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quarta-feira, 6 de junho de 2012

FERNANDO HADDAD, O NOVO POSTE DE LULA, E OS DOIS MILHÕES DE ALUNOS SEM AULA EM 46 UNIVERSIDADES FEDERAIS. No programa do Ratinho, Lula nada falou sobre isso. Segundo a oposição, muitas escolas não passam de “cidades cenográficas”

Reprodução do site de Veja

O ex-presidente Lula levou Fernando Haddad ao programa do Ratinho e, como sempre acontece, contou muitas vantagens, além de fazer propaganda eleitoral irregular e elogiar as fantásticas obras do ex-ministro da Educação e defensor do kit-gay. Ratinho, deslumbrado pela beleza de Haddad e seu topete de bom moço, e talvez mal preparado pela produção do programa, nada perguntou sobre a greve que já dura mais de 50 dias em 46 universidades federais (80% das escolas federais do pais), prejudicando cerca de dois milhões de alunos. Em 2011 os alunos das federais ficaram mais de 40 dias sem aulas.

Lula criou uma fantasia sobre a obra de Haddad frente ao Min. Da Educação e também reafirmou mais uma vez o quanto ele criou universidades. Mas as universidades por Lula não passam de truques em que escolas foram juntadas e rebatizadas, e, boa parte com péssimo funcionamento, por falta de estrutura, segundo se lê em pouquíssimas matérias sobre o assunto.

A coisa é uma vergonha, porque parece que falar das escolas federais é um assunto proibido, como haviam assuntos proibidos no tempo da ditadura. Criticar o Ministério da Educação parece ser um grande pecado nos tempos atuais. Há escolas com esgoto correndo em valas, sem equipamentos e em edifícios mal adaptados.

CRÍTICAS

Segundo a imprensa, lideranças do PSDB unificaram nesta semana o discurso para atacar a greve que atinge cerca de 80% das universidades federais do País, deixando mais de dois milhões de estudantes sem aulas. Para os líderes tucanos, o responsável por essa crise é o ex-ministro da Educação e atual pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad.

Segundo a Folha, a estratégia de utilizar a greve nas universidades federais para criticar a atuação de Haddad no Ministério da Educação mobilizou desde o presidente nacional do PSDB, Sergio Guerra, e o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias, até lideranças locais em São Paulo, como o vereador Floriano Pesaro. "Ele (Haddad) terá muito a explicar, até porque deixou o governo para disputar uma eleição", criticou Dias. Para o líder do PSDB no Senado Federal, durante o tempo em que Haddad foi ministro, não houve planejamento no setor e sobraram planos eleitoreiros: "Muito marketing para pouco resultado."

Em entrevista à Agência Estado, Sérgio Guerra classificou de "fraudulento" o programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), desenvolvido por Haddad quando era ministro. "(O programa) foi anunciado de uma forma que não se confirmou, é fraudulento. A universidade do ABC, com problemas de gestão e logística, teve evasão de 42% (dos alunos) no ano passado. A gestão dele não o credencia a ser prefeito nem sequer a continuar como ministro. O que ele desenvolveu, nem o ENEM nem o Reuni, não convence ninguém", disse o presidente nacional da sigla.

Sérgio Guerra chegou a fazer um comparativo das gestões de José Serra, como ministro da Saúde, e de Haddad, como titular da Educação. "Se (Haddad) tivesse sido um ministro da Educação como o Serra foi da Saúde, teria sido perfeito." E garantiu que o tucano convenceu não apenas os aliados, mas também os adversários quando esteve no comando deste ministério. E continuou nas críticas ao petista: "A greve (das universidades federais) é uma marca registrada de Haddad." Em seguida, questionou a legitimidade da candidatura do afilhado político do ex-presidente Lula: "Haddad não tem legitimidade. Não foi escolhido em prévias. (Foi escolhido pela) falta de democracia do Lula."

Conforme o Estado, o vereador Floriano Pesaro, Haddad criou “universidades de papel”, sem recursos e em locais que faltam até água. Ao listar os problemas enfrentados pelos estudantes em universidades de todo o País, o tucano destacou que a gestão de Haddad chegou a inaugurar, em Guarulhos, universidades sem salas de aula e sem infraestrutura. E questionou o projeto de vereadores do PT de condecorar Haddad com a medalha Anchieta, a mais alta honraria do município: “Tenho argumentado que isso é uma afronta aos professores das universidades federais, que estão 80% parados. Isso faz parte do marketing eleitoral do PT, sempre criando factoides, são cidades cenográficas.”

Sérgio Guerra chegou a fazer um comparativo das gestões de José Serra, como ministro da Saúde, e de Haddad, como titular da Educação. “Se (Haddad) tivesse sido um ministro da Educação como o Serra foi da Saúde, teria sido perfeito.” E garantiu que o tucano convenceu não apenas os aliados, mas também os adversários quando esteve no comando deste ministério. E continuou nas críticas ao petista: “A greve (das universidades federais) é uma marca registrada de Haddad.” Em seguida, questionou a legitimidade da candidatura do afilhado político do ex-presidente Lula: “Haddad não tem legitimidade. Não foi escolhido em prévias. (Foi escolhido pela) falta de democracia do Lula.”

(Informações de O Estado de S. Paulo e Folha de S Paulo)

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