais', Heinrich Himmler, chefe da SS e da polícia nazista, ordenou o desarmamento dos judeus. Observador do Povo (Völkische Beobachter), 10 de Novembro, 1938.


Judeus Proibidos de Possuirem Armas Por Ordem do SS Reichsfuhrer Himmler
Munique, 10 de Novembro [de 1938]
O SS Reichsfuhrer e chefe da polícia alemã despachou a seguinte ordem:
As pessoas que, de acordo com a lei de Nuremberg, são consideradas judias, estão proibidas de possuir qualquer arma. Infratores serão condenados a um campo de concentração e encarcerados por um período de até 20 anos.

Enquanto isso Hitler lançava grupos de extermínio chamados Einsatzgruppen na Europa Oriental e na Rússia. Como Raul Hilberg observa, "Os assassinos foram bem armados. As vítimas estavam desarmadas."[13] Os Einsatzgruppen executaram 2 milhões de pessoas entre o outono de 1939 e o verão de 1942. Suas tarefas incluíram a apreensão dos politicamente incertos, confiscação de armas e exterminação. [14]

Execuções típicas eram como a de uma mulher judia "por ter sido achada sem seu emblema judeu e por ter recusado retornar ao gueto" e a de outra mulher "por criticar." As pessoas achadas de posse de armas de fogo eram executadas no local. Ainda assim relatos de crítica e atividade partidária aumentaram. [15]

Cidadãos armados estavam ferindo os nazistas, que tomaram as medidas mais severas. Os nazistas impuseram a pena de morte sobre um polonês ou judeu: "Se ele estiver de posse ilegal de armas de fogo, ou se ele tiver informação confiável de que um polonês ou judeu está de posse ilegal de tais objetos, e falhou na notificação das autoridades."16

Dados os fatos acima, não é difícil entender por quê a National Rifle Association (n.t.- a maior associação de atiradores dos E.U.A.) opôs-se ao registro de armas naquela época e ainda o faz. A revista 'American Rifleman' (n.t.- revista publicada pela N.R.A.) de fevereiro 1942 informou:

"De Berlim em 6 de Janeiro a rádio oficial alemã transmitiu- ' O comandante militar alemão para a Bélgica e o norte da França anunciou ontem que à população seria dada uma última oportunidade de render as armas de fogo sem penalidade até 20 de janeiro e depois desta data qualquer um achado de posse de armas seria executado.'

"Portanto os invasores nazistas puseram um prazo semelhante àquele
 anunciado há meses atrás na Tchecoeslovaquia, na Polônia, na Noruega, na Romania, na Yugoslavia e na Grécia.
"Quão freqüentemente temos lido as notícias familiares 'agentes da Gestapo acompanhados de tropas nazistas atacaram lojas e lares e confiscaram todas as armas de fogo particulares'
"Que ajuda e conforto aos invasores e a seu bando da Quinta Coluna foram as convenientes listas de registro de armas particulares-- listas prontamente disponíveis para cópia ou roubo na prefeitura da maioria das cidades européias.

"Que constante preocupação e perigo para o Bárbaro e seus Quislings (n.t.- traidor que obedecia às ordens dos invasores de sua terra; vem de 'Vidkun Quisling') tem sido as armas de fogo particulares nos lares desses poucos cidadãos que 'negligenciaram' registrar suas armas!"[17]

A resistência à opressão nazista foi impedida pela falta de armas de posse por civis. Uma das mais notáveis exceções foi a Rebelião do Gueto de Varsóvia em 1943, que começou com alguns judeus incrivelmente corajosos armados com armas curtas. Eles foram capazes temporariamente de parar a deportação de judeus para campos de exterminação nazistas.


Durante os anos de guerra a revista American Rifleman apelou regularmente para os esportistas norte-americanos: "Envie uma arma para defender um lar britânico. Civis britânicos, encarando a ameaça de invasão, precisam desesperadamente de armas para a defesa de seus lares."[18] De fato, o jornal The New York Times publicou as mesmas solicitações. Depois de duas décadas de controle de armas, cidadãos britânicos agora precisavam desesperadamente de rifles e pistolas em seus lares, e eles receberam os presentes com grande apreciação. Organizados na 'Guarda de Lar', cidadãos armados estavam agora prontos para resistir ao esperado assalto nazista.

Com tantos homens e armas enviadas ao estrangeiro para lutar a guerra, os E.U.A. ainda precisava se defender de invasões esperadas nas costas leste e oeste, sabotagem doméstica, e atividades da 'Quinta Coluna'. Esportistas e clubes de tiro responderam trazendo suas armas privadas e voluntariando para as forças protetoras estaduais. [19]

A Suiça era o único país da europa, de fato do mundo, onde cada homem tinha um rifle militar no seu lar. Os planos de invasão nazistas reconheceram a natureza dissuasiva desta populção armada, como detalhei no meu livro "Target Switzerland: Swiss Armed Neutrality in World War II" (Rockville Center, New York: Sarpedon Publishers, 1998).
De todos os atos de resistência armada por cidadãos na guerra, a Rebelião do Gueto de Varsóvia em 1943 é difícil de ser superada em seu heroísmo. Começando somente com algumas armas curtas (n.t.- revólveres ou pistolas), judeus armados pararam temporáriamente  as deportações para campos de concentração, assustaram os nazistas para fora do gueto, defenderam assaltos por vários dias, e escaparam para as florestas para continuar a luta. E se tivessem havido duas, três, muitas Rebeliões do Gueto de Varsóvia? [20]

A National Rifle Association (N.R.A.) treinou centenas de milhares de americanos na pontaria de rifle durante a segunda guerra mundial. O presidente Harry Truman escreveu que os programas da N.R.A. de treinamento com armas de fogo " ajudaram materialmente nosso esforço de guerra" e que na esperança dele "o programa esplêndido que a National Rifle Association tem seguido durante os últimos três quartos de século continuarão."[21] Por ajudar na derrota dos aterrorizantes regimes nazista e fascista, a N.R.A. ajudou a acabar com o holocausto, o trabalho escravo e a severa opressão.

As minúsculas organizações pacifistas de então que clamaram pelo registro e confisco de armas contribuiram em nada para a vitória na guerra nem a para o fim do genocídio. Suas versões modernas nada têm a oferecer aos cidadãos que os capacitaria a resistir um genocídio.

Criminosos individuais descarregam seus massacres sobre indivíduos ou pequenos números das pessoas. Como este século mostrou, governos terroristas têm a capacidade de cometer genocídio contra milhões das pessoas, desde que o povo esteja desarmado. Esquemas para confiscar armas de fogo mantidas por cidadãos pacíficos historicamente estão associados com algumas das mais pérfidas tiranias do mundo. Dada esta realidade, não é surpreendente que proprietários (n.t.- proprietários norte-americanos) de armas ordeiros se opõem a serem registrados.
Notas:
1. Entrevista com o presidente norte-americano Bill Clinton, "Good Morning America," June 4, 1999
2. The New York Times, Nov. 9, 1938, 24.
3. Gerald Schawb, The Day the Holocaust Began (New York: Praeger, 1990), 22.
4. The New York Times, Nov. 11, 1938, 1, 4.
5. The Holocaust, Vol. 3, The Crystal Night Pogrom, John Mendelsohn, ed. (New York: Garland, 1982), 183-84.
6. Die Deutsche Wochenschau, No. 506, 15 May 1940, UfA, Ton-Woche.
7. Major H. Von Dach, Total Resistance (Boulder: Paladin Press, 1965), 169. Antes publicado como Dach, Der Totale Widerstand (Biel: SUOV, 2nd ed., 1958).
8. The New York Times, July 2, 1940, 20.
9. The New York Times, Jan. 4, 1941, 7.
10. 87 Congressional Record, 77th Cong., 1st Sess., 6778 (Aug. 5, 1941).
11. Id. At 7102 (Aug. 13, 1941).
12. Property Requisition Act, P.L. 274, 77th Cong., 1st Sess., Ch. 445, 55 Stat., pt. 1, 742 (oct. 16, 1941). See. Halbrook, "Congress Interprets the Second Amendment," 62 Tennessee Law Review 597, 618-31 (Spring 1995).
13. Raul Hilberg, The Destruction of the European Jews (New York: Homes and Meir, 1985), 341, 318, 297.
14. Yitzhak Arad et al. eds., The Einsatzgruppen Reports (New York: Holocaust Library, 1989), ii.
15. Id. At 233, 306, 257-58, 352-53, 368.
16. Reichsgesetzblatt, I, 759 (4 Dec. 1941).
17. The Nazi Deadline, The American Rifleman, February1942, at 7.
18. The American Rifleman, Nov. 1940.
19. E.g., Report of the Adjutant General for 1945, at 23-24 (Richmond, Va., 1946); U.S. Home Defense Forces Study 58-59 (Office of Ass't. Sec. Of Defense 1981).
20. Veja Rotem (Kazik), Simha, Memoirs of a Warsaw Ghetto Fighter (New Haven: Yale University Press, 1994), 118-119; David I. Caplan, "Weapons Control Laws: Gateways to Victim Oppression and Genocide," em "To Be a Victim: Encounters with Crime and Injustice", eds. Diane Sank and David I. Caplan (New York: Plenum Press, 1991), 310.
21. Letter of Pres. Truman to C.B. Lister, NRA Sec.-Treas., Nov. 14, 1945.
 


FONTE: http://www.desarmamento.com/

DESARMAMENTO. ONDE HÁ MAIS ARMAS LEGAIS HÁ MENOS CRIMES.

Desarmamento: entrevista com Bene Barbosa

Imediatamente após a chacina de Realengo, o governo federal anunciou que antecipará a nova campanha em favor do desarmamento com o argumento de que uma população armada é uma população violenta. Contra essa tese trabalha o advogado paulista Bene Barbosa, presidente do Movimento Viva Brasil, associação empenhada em proteger o direito ao uso de armas para defesa da vida e da propriedade e que agora como em 2005 redobra os esforços para desmistificar a propaganda oficial.


Nesta entrevista, Bene salienta que "o Nordeste tem o menor número de armas legais, de acordo com a Polícia Federal, e hoje desponta como a região mais violenta do país" e que países como Inglaterra, Canadá e Portugal viram a criminalidade crescer após restringir o uso legal de armas. O advogado destaca também o exemplo da armada e pacata Suíça, que disse não ao desarmamento no referendo realizado em fevereiro passado, assim como fizeram os brasileiros no referendo de 2005, contra a vontade do governo.

Bruno Pontes - Como você avalia a retomada da campanha de desarmamento pelo governo?

Bene Barbosa - Totalmente oportunista e inescrupulosa. Utilizar a morte de crianças pelas mãos de um psicótico é jogar baixo demais. Todos eles sabem, e sabem muito bem, que não haveria lei capaz de deter um maníaco que passou meses se preparando. Há uma enorme desonestidade em tentar ligar a posse legal de armas com o que ocorreu.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirma que "uma população armada é uma população violenta". Essa alegação tem fundamento?

Não há nada que prove isso. Muito pelo contrário. O Nordeste, infelizmente, é um grande exemplo disso. Nesta região há o menor número de armas legais, de acordo com a Polícia Federal. Além disso, Sergipe, Alagoas e Paraíba foram os estados que mais entregaram armas nas campanhas de desarmamento. E hoje o Nordeste desponta como a região mais violenta do país, sendo que Alagoas é a campeã nacional de homicídios.

Exemplos internacionais são ainda mais abundantes. Os EUA possuem 270 milhões de armas nas mãos da população e são apenas 5 homicídios por 100 mil habitantes. O Brasil tem 4 milhões de armas legais e uma taxa de 27 homicídios por 100 mil habitantes.
 
Outros exemplos dessa total falta de relação entre armas e violência são Suíça, Finlândia, França e até nossos vizinhos Argentina e Uruguai, mesmo tendo legislações que não impedem que um cidadão possua e até mesmo porte armas, inclusive de calibres considerados restritos no Brasil. Restritos para o cidadão, pois vemos diariamente os criminosos armados com o que há de mais moderno.

O Estatuto do Desarmamento trouxe algum benefício para o país?

Que me perdoem a ironia em assunto tão sério, mas só se for mais segurança para os criminosos que hoje invadem casas, empresas, sítios com muito mais segurança de que não encontrarão ali alguém não só disposto a enfrentá-los como devidamente armado para isso.
 
O governo não tem moral para se colocar como monopolista da coragem. Defender ou não a minha vida, o meu patrimônio e principalmente a minha família é uma decisão consciente minha e, repito, não aceito que o governo exija a minha rendição perante os criminosos.

O governo afirma que o número de homicídios em alguns estados, como São Paulo, caiu por causa do Estatuto do Desarmamento. Essa relação de causa e efeito faz sentido?

Isso é uma enorme mentira. O chamado Estatuto do Desarmamento foi aplicado igualmente em todos os estados, uma vez que é uma lei federal. Aliás, em alguns estados, por decisão das superintendências da Polícia Federal, o direito de comprar uma arma legalmente está sendo cerceado. Em um levantamento feito pelo Movimento Viva Brasil, após recebermos várias denúncias de cidadãos que não estão tendo o seu direito respeitado, constatamos que Pernambuco, Acre, Rondônia, entre outros, nem sequer autorizam a compra de armas legais.
 
O que fez a diferença em São Paulo é uma política de segurança pública continuada com o investimento de bilhões nos últimos anos, o que resultou na aplicação da lei penal. Hoje São Paulo tem 40% de todos os presos do Brasil. São Paulo mostrou o caminho contra o crime, que é diminuir a impunidade.

Com a queda expressiva em São Paulo tivemos um reflexo direto na média nacional, o que em um primeiro momento leva a crer que houve uma queda, porém com a divulgação dos homicídios de 2008, o Brasil volta a ter mais de 50 mil homicídios, assim voltando a ter os mesmos índices de antes do desarmamento.

Apesar da pressão do governo e de ONGs, os brasileiros rejeitaram o desarmamento no referendo de 2005, mas os esforços para retirar as armas da população continuam. Quem financia essa campanha e com quais interesses? Há financiamento do exterior?

Basicamente são financiadas pelo próprio governo, com o dinheiro de nossos impostos e de ONGs internacionais, como por exemplo a Fundação Ford. Os interesses realmente não são claros, há uma cortina de fumaça sob a égide da segurança pública.

O novo ministro do STF, Luiz Fux, fez uma declaração surpreendente: para ele, o governo deveria simplesmente entrar na casa das pessoas e tomar as armas.

Uma declaração desta já preocuparia se fosse dita por qualquer pessoa; quando vem de alguém que foi escolhido para defender o Estado de Direito, é assustador e pode apontar para o caminho de um Estado Policial, onde nenhuma liberdade individual será respeitada em um futuro próximo.

O ministro precisa relembrar o passado de seu povo. Os judeus foram desarmados na Alemanha nazista e todos sabemos o que aconteceu. Há inclusive em nosso site a tradução de um artigo sobre o assunto: (
http://www.mvb.org.br/campanhas/desarmamentonazista.php)

Há casos de países que tenham se desarmado e visto a criminalidade aumentar?

Vários! Inglaterra, Austrália, Portugal, Canadá e França, entre outros, adotaram sérias restrições às armas legais e tiveram crescimento da criminalidade. Vários deles já começam a rever essa legislação, tornando-a menos restritiva. Portugal e França são dois exemplos disso. O Brasil, por outro lado, continua aplicando a mesma fórmula esperando ter um resultado diferente. Isso não acontecerá e eles sabem disso.

Em fevereiro passado a Suíça rejeitou a proposta de desarmamento. O Brasil tem o que aprender com o caso suíço?

A lição mais importante do referendo na Suíça, que também disse não ao desarmamento, foi simplesmente ignorada pela maioria da imprensa nacional e é que desarmamento não tem nenhuma relação com a criminalidade! Ou será que alguém ousa dizer que a Suíça é um país violento que precisa ser desarmado? Os mesmos patrocinadores do desarmamento de lá atuaram aqui.
 
Aqui era para diminuir os homicídios; e na Suíça? Qual a desculpa? Exatamente o inverso. Diziam os desarmamentistas lá que já que não havia criminalidade, não havia motivo para se ter armas. Eles adequam suas falácias de acordo com o seu público. Isso mostra a desonestidade dos argumentos.

Como nasceu sua militância contra o desarmamento e o Movimento Viva Brasil?

Eu pessoalmente comecei a me interessar pelo assunto lá pelo ano de 1995, quando o então presidente Fernando Henrique introduziu a ideia de desarmamento no Brasil nos moldes propostos pela ONU. Em 2003, com a aprovação do ineficaz Estatuto do Desarmamento e a proximidade do referendo de 2005, percebemos que precisávamos de algo mais profissional e então fundamos o Movimento Viva Brasil.
 
Lembrando que embora sejamos uma ONG não contamos com dinheiro público e nem com isenção fiscal como contam as ONGs desarmamentistas. Isso foi uma escolha exatamente para mantermos a nossa independência de atuação. Afinal, quem paga, manda.

Hoje nossa principal atuação é ser a voz contra o discurso "politicamente correto" do desarmamento e em defesa da liberdade individual. Não aceitamos um Estado que nos trata como crianças. Que a todo momento tenta impor aquilo que acredita ser melhor. Lembrando que impor o bem é uma das piores formas de se promover o mal. E podem acreditar, o desarmamento não tem absolutamente nada de bom. 

27 Abril 2011
Publicada no Jornal O Estado.
Bruno Pontes é jornalista - http://brunopontes.blogspot.com