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quarta-feira, 20 de junho de 2012

TRAFICANTES CARIOCAS, COM DOR DE CONSCIÊNCIA, DEIXARÃO DE VENDER CRACK: CAUSA MUITO SOFRIMENTO. Já maconha e cocaína, pelo visto, não têm problema algum...

CRACK NÃO, CAUSA MUITO SOFRIMENTO. ENTÃO, COM AS OUTRAS DROGAS, É SÓ ALEGRIA.
Confesso que fiquei profundamente emocionado ao ler no Globo de hoje (20) informação a respeito de uma séria decisão tomada pelos traficantes de drogas no Rio de Janeiro. Tal decisão demonstra que, até que enfim, os sujeitos empenhados em destruir a vida dos jovens tomaram consciência da maldade que fazem cotidianamente.

A grande notícia é que, dentro de alguns dias, as favelas do Jacarezinho, Mandela e Manguinhos deixarão de vender crack. Isso não é verdadeiramente fantástico? Pelo que entendi, eles ficaram muito comovidos com a campanha do Governo Federal a respeito da droga e com o programa “Crack, é possível vencer”.

Não está muito bem explicado no jornal, mas imagino que os bandidos resolverem fazer um tipo de parceria com as autoridades, o governo entra com a campanha contra o crack, e eles continuam a vender apenas maconha e cocaína. Uau! Quanta bondade, cuidado, e delicadeza para com a juventude brasileira. Crack aqui não! Só na favela ao lado.

Creio que os traficantes, nunca chegados a comportamentos perversos, fizeram um exame de consciência e perceberam que ao invés de brigar com o governador Cabral e seu secretario de Segurança, o inventor da UPPs, aquele programa que coloca policia numa favela e espanta os bandidos para a favela ao lado, resolveram imitá-los.

Vão mantendo o lucrativo comércio de maconha e cocaína e espantando o crack para a vizinhança. Afinal, há forte razão humanitária para isso, pois o crack mata os usuários mais depressa, e isso baixa a rotatividade do caixa. Tudo muito científico.

O mais bacana, mesmo, foi a declaração do representante da ong Rio da Paz, Antônio Carlos Costa: “Gostaria que essa decisão se espalhasse por todas as favelas do Rio, porque o crack é uma droga devastadora e tem produzido só dor e sofrimento”.

Concordo com ele, e fico a imaginar a alegria das famílias de usuários de maconha e cocaína, drogas da euforia e do prazer,  muito saudáveis, pelo visto.

E o texto explica que tudo começou na malvada São Paulo, onde os malignos traficantes entupiam os usuários de crack. Os traficantes do Rio, gente boa, preocupada com a alegria e a felicidade geral, não queria os zumbis modelo paulistano pelos zanzando pelos morros.

No fim das contas, leio que os bandidos paulistas foram muito persuasivos, convincentes, e os cariocas mudaram de opinião, passando a vender crack. Tudo questão de um papinho, como o Maluf convencer o Lula a ir com o Haddad até a sua mansão no Jardim América, o símbolo da burguesia e do capitalismo para um toma lá dá cá entre o PT e o PP.

Quanto ao Governo Federal, leio que há uma verba de 240 milhões de reais para tratar do assunto. Como os bandidos não querem problemas com os policiais estaduais, federais, tropas da guarda nacional e das forças armadas (!!!), deixam o crack de lado e voltam às suas velhas especialidades.

Tudo com o aplauso dos esclarecidos e ongueiros do bem, mais ou menos como vimos no filme Tropa de Elite, mas o primeiro, o melhor de todos.    

Gutenberg J.    

VÍDEO COM USUÁRIA DE CRACK EM FAVELA DO RIO DE JANEIRO

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