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sexta-feira, 8 de junho de 2012

ELIZE KITANO MATSUNAGA: UM CASO DE AMOR AOS PEDAÇOS. A dramática história do empresário Marcos Kitano Matsunaga, dono da Yoki, morto com um tiro na cabeça, esquartejado e espalhado em sacos de lixo pela Grande São Paulo. Elize, ré confessa, disse à polícia que agiu sozinha. Mais um caso de amor, traição e ódio, digno de Nelson Rodrigues.

VIDEO BANDNEWS - ATUALIZADO EM 12 DE JUNHO, 00H12



FANTÁSTICO: TV GLOBO

O cinema e a literatura de suspense nos apresentam muitos casos de criminosos com a mente brilhante, frios, e sortudos. Seus crimes quase nunca são esclarecidos, desafiando a genialidade dos investigadores e a ciência aplicada nas investigações. Mas, mesmo na realidade, fora das telas e das páginas de contos policiais, fatos assim acontecem, deixando os investigadores em um beco sem saída.

Desta vez, porém, na história real de Elize e Matsunaga, detalhes deixados de lado por Elize foram o suficiente para que ela se complicasse de tal modo que não havia outra coisa a fazer que confessar o crime.

O caso do empresário Marcos Kitano Matsunaga parece ser um bom exemplo de como os fatos acontecem na realidade, longe da literatura fantasiosa, e quando as coisas não andam bem em família. O ódio cega e uma pessoa cega de ódio comete besteiras e deixa rastros e sinais, que não escapam ao investigadores atentos. Ainda mais em tempos de alta tecnologia.

O DESAPARECIMENTO DE MATSUNAGA

Marcos Matsunaga desapareceu no dia 20 de maio. A família chegou a pensar que tivesse sido vítima de um seqüestro; mas o pedido de resgate nunca foi feito.

Alguns dias depois, perto de uma semana, partes do corpo do empresário começaram a ser encontradas na zona rural de Cotia, na Grande São Paulo, em sacos plásticos de lixo. Todas as sacolas demandaram quatro dias de buscas, até que todos os pedaços do corpo fossem localizados. Finalmente identificado, a polícia passou a investigar o que teria acontecido, de fato, com o empresário, morto com um tiro e esquartejado.

Alguns levantamentos foram suficientes, pelo que se lê, para que a polícia solicitasse a prisão temporária de sua mulher, Elize Araújo Kitano Matsunaga, 38 anos, como suspeita.

A polícia fez buscas no apartamento de Matsunaga e foram encontrados sacos plásticos idênticos aos que teriam sido usados para colocar partes do corpo da vítima.

Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), após o corpo ter sido encontrado, mas antes de ser presa como suspeita, Elize entregou armas da coleção pessoal do executivo para a Guarda Civil Metropolitana, alegando que queria que elas fossem destruídas para contribuir com a campanha nacional do desarmamento.

Vê-se que ela nem imaginava que seria presa ainda no mesmo dia, mais tarde. E, evidentemente, deixou uma marca rastreável, ao entregar três armas para uma suposta destruição. Será que ela pensou que as armas seriam destruídas de imediato?

Segundo pessoas ligadas ao casal, ela era ciumenta e nas últimas semanas vinha agindo de um modo estranho porque suspeitava que o marido tinha uma amante. Elize e Marcos estavam juntos há cerca de três anos e tinham uma filha de perto de um ano de idade. Marcos também era pai de uma criança de três anos, do casamento anterior.

Segundo as investigações, enquanto esteve casado com primeira esposa já tinha Elize como amante. Matérias da TV informam que Elize teria sido garota de programas. Marcos Kitano Matsunaga, era herdeiro de um dos maiores grupos alimentícios do país. Uma semana antes do seu desaparecimento a empresa dele havia sido vendida para um grupo alimentício norte-americano por cerca de R$ 2,2 bilhões.

De acordo com informações do canal Globonews, ela disse haver cometido o crime sozinha e esquartejado o homem no quarto da empregada, na cobertura em que morava o casal, na capital paulista.

Ele era diretor executivo da Yoki, uma gigante do setor de alimentos, e foi morto em 20 de maio. A confissão ocorreu durante o interrogatório de Elize no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil de São Paulo, que começou às 11 horas. Ela está presa desde segunda-feira e a polícia informou hoje que pedirá o prolongamento da prisão por mais trinta dias.

CÂMERAS INDISCRETAS

Imagens captadas pelas câmeras de segurança do edifício, que não foram divulgadas, incriminam Elize, segundo a polícia. Elas mostram a chegada do casal ao prédio com a filha de um ano e a babá no dia 19 de maio.

Algum tempo depois, a babá e a empregada deixam o local e Matsunaga desce para pegar uma pizza. É a última imagem dele vivo. Para a polícia, ele foi morto dentro do próprio apartamento. Em cenas gravadas no elevador, ele desce para pegar a pizza e demonstra estar nervoso, dando chutes na parede do elevador. 
No outro dia, Elize foi filmada saindo pela manhã com três malas com rodinhas. Retornou à noite, sem as malas.

Depois de rodar 140 quilômetros, desde São Paulo, ela conta que resolveu voltar, porque havia deixado a filha com as empregadas. Então começou a se desfazer das sacolas, que seriam encontradas dias depois.

Ela foi parada e multada, mas naquele dia, Matsubara ainda era apenas um desaparecido e não havia sido encontrado. Ela era uma senhora viajando ao Paraná, não uma suspeita ou fugitiva. Assim, como o licenciamento estava vencido a apenas 20 dias, ela pode seguir viagem. O limite legal é de 30 dias para fazer o licenciamento, após vencido.

As malas com os pedaços de seu marido ainda estavam no carro àquela altura, pois Elize não havia se livrado de Marcos.

PROSTITUTAS

Elize contratou um detetive que enviou a ela fotos e relatórios sobre três supostas amantes de Marcos. No computador da vítima, peritos identificaram acessos a sites de prostituição. Isso a teria deixado profundamente irritada. Existem muitas histórias sobre prostitutas ou mulheres de programa que deixam aquea vida e tentam a estabilidade do casamento. 

Segundo a imprensa, Elize teria sido garota de programas e conhecido Marcos quando ele era casado, tornando-se sua amante. Depois ele separou-se e casou-se com ela. O que move as pessoas? Carência de´algo? Insatisfação? O que o empresário enconctrava em garotas de programa que parecia o interessar tanto? Os diabos dentro de nós... 

Ocorre que, pelo visto, ele não conseguiu manter-se fiel a Eize, a julgar pelas informações de que um detetive particular teria seguido o empresário e levantado informações e feito fotos comprometedoras enviadas a Elize, que teria ficado furiosa.    

Bem, o que temos visto na TV é sinal de um ódio sem limites. Não é qualquer pessoa que atira em outra, deixa o corpo descansar por dez horas, faz um esquartejamento com uma faca, coloca os pedaços em sacos e malas e sai para se desvencilhar dos restos do corpo. Além disso limpa tudo e finge que o marido sumiu de casa. Parece coisa de profissional, mas sabemos que não é verdade.


CORAGEM E FALTA DE JUÍZO

É preciso muita coragem, ou falta de juízo, para matar alguém daquele modo. É preciso muito descontrole, ou seria isso cálculo? Seria sinal de cálculo, frieza, matar alguém com um tiro na testa, demorar a esquartejar o corpo para evitar esguichos de sangue, inventar a história do sumiço, a viagem, etc? Por mais cálculo que houvesse na história, vê-se que ela não se lembrou das câmaras, que poderia ter sido vista com as malas, a espalhar sacos de lixo, dos produtos usados pela polícia para encontrar sinais de sangue.


A polícia aponta três principais indícios contra Elize

As imagens do circuito interno do prédio onde o casal morava mostram Elise descendo no elevador com três grandes malas no dia 20 de maio às 11h30 da manhã. Ela retorna apenas às 23h50, sem as malas. A última imagem do circuito que mostra o diretor da Yoki é das 19h30 do dia anterior, quando desceu à portaria para apanhar uma pizza. Depois disso, ele desapareceu.

A segunda é o tipo do saco plástico azul com bordas vermelhas que embalava os pedaços do corpo de Marcos. “É um saco específico, importado. Encontramos o mesmo tipo no apartamento”, disse o delegado Carrasco.

O terceiro indício é o tiro na cabeça de Marcos, feito com uma arma de fogo calibre .765. “Elise procurou a Guarda Civil Municipal para entregar três armas da coleção de Marcos para serem destruídas. Entre elas estava uma pistola do mesmo calibre usado para assassinar Marcos”, disse Carrasco.

E, depois de tudo, a própria confissão dela.

IRONIAS DO DESTINO

Uma delas é que Marcos deu de presente a Elize a arma que acabou sendo usada por ela para acertar a sua testa, uma pistola 380. Além disso, ele a levou a fazer curso de tiro e, segundo o delegado, ela atirava bem.

Marcos havia transformado um banheiro em um cofre e ali guardava verdadeiro arsenal de mais de 30 armas e milhares de munições. Ele era um colecionador de armas registrado e as armas estavam legalizadas. Havia até fuzis militares, segundo a TV.

Facas, armas de fogo, prostitutas, amor, paixão, traição, ódio e temperamentos explosivos, temos aí uma excelente combinação para mais um drama ao estilo Nelson Rodrigues.

Foi nesse contexto que Elize acabou matando seu marido. Tentando limpar os rastros do crime, subestimando a polícia, ou ignorando as técnicas de investigação, deixou de pensar nas onipresentes câmaras de vigilância, e em detalhes bobos quanto alguém que entra em casa e não sai mais para trabalhar, como aconteceu com Marcs Matsunaga.

Cedo ou tarde as suspeitas chegariam até o seu endereço. E ela teria que abrir a porta para a polícia. 

DILTA ARAÚJO, MÃE DE ELIZE ESTÁ CHOCADA

A mãe não entende o que a filha fez.



VIDEO -  FAMILIA CHEGANDO:
 

ELIZE E AS MALAS

A DEFESA DE ELIZE


UMA HISTÓRIA DE TRAIÇÃO E ÓDIO


VEJA AQUI A REPORTAGEM COMPLETA DO FANTÁSTICO DE 10 DE JUNHO:
http://www.youtube.com/watch?v=JCYQP0frI0M

Informações de jornais impressos e TV.

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