Enquanto no Brasil a Parada Gay conseguiu reunir pouco mais de 250 mil pessoas na Avenida Paulista, em São Paulo, muito abaixo dos 4 milhões propagandeados pelos organizadores, na Venezuela, debaixo de uma ditadura feroz que esmaga os direitos da cidadania, a oposição e a imprensa, centenas de milhares foram às ruas para protestar.
Henrique Capriles, de 39 anos, oficializou sua candidatura no domingo diante de uma multidão. Ele reiterou sua principal proposta: unir a Venezuela, que, segundo ele, foi dividida por Chávez. "Temos um governo que nos dividiu. Capriles vai unir a Venezuela e os venezuelanos. Também serei presidente dos vermelhos (cor que identifica o chavismo)", afirmou minutos antes de formalizar a candidatura presidencial ao Conselho Nacional Eleitoral.
Apoiado por setores políticos empresariais e por meios de comunicação privados, Capriles luta por livrar-se do rótulo de conservador. Autodenominando-se "progressista" e de "centro-esquerda", Capriles afirma se inspirar no "modelo Lula" e promete dar continuidade aos programas sociais do governo Chávez, principal pilar da área social da chamada revolução bolivariana.
Nesta segunda-feira, dia 11, encerra-se o prazo para as inscrições de candidatos, quando Hugo Chávez fará a sua inscrição, em meio a denúncias da obrigação dos funcionários públicos a participar do ato.
A campanha eleitoral na Venezuela promete, pela primeira vez, ser altamente disputada, com a oposição unida e muito organizada. O pleito está marcado para o dia 7 de outubro deste ano.
Já o coronel ditador Hugo Chávez continua em tratamento médico em função de um câncer muito agressivo e já passou por três cirurgias em Cuba.
Cumpre repouso absoluto e tem feito apenas rápidas aparições na mídia. Segundo informações da imprensa venezuelana e da Florida ele mal consegue andar.
Até hoje não se sabe oficialmente o tipo de câncer e a gravidade da moléstia, já que isso é guardado em segredo absoluto pelo governo chavista. Médicos venezuelanos e de Miami informam que é um câncer que atingiu os ossos na região da pélvis.
Como a Venezuela vive sob um regime autoritário e que persegue opositores, mantendo inclusive prisioneiros políticos, o clima é de incerteza total, pois há a possibilidade de fraude.
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